Fazer a residência em Medicina Intensiva aumentam as suas chances de chegar a assumir cargos gerenciais, e, assim, não precisar viver dando plantão para o resto da vida.
A Terapia Intensiva é uma especialidade relativamente nova, com um mercado ainda aberto e cheio de oportunidades profissionais, seja para plantonista ou diarista.
Ela surgiu na segunda metade do século XX, sendo responsável por cuidar de pacientes críticos. Sendo assim, o médico intensivista é responsável por liderar a equipe multidisciplinar da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A especialização aumenta as suas chances de fazer carreira dentro do hospital, como por exemplo, assumir a direção do hospital.
Por isso, o médico intensivista tem uma melhor qualidade de vida, visto que, diferentemente do autônomo, não precisa se preocupar em ir atrás dos pacientes, em competir por eles.
Você não precisará fazer “propaganda” do seu trabalho. Além disso, o ambiente da UTI é mais controlado do que a emergência. É uma área que proporciona uma certa estabilidade.
Diante disso, aqui você encontrará mais informações sobre a rotina da residência em Medicina Intensiva, o mercado de trabalho, as áreas de atuação e qual o perfil e habilidades que os médicos intensivistas devem ter.
O que é a residência em Medicina Intensiva?

A residência em Medicina Intensiva é uma especialização feita para se tornar um médico intensivista.
Profissional responsável por comandar a equipe multidisciplinar da UTI e por cuidar de pacientes críticos, que possuem diagnósticos delicados e, por isso, necessitam de cuidado intenso.
Desde o dia 29 de abril deste ano, a Comissão Nacional de Residência Médica aprovou uma nova Matriz de Competência.
Essa determina que a forma de ingresso para residência deveria ser o acesso direto. Além disso, o tempo de duração passou a ser de 3 anos.
A decisão foi oficializada com a divulgação no Diário Oficial da União. Assim, as novas regras entraram em vigor desde o último dia 1º de julho.
Antes, a especialização tinha como pré-requisito a residência em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Residência em Anestesiologia, Neurologia, Infectologia ou Pediatria, e a duração era de 2 anos. Assim, o tempo de formação total era de 4 anos.
A residência em Medicina Intensiva proporciona segurança ao manejar o paciente grave. E ainda, amplia o seu conhecimento nas mais diversas áreas, seja na Neurologia, Pneumologia, Infectologia ou Cardiologia, por exemplo.
Além disso, para se tornar um médico intensivista também é possível fazer a especialização em algum centro de saúde credenciado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (PEMI-AMIB).
Qual a rotina de um residente em Medicina Intensiva?
A Medicina Intensiva lida com pacientes em estado crítico, que exigem bastante atenção e cuidados especiais.
Sendo assim, durante a Residência em Medicina Intensiva aprenderá sobre cuidados peri-operatórios, condições que resultam na falência única ou múltipla dos órgãos, cuidados terminais e controle de doenças.
Além disso, a ressuscitação e controle inicial do paciente agudamente enfermo e a segurança do paciente e controle de sistemas de saúde também fazem parte do treinamento do residente.
Os intensivistas trabalham de maneira multidisciplinar. Devido a gravidade dos seus pacientes sua rotina é cheia de desafios e bastante movimentada.
É de responsabilidade deste especialista a criação de um plano de tratamento personalizado para as disfunções de cada indivíduo.
Para mais, esta tem sido uma especialidade muito buscada agora durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, devido aos cuidados que exigem a Covid-19.
Qual a remuneração de um médico intensivista?
A residência em Medicina Intensiva faz com que você seja vinculado a alguma instituição, pois o médico intensivista possui demandas recorrentes.
Algo que não é visto quando a especialização é em outras áreas como pneumologia, cardiologia e endocrinologia, por exemplo.
Especialistas em Terapia Intensiva têm sido cada vez mais requisitados pelos grandes hospitais, que ganham mais credibilidade com a contratação de intensivistas certificados.
Então, para quem é cosmopolita, representa a certeza de continuar a viver nos grandes centros urbanos, sem a necessidade de ter que trabalhar e até viver em cidades periféricas.
Mesmo no começo da carreira o salário do médico intensivista é muito bom. As horas de trabalho desse profissional são bem remuneradas, variando entre R$ 80 e R$ 150, a depender da localidade.
Assim, o profissional ganha em média R$ 8.248,30 por uma jornada de trabalho de 26 horas semanais. Isso de acordo com a pesquisa do site salário, que utilizou dados de 1.541 intensivistas contratados e desligados, entre outubro de 2020 e setembro de 2021.
Quais as áreas de atuação de um médico intensivista?
O intensivista pode atuar como plantonista ou rotineiro, em UTI geral ou especializada.
Desse modo, realizam a inserção de drenos torácicos e fazem ultrassonografia à beira do leito, bem como lidam com pacientes que precisam de monitoramento.
Estes profissionais também lidam com pacientes cuja fisiologia precisa estar sob controle rigoroso para evitar danos secundários ou que apresentam uma alteração fisiológica massiva, devido a algum trauma grave, por exemplo.
Qual o perfil e habilidades de um residente em Medicina Intensiva?

Se você gosta de procedimentos invasivos, do ambiente hospitalar e de inovação tecnológica, a Terapia Intensiva se encaixa no seu perfil.
A liderança é uma habilidade fundamental para quem pensa em fazer a residência em Medicina Intensiva. Também é preciso ser compassivo, atencioso e empático, para prestar o atendimento necessário aos pacientes e passar as informações para a família.
Além disso, outras habilidades imprescindíveis são: possuir controle emocional, conseguir trabalhar sob pressão e saber dar más notícias, por causa do tipo de pacientes com os quais lida diretamente.
Devido a essa dependência de cuidados por parte dos indivíduos, é necessário que o intensivista seja bastante competente e que esteja sempre preparado.
De acordo com dados de 2020, o perfil da profissão é mais masculino. Com isso, os homens equivalem a 68,1% de um total de 6.637 intensivistas por todo o país.
Dúvidas Frequentes (Guia Rápido)
Quem pode ser um médico intensivista?
De acordo com a nova Matriz de Competência da Medicina Intensiva divulgada em abril deste ano, para se tornar oficialmente um médico intensivista é preciso ser graduado em medicina.
Quanto tempo dura a residência em Medicina Intensiva?
A residência em Medicina Intensiva dura 3 anos.
Onde um especialista em Medicina Intensiva pode atuar?
Pode atuar como plantonista ou diarista da UTI geral ou especializada.
Quantas horas trabalha um médico intensivista?
Um médico intensivista trabalha em média por 26 horas semanais.
Quanto ganha um médico plantonista de UTI?
O valor do plantão varia de acordo com a localidade. Em São Paulo, por exemplo, a média salarial por doze horas de plantão varia de 900 a 1600 reais.
Conclusão
Na residência em Medicina Intensiva o médico vai ser treinado para lidar com os cenários críticos da medicina.
Assim como também aprenderá sobre a gestão e a liderança da equipe multidisciplinar da Unidade de Terapia Intensiva.
A interação satisfatória entre as equipes é essencial para que o intensivista obtenha resultados assistenciais satisfatórios.
Assim, a Terapia Intensiva exige muito comprometimento, empatia e conhecimento, pois qualquer decisão tomada pelo intensivista pode mudar a vida do paciente.
Leia mais: