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Escarlatina: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
Estudo
•
Publicado em
15/12/23

Escarlatina: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Escarlatina: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
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Fernanda Vasconcelos
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Índice

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A Escarlatina é uma doença infectocontagiosa de importante diagnóstico diferencial quando investiga-se rash cutâneo na população pediátrica. Apesar de poder afetar qualquer idade, os mais jovens são o grupo epidemiológico mais acometido devido à disseminação nas creches e escolas. Além do sintoma dermatológico, outros locais do corpo podem ser afetados. Vamos entender o quadro clínico, diagnóstico e tratamento por completo.

O que é escarlatina? 

A febre escarlate, previamente chamada de escarlatina, é uma síndrome caracterizada por faringite, febre e exantema secundário à infecção por Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. Sobre esse agente etiológico, ele produz repercussões sistêmicas através das exotoxinas pirogênicas estreptocócicas (SPEs) dos tipos A, B e C. Esse microorganismo é encontrado em secreções do nariz, ouvidos, garganta e pele. 

O problema pode se instalar através de infecções estreptocócicas em feridas ou queimaduras, assim como infecções do trato respiratório superior. Dessa forma, a apresentação clínica tem maior exuberância no local de maior replicação estreptocócica, visto que é onde há maior concentração das exotoxinas. A faixa etária mais acometida é a de crianças em idade escolar.

Epidemiologia e Fisiopatologia 

A epidemiologia da escarlatina se concentra em crianças e adolescentes de 5 a 15 anos, devido à disseminação em ambientes escolares a qual está mais comumente associada à faringite causada pelo estreptococo. Além disso, há outros fatores facilitadores dessa infecção, como: contato direto com as secreções respiratórias infectadas, ambientes aglomerados e infecções anteriores por estreptococos, as quais podem aumentar a vulnerabilidade a essa condição.

A fisiopatologia envolve a ação das toxinas SPEs no revestimento da mucosa da garganta e da pele. A toxina atinge a faringe, causando inflamação e exsudação, resultando na característica faringite exsudativa associada à condição. Para mais, a toxina se dissemina via hematogênica e provoca uma reação alérgica que se manifesta na pele como o exantema vermelho-brilhante com uma aparência de "textura de lixa", além do efeito pirogênico causando febre.


Veja também:

  • Residência Clínica Médica: Como Funciona, Atuação e Salário 
  • Como Conciliar a Vida Pessoal e a Residência Médica: Dicas para Equilibrar Compromissos 
  • As habilidades não técnicas essenciais para ter sucesso na residência médica 

Quais as causas da escarlatina? 

A escarlatina é uma doença estreptocócica. Essas bactérias, que são cocos gram-positivos, crescem em cadeias e são classificadas pela capacidade de produzir zonas de hemólise sanguínea. Podem ser alfa-hemolíticos (hemólise parcial), beta-hemolíticos (hemólise completa) ou gama-hemolíticos (sem hemólise). O período de incubação da síndrome varia de 12 horas a 7 dias. Os pacientes são contagiosos durante a fase aguda da doença e durante a fase subclínica.

Os estreptococos do grupo A são habitantes normais do nasofaringe e podem causar faringite, infecções cutâneas (como erisipela, celulite e pioderma), pneumonia, bacteremia e linfadenite. A maioria excretam enzimas e toxinas hemolisantes. As toxinas eritrogênicas produzidas por esses estreptococos são responsáveis pelo rash da escarlatina. Embora geralmente associada à faringite, em casos raros, segue infecções estreptocócicas em outros locais.

Sintomas de escarlatina 

Faringite e Sinal de Filatov. Fonte: Litfl 
Faringite e Sinal de Filatov. Fonte: Litfl 

A escarlatina se manifesta com um início súbito, caracterizado por calafrios e febre alta nos primeiros dias, que gradualmente diminui até desaparecer nos dias seguintes. Os sintomas são dor de garganta intensa e pequenas manchas vermelho-escarlate na pele, ásperas ao toque ("textura de lixa"). Essas manchas iniciam no tronco e se espalham para a face, pescoço, membros, axilas e virilha, mas não afetam as palmas das mãos, plantas dos pés e ao redor da boca. 

