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Reação hansênica: o que é e como cai na prova de residência
Estudo
•
Publicado em
1/5/23

Reação hansênica: o que é e como cai na prova de residência

Reação hansênica: o que é e como cai na prova de residência
Escrito por:
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Fernanda Vasconcelos
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A hanseníase é uma doença infecciosa negligenciada que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além dos sintomas característicos da doença, os pacientes com a doença estão sujeitos a desenvolver reações hansênicas, que são uma complicação comum e importante a serem monitoradas. Neste texto, vamos abordar a relevância dessas reações, suas características e formas de tratamento.

Hanseníase

A Hanseníase, também conhecida como lepra (essa denominação está caindo em desuso) é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Ela é transmitida principalmente pelo contato prolongado e próximo com pessoas infectadas, embora ainda haja muito estigma e desinformação sobre as formas de transmissão. A doença pode afetar a pele, os nervos periféricos, as mucosas do trato respiratório superior e os olhos, causando deformidades, incapacidade física e social. 

Para fins de compreensão da apresentação clínica, é classificada em um espectro com dois extremos: a Hanseníase Tuberculosa, que é paucibacilar, e a Hanseníase Virchowiana (ou Lepromatosa), que é multibacilar. A primeira está mais associada às formas menos graves e cursa com poucas lesões cutâneas vermelho-acastanhadas restritas a certas partes do corpo. Já a segunda tende a ser mais grave e gerar lesões por todo o corpo, incluindo a pele, mucosas, nervos periféricos e órgãos internos.

DICA DE PROVA  -  tente memorizar as apresentações clínicas como um gradiente de severidade, com os dois extremos sendo a Forma Tuberculosa e a Forma Virchowiana. Analise a figura abaixo:

Tipos de quadros após a Infecção da Hanseníase (M. leprae). Fonte: Eu Médico Residente
Tipos de quadros após a Infecção da Hanseníase (M. leprae). Fonte: Eu Médico Residente

Reações Hansênicas

As reações hansênicas são uma complicação comum da hanseníase que ocorre como resultado de uma resposta imunológica do organismo à presença da bactéria Mycobacterium leprae. Essas reações podem ocorrer tanto em pacientes em tratamento quanto em pacientes já considerados curados, e podem manifestar-se de forma aguda ou crônica. Existem 2 principais apresentações: Tipo 1 (Reversa) e tipo 2 (eritema nodoso).

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Reação tipo 1: Reversa

A reação hansênica tipo 1 se caracteriza por edemas nas lesões antigas. Fonte: Slideplayer https://slideplayer.com.br/slide/1807027/
A reação hansênica tipo 1 se caracteriza por edemas nas lesões antigas. Fonte: Slideplayer

A Reação Hansênica tipo 1, também conhecida como reação reversa, é a mais frequente e ocorre principalmente em pacientes com hanseníase paucibacilar (baixa quantidade de bacilos circulantes), sendo comum em organismos com boa imunidade celular. Também há seu predomínio no subtipo clínico Borderline, que está no meio do espectro entre a forma Tuberculóide e Virchowiana.

O início da sua ocorrência tende a ser até 1 ano após poliquimioterapia de manejo da infecção primária da Hanseníase, porém menos frequentemente podem ocorrer antes ou durante esse tratamento. Observa-se piora das lesões cutâneas pré-existentes, com bordas mais proeminentes e maior infiltração, e maior risco de neurite por desmielinização. Apesar da ocorrência dessa neuropatia o prognóstico é favorável.

O tratamento da Reação Hansênica