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Infecções sexualmente transmissíveis: o que são, tipos, causas e tratamentos
Estudo
•
Publicado em
11/8/23

Infecções sexualmente transmissíveis: o que são, tipos, causas e tratamentos

Infecções sexualmente transmissíveis: o que são, tipos, causas e tratamentos
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Larissa Mesquita
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As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são infecções causadas por microrganismos que são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual desprotegido. São condições prevalentes e preveníveis, com quadros clínicos variados. Costumam acometer mais adultos-jovens, porém podem acometer qualquer faixa etária, gênero, classe social, estado civil e pessoa sexualmente ativa.

Neste post vamos abordar as principais infecções sexualmente transmissíveis, seus sintomas e como tratar!

O que são Infecções Sexualmente Transmissíveis?

As infecções sexualmente transmissíveis são causadas por vírus, bactérias e microrganismos transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual, seja oral, vaginal ou anal, desprotegido (sem uso de camisinha). Algumas delas, como sífilis e HIV, podem ser transmitidas durante a gestação ou amamentação, ou por meio de transfusão sanguínea ou contato com secreções corporais contaminadas, como nas hepatites B e C.

Todas elas se manifestam de maneiras distintas, algumas podem gerar feridas e úlceras genitais, corrimento vaginal ou uretral, dor pélvica, lesões de pele, linfonodomegalias. Algumas podem, inclusive, gerar em mulheres um quadro chamado doença inflamatória pélvica (DIP), como gonorreia e clamídia. A DIP ocorre quando esses microrganismos atingem órgãos sexuais internos (útero, trompas e ovários).

Quais são as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis?

As IST’s podem causar diferentes quadros clínicos, podendo ser divididas entre: aquelas que causam corrimento vaginal ou uretral, aquelas que causam úlceras e as outras (com diferentes quadros clínicos). São elas:

Infecções que causam corrimento vaginal ou uretral Infecções que causam úlceras genitais Outras
- Gonorreia;
- Clamídia;
- Tricomoníase;
- Herpes genital
- Cancro mole
- HPV
- Sífilis
- HIV
- HTLV
- Hepatite B
- Hepatite C
Principais ISTs. Fonte: EMR

Infecções sexualmente transmissíveis que causam corrimento vaginal ou uretral

Gonorreia

Corrimento uretral na gonorreia. Fonte: Scielo; link da fonte: https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/FMdXKS3jWvz3dMWJYhFN5pn/?lang=pt
Corrimento uretral na gonorreia. Fonte: Scielo

A gonorreia é uma IST causada pela bactéria gram-negativa, a Neisseria gonorrhoeae. Geralmente causa quadros de uretrite e cervicite, tendo período de incubação em média de 10 dias após a exposição. O paciente vai se queixar de saída de secreção do pênis ou vagina e polaciúria. A secreção da gonorreia é tipicamente amarela-esverdeada, de odor fétido. 

O diagnóstico é feito por meio de exame microscópico, cultura ou teste de DNA de amostra da secreção vaginal ou peniana. O tratamento pode ser feito com dose única de ceftriaxona 500 mg, IM. Em casos mais raros, pode causar conjuntivite, infecção disseminada ou artrite gonocócica. 

Clamídia

A clamídia é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, sendo a IST mais comum nos EUA. Pode causar uretrite, epididimite, cervicite, salpingite e DIP. Seus sintomas incluem corrimento amarelado ou claro, sangramento espontâneo ou durante ato sexual, disúria, dispareunia e dor nos testículos. 

O diagnóstico é feito por meio de exame microscópico, cultura ou teste de DNA de amostra da secreção vaginal ou peniana. O tratamento é feito com azitromicina 1g em dose única ou doxiciclina 100mg de 12/12 por 7 dias.

Muitas vezes vai ser difícil diferenciar a gonorreia e a clamídia, sendo comum que ambas sejam tratadas em conjunto, conforme o fluxograma:

Fluxograma para tratamento de clamídia e gonorreia. Fonte: Scielo; link da fonte: https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/FMdXKS3jWvz3dMWJYhFN5pn/?lang=pt
Fluxograma para tratamento de clamídia e gonorreia. Fonte: Scielo

Tricomoníase

A tricomoníase é uma vulvovaginite sexualmente transmissível causada por um protozoário Trichomonas vaginalis. Em homens, geralmente causa uretrite, corrimento uretral e disúria, secreção mucopurulenta ou epididimite (dor, edema e hipersensibilidade). 

Em mulheres, causa uretrite e irritação vulvar e secreção vaginal profunda, branca ou amarela, com odor fétido e pH > 5. O diagnóstico pode ser feito por meio da cultura da secreção, se o exame clínico for incerto. O tratamento é feito com metronidazol ou tinidazol em dose única.

Diagnóstico diferencial

Corrimentos vaginais – Candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana. Fonte: No caminho da Enfermagem; link da fonte: https://www.facebook.com/NoCaminhoDaEnfermagem/photos/a.404033123082265/1648675931951305/?type=3&locale=pt_BR
Corrimentos vaginais – Candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana. Fonte: No caminho da Enfermagem   

Outras vulvovaginites que NÃO são sexualmente transmissíveis, porém são importantes diagnósticos diferenciais são a candidíase vulvovaginal e a vaginose bacteriana. A candidíase é causada pelo fungo do gênero Candida, causando prurido e corrimento vaginal esbranquiçado, grumoso e inodoro. 

Normalmente, é um fungo que já pode habitar a mucosa vaginal, porém em situações que alterem a microbiota, como estresse, umidade e imunossupressão, podem predispor sua proliferação. 

A vaginose bacteriana é uma condição também gerada por desequilíbrio na microbiota vaginal, causada pela bactéria Gardnerella Vaginalis, que também faz parte da microbiota fisiológica da vagina. Causa um corrimento vaginal branco acinzentado a amarelado, de aspecto fluido, bolhoso e fétido. 

Entenda melhor as vulvovaginites no vídeo abaixo:

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ISTs que causam úlceras genitais

Herpes genital

Herpes genital. Fonte: MD.Saúde; link da fonte: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/dst/herpes-genital/
Herpes genital. Fonte: MD.Saúde 

O herpes vírus simples (HSV-1 e HSV-2) é o vírus causador da úlcera do herpes genital. Após a infecção inicial, o HSV permanece dormente, podendo emergir periodicamente em forma de úlceras. A transmissão ocorre por meio do contato sexual com pessoas com lesões ativas. Pode ser transmitido também durante o parto. 

O diagnóstico é frequentemente clínico, baseado nas lesões características, mas pode ser feito por meio de testes para HSV usando amostra do fluido da base da vesícula. O tratamento pode ser feito com aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir por 7 a 10 dias.

Veja também: 

  • O que é Residência em Ginecologia e Obstetrícia, áreas de atuação, rotina, habilidades e remuneração
  • Urologia: residência médica, atuação, rotina e mercado de trabalho
  • Residência em Pediatria: O que é, e mercado de trabalho

Cancro mole

Cancro mole. Fonte: GoConqr; link da fonte: https://www.goconqr.com/slide/19884818/cancro-mole
Cancro mole. Fonte: GoConqr 

O cancro mole ou cancróide é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo Haemophilus ducreyi, caracterizada por ulceração genital e adenite inguinal. Gera feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus. O diagnóstico é por meio da cultura de uma amostra de pus ou líquido da úlcera. Pode ser tratado com dose única de ceftriaxona IM ou azitromicina, ciprofloxacino ou eritromicina VO.

HPV

Verruga de HPV. Fonte: Catraca Livre
Verruga de HPV. Fonte: Catraca Livre

O HPV (papilomavírus humano) é um vírus que infecta pele ou mucosas, provocando verrugas anogenitais, o condiloma acuminado, com exceção dos tipos 16 e 18 que estão relacionados ao câncer. Pode ficar latente por meses, se manifestando quando o organismo ocorre diminuição da resistência do organismo. 

As lesões são verrugas na região genital e ânus, únicas ou múltiplas, de tamanho variável, assintomáticas no geral, mas podendo causar prurido.  O tratamento é feito por meio da retirada da lesão, por métodos químicos, como por meio do ácido tricloroacético, ou cirúrgico, como por eletrocauterização. Para evitar novas recorrências, é necessário a vacinação contra o HPV.

Sífilis

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela progride em 3 fases, com a primeira sendo caracterizada pela formação de uma úlcera: o cancro duro, que é autolimitado, muitas vezes imperceptível pelo paciente e indolor. Essa ferida, geralmente única, aparece entre 10 a  90 dias após o contágio, sumindo naturalmente. Nessa fase, a possibilidade de transmissão é maior.