Rash típico da Escarlatina. Fonte: Litfl 
Rash típico da Escarlatina. Fonte: Litfl 
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Na língua, surgem caroços vermelhos cobertos por uma película branco-amarelada, que posteriormente se desfaz, dando à pele um aspecto de "framboesa" pelo inchaço e arroxeamento das papilas. Outros sintomas incluem mal-estar, falta de apetite, linfadenomegalia cervical, dores no corpo, abdômen e cabeça,  náuseas e vômitos.

"Língua em framboesa" da escarlatina. Fonte: Litfl
"Língua em framboesa" da escarlatina. Fonte: Litfl

Além disso, existem outros 2 sinais presentes no exame físico do paciente: Sinal de Filatov e Sinal de Pastia. O primeiro refere-se ao rubor em face com palidez em região perioral. Já o segundo é um achado cutâneo de petéquias em dobras, formando linhas transversais.

Sinal de Pastia. Fonte: Litfl
Sinal de Pastia. Fonte: Litfl

DICA DE PROVA 

Aqui vai um mnemônico para nunca mais esquecer o quadro clínico da escarlatina: PSOL = Pele vermelha em lixa, Sinal de Pastia e Filatov, Orofaringe vermelha, Língua em framboesa.

Diagnóstico de escarlatina  

A febre escarlate é diagnosticada com base na apresentação clínica em conjunto com os resultados dos testes laboratoriais. Os exames disponíveis incluem cultura de orofaringe e o teste rápido para estreptococos do grupo A (GAS), ambos testam a presença do GAS. A cultura de orofaringe é mais específica, porém há um maior tempo até o resultado. Enquanto isso, o teste rápido é imediato e menos específico.

Portanto, em pacientes jovens com uma pontuação alta no Escore CENTOR Modificado (veja a tabela abaixo), o teste rápido (TR) para estreptococos é recomendado para confirmar a infecção e iniciar o tratamento. Porém, visto que existem limitações de recursos nos centros de saúde brasileiros, é comumente realizado o TR em pacientes com 2 pontos, sendo os escores acima disso indicados diretamente ao tratamento. 

ESCORE DE CENTOR MODIFICADO
3 - 4 anos +1
15 - 44 anos 0
≥ 45 anos -1
Edema ou exsudato tonsilar +1
Linfadenomegalia +1
Ausência de tosse +1
Presença de tosse 0
3 ou 4 pontos - iniciar tratamento
2 pontos - realizar teste rápido
Escore de Centor Modificado para faringoamigdalite. Fonte: EMR/Fernanda Vasconcelos

Tratamento de escarlatina 

A escarlatina é tratada principalmente com antibióticos para combater a infecção causada pelo estreptococo do grupo A. A Penicilina (V ou G) ou a Amoxicilina são tratamentos de primeira linha. Se houver alergia à Penicilina, podem ser utilizados cefalosporinas de primeira geração, Clindamicina ou Eritromicina. Para mais, tratamentos sintomáticos, como analgésicos para reduzir a febre e aliviar a dor de garganta, também podem ser recomendados.

Se não tratada corretamente, a febre escarlate pode gerar uma série de complicações. Entre elas, há a febre reumática, inflamação que pode afetar o sistema cardiovascular, articular e o sistema nervoso central. Outra complicação é a glomerulonefrite pós-estreptocócica, injúria renal que pode variar de temporária a permanente. Por fim, embora mais raros, existem riscos de infecções secundárias, como pneumonia ou otites resultantes da disseminação bacteriana.

Conclusão

A escarlatina, desencadeada pelo Estreptococo do grupo A, é uma síndrome caracterizada por faringite, febre e exantema cutâneo. Ela afeta predominantemente crianças em idade escolar e é identificada clinicamente e por testes laboratoriais, como a cultura de orofaringe e teste rápido para o estreptococo. O tratamento inclui antibióticos, como penicilina ou amoxicilina.

Leia mais:

  • Sarampo: do quadro clínico ao tratamento
  • Esquistossomose: quadro clínico, diagnóstico e tratamento
  • Doença de Crohn e Colite Ulcerativa: O que São e Sintomas
  • Apresentação clínica da hanseníase: saiba como diferenciar
  • O Que São Arboviroses, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

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FONTES:

  • Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
  • Salvatore Pardo; Thomas B. Perera. Scarlet Forever. National Library of Medicine
  • Life in the fastlane

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