Logomarca Eu Médico Residente
Preparatórios
SemiExtensivo R1 2025
NOVO
Extensivo R1 2025
Extensivo R+ CM 2025
Extensivo Bases 2025
Intensivos R1 2025
Lista de Espera
Ver todos
Mural dos Aprovados
Central da Residência
Blog
Medtrack
Materiais
Segredos na Aprovação 2025
Bahia (SUS-BA)
14/06
Acessar a Central
Área do Aluno
account_circle
Teste grátis
bolt
/
Blog
/
Estudo
/
Esquistossomose: quadro clínico, diagnóstico e tratamento
Estudo
•
Publicado em
21/8/21

Dominando o manejo da esquistossomose

Dominando o manejo da esquistossomose
Escrito por:
No items found.
Ellen Kosminsky
Compartilhe este artigo

Índice

Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6

A esquistossomose, também conhecida como “xistose”, “barriga d’água” e “doença dos caramujos”, é uma doença parasitária de evolução crônica. O agente etiológico responsável pela doença é o Schistosoma mansoni, e tem como seu hospedeiro definitivo o homem. Esse elimina os ovos do verme através das fezes, contaminando coleções hídricas.

Já o hospedeiro intermediário é o caramujo do gênero Biomphalaria, que possibilita o verme completar seu ciclo reprodutivo. Assim, após terem se desenvolvido no organismo do caramujo, as cercárias (formas jovens do S. mansoni)infectam o homem através da penetração ativa na pele.

Ciclo de vida do S. mansoni. Fonte: MD Saúde (https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/figure/inf_schistosoma_life_cycle_pt)
Ciclo de vida do S. mansoni. Fonte: MD Saúde

O período de incubação se dá de 1 a 2 meses, e o homem passa a eliminar fezes com os ovos a partir da 5ªsemana de infecção. Podendo eliminá-los por mais de 20 anos após o contato como verme.

Ademais, qualquer pessoa é suscetível a desenvolver a esquistossomose. Entretanto, existem evidências deque residentes de áreas endêmicas mostram uma certa resistência imunológica ao parasita e, por isso, não apresentam grande carga parasitária.

Para estudar a fisiopatologia e os achados no exame de imagem da esquistossomose, confira no texto exclusivo feito pela equipe de redação do Eu Médico Residente.

Quadro clínico da esquistossomose

Há duas fases da manifestação clínica: inicial e crônica. Sendo elas correspondentes ao estágio de desenvolvimento do parasita no organismo do hospedeiro.

Fase inicial

Ocorre com a penetração das cercárias na pele do hospedeiro. Nessa fase, em que são comuns as manifestações alérgicas, predominam as formas agudas da doença. Assim, há possibilidade de apresentação sintomática e, também, ocorrem as formas assintomáticas.

Quadro assintomático

Corresponde a maioria dos portadores da esquistossomose. Todavia, esses pacientes podem ser diagnosticados através de achados de exame laboratoriais de rotina, como no exame de fezes e na presença de eosinofilia no leucograma.

Quadro sintomático

Surge com a dermatite cercariana, uma manifestação pruriginosa na pele muito semelhante a picadas de inseto. Podendo durar até 5 dias após a infecção.

Dermatite carcariana. Fonte: Prefeitura Municipal de Dores de Guanhães (http://doresdeguanhaes.mg.gov.br/site/wp-content/uploads/2018/02/Boletim-dezembro-de-2017-Nina.pdf)
Dermatite carcariana. Fonte: Prefeitura Municipal de Dores de Guanhães

Além disso, também pode surgira febre de Katayama após 3 a 7 semanas da exposição. Nesse caso, é comumo surgimento de linfadenopatia, febre e cefalia. E ainda, de anorexia,dor abdominal e diarreia. No exame físico do paciente com a febre deKatayama, há presença de hepatoesplenomegalia.

Leia mais:

  • Entendendo de uma vez por todas: Fisiopatologia da Ascaridíase
  • Você diagnosticar a filariose linfática?
  • Tricomoníase: do quadro clínico ao diagnóstico
Preparatórios EMR
A Metodologia ideal para ser aprovado na Residência Médica ou Revalida

Prepare-se através de uma metodologia testada e aprovada nas principais provas de concurso médico do Brasil.

Saiba mais
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Além disso, também pode surgir a febre de Katayama após 3 a 7 semanas da exposição. Nesse caso, é comum o surgimento de linfadenopatia, febre e cefaléia. E ainda, de anorexia, dor abdominal e diarreia. No exame físico do paciente com a febre de Katayama, há presença de hepatoesplenomegalia.

Fase Tardia

A fase tardia da doença tem início a partir do 6º mês após a exposição ao verme, e pode durar anos. A progressão da doença pode levar à hipertensão pulmonar e portal, ascite e à ruptura de varizes de esôfago.

Para mais, pode ser classificada em 4 formas: hepatointestinal, hepática, hepatoesplênica compensada e hepatoesplênica descompensada.