Cancro duro da sífilis primária. Fonte: Grupo SOS Vida; link da fonte: https://grupososvida.wordpress.com/2015/10/24/sifilis-sintomas-e-tratamento/
Cancro duro da sífilis primária. Fonte: Grupo SOS Vida

Depois de 6 semanas a 6 meses da cicatrização da ferida inicial, se inicia a sífilis secundária. É caracterizada por manchas pelo corpo, que não coçam, associadas a febre, mal-estar, cefaléia e linfonodomegalias. Depois, a sífilis entra em fase latente, podendo evoluir para terciária em 2 a 40 anos após, acometendo sistemas cardiovasculares, neurológico, pele, entre outros. 

Estágios da sífilis. Fonte: Universidade Federal da Paraíba; link da fonte: https://www.ufpb.br/saehu/contents/noticias/sifilis-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-diagnostico-e-prevencao-1
Estágios da sífilis. Fonte: Universidade Federal da Paraíba

O diagnóstico é feito por meio do teste treponêmico, normalmente o FTA—Bs, associado a teste não treponêmico, como o VDRL, ambos positivos. O teste rápido de sífilis, oferecido pelo SUS nas unidades de saúde, sai em 30 minutos e é um excelente método de triagem. O tratamento é feito com penicilina benzatina: 1 dose de 2.400.000 UI na primária, secundária ou latente recente (< 1 ano) e 3 doses na terciária ou latente tardia (> 1 ano).

Outras infecções sexualmente transmissíveis

HIV

O HIV (vírus da imunodeficiência humano) é um retrovírus transmitido por meio do sexo desprotegido, via vertical ou por amamentação de pessoas infectadas com carga viral DETECTÁVEL. Ele ataca o sistema imunológico, principalmente os linfócitos TCD4, aumentando o risco de infecções. Pessoas vivendo com HIV com carga viral indetectável são intransmissíveis. O diagnóstico é feito por meio do teste rápido ou teste sorológico e o tratamento por meio dos medicamentos antirretrovirais.

HTLV

O HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas) é um retrovírus oncogênico transmissível sexualmente por via vertical e por meio da amamentação. Infecta as células do sistema imunológico e está associado a leucemia/linfoma de células T do adulto e mielopatia associada ao HTLV. 

Além disso, pode causar paraparesia espástica, uma doença neuro inflamatória crônica que causa desmielinização progressiva da medula espinhal. O diagnóstico pode ser feito por meio de testes sorológicos para detecção de anticorpos específicos e o tratamento é direcionado a doenças relacionadas ao HTLV.

Hepatites B e C

As hepatites B e C são doenças infecciosas que agridem o fígado, causadas pelo vírus da hepatite B (HBV) e pelo vírus da hepatite C (HCV). Podem ser transmitidas sexualmente, via vertical ou por transfusão sanguínea de pessoas infectadas. 

Na maioria dos casos, ocorre infecção aguda, porém algumas situações podem gerar uma infecção crônica. Podem gerar um quadro de cirrose hepática e de hepatocarcinoma. O diagnóstico é feito por meio de testes sorológicos e carga viral, anti-HCV no caso da hepatite C e HbsAg no caso da hepatite B.

Prevenção

A prevenção primária de infecções sexualmente transmissíveis é feito por meio do uso de camisinha, masculina ou feminina, em todas as relações sexuais. A prevenção secundária é feita por meio da testagem para HIV, sífilis e hepatites virais, profilaxias pré-exposição de HIV e profilaxias pós-exposição.

Para evitar reinfecções e interromper a transmissão, é essencial o tratamento bem feito, além da testagem e tratamento dos parceiros. É sempre indicado testagem de pacientes sexualmente ativos, principalmente se alguma ISTs estiverem em tratamento.

Conclusão 

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são infecções comuns na população sexualmente ativa, podendo ser causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos. Podem causar quadros variados, como corrimento e úlceras genitais. 

Vamos ver algumas questões NA PRÁTICA? Abaixo está o link de questões explicadas sobre diagnóstico diferencial de ISTs.

Leia mais:

  • Corrimento Vaginal: como cai na residência médica da SURCE? 
  • Sífilis Congênita na prova de residência médica
  • Infecção por rotavírus: transmissão, sintomas e prevenção
  • Infecção puerperal: formas clínicas, diagnóstico e tratamento
  • Tétano: quadro clínico, transmissão e como tratar

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FONTE:

  • Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) — Ministério da Saúde 
  • KASPER, Dennis L. Medicina interna de Harrison. 19 1 v. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017

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