Forma hepatointestinal

Caracteriza-se pela presença de diarreia e epigastralgia. O paciente apresenta fígado palpável e com nodulações ao exame físico, sendo essas características da fibrose decorrente das formas mais avançadas da doença: a fibrose de Symmers.

Forma hepática

A apresentação do paciente com a forma hepática pode ser assintomática, ou com os sintomas descritos na fase hepatointestinal. Assim, como a forma anteriormente descrita, o fígado apresenta-se palpável e endurecido ao exame físico. 

Entretanto, ao ser visualizado com o ultrassom (USG), verifica-se achado de fibrose moderada ou intensa, característico da progressão da doença.

Representação da fibrose de Symmers (figura A), e ultrassom de veia porta (figura B). Aqui, é possível observar que a fibrose se apresenta ecogênica ao exame. Fonte: Reprodutibilidade da classificação ultra-sonográfica de Niamey na avaliação da fibrose periportal na esquistossomose mansônica (https://www.scielo.br/j/rb/a/t85Ft8xBQcx7xNSstBDLSpj/?lang=pt)
Representação da fibrose de Symmers (figura A), e ultrassom de veia porta (figura B). Aqui, é possível observar que a fibrose se apresenta ecogênica ao exame. Fonte: Reprodutibilidade da classificação ultra-sonográfica de Niamey na avaliação da fibrose periportal na esquistossomose mansônica

Forma hepatoesplênica compensada

Nessa forma, há presença de hipertensão portal, que leva à esplenomegalia e ao surgimento das varizes de esôfago. O indivíduo apresenta sintomas inespecíficos, como dores abdominais atípicas.

E ainda, sensação de peso/desconforto no hipocôndrio esquerdo, devido à esplenomegalia. Essa forma predomina em adolescentes e adultos jovens.

Forma hepatoesplênica descompensada

São as formas graves da doença, responsáveis por levar o paciente à óbito. Exemplo disso são hemorragias digestivas altas, devido à ruptura das varizes de esôfago. E mais, há diminuição acentuada do estado funcional do fígado.

Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Como realizar o diagnóstico da ‘barriga d’água’?

Devido ao quadro inespecífico, o diagnóstico de certeza apenas pode ser dado através de exames laboratoriais. No entanto, a história clínica do paciente, sua procedência e residência são dados que auxiliam muito no diagnóstico da esquistossomose.

O exame coproscópico é o mais utilizado para diagnosticar a doença. Sendo a técnica mais utilizada a de Kato-Katz, por realizar a contagem de ovos por grama de fezes e, assim, avaliar a intensidade da infecção e a eficácia do tratamento.

O diagnóstico diferencial da dermatite cercariana deve ser feito com doenças exantemáticas, bem como com a dermatite causada por larvas de geo-helmintos. Além do mais, nas formas agudas, o diagnóstico diferencial deve ser feito com a malária e doença de Chagas aguda.

Também deve-se fazer a diferenciação com as hepatites virais e a febre tifoide. Já nas formas crônicas da “barriga d’água”, é preciso diferenciá-la do calazar, leucemia, linfomas e da cirrose.

Qual o tratamento adequado para a ‘doença dos caramujos’?

O tratamento deve ser feito com o prazinquantel, via oral. A dose é única, sendo 50mg/Kg em adultos e 60 mg/Kg em crianças. Por fim, existem algumas contraindicações ao medicamento. Sendo assim, recomenda-se não aplicar essa medicação em gestantes e crianças menores de 2 anos. 

Ou em pacientes com insuficiência hepática grave e insuficiência renal. Vale salientar que mulheres em fase de amamentação, se forem medicadas, devem esperar 72 horas para amamentar novamente. 

Fonte:

  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília, 2019.
O que achou deste conteúdo?

Artigos recentes

Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Dicas
•
13/6/25
Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Dicas
•
12/6/25
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Dicas
•
11/6/25
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Estudo
•
10/6/25
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Ver todos os artigos

Cadastre-se no Medicina Diária para receber novidades em primeira mão sobre o ENAMED!

Ao confirmar sua inscrição você estará de acordo com a nossa Política de Privacidade.
Logomarca Eu Médico Residente

Cursos

  • Extensivo R1 2025
  • Extensivo R+ CM 2025
  • Extensivo Bases 2025
  • Ver todos

Institucional

  • Sobre
  • Eventos
  • Blog
  • Ajuda
  • Parceiros EMR
  • Fidelize e Ganhe
  • Soluções para Instituições
  • Contato

Endereço

Av. Marquês de Olinda, nº 302, andar 004, Bairro do Recife - Recife- PE, CEP 50030-000

Nossas redes

EMR Eu Médico Residente Ensino Ltda © 2025. Todos os direitos reservados. CNPJ: nº 34.730.954/0001-71
Termos de usoPolítica de Privacidade

Nós utilizamos cookies. Ao navegar no site estará consentindo a sua utilização. Saiba mais sobre o uso de cookies.

Certo, entendi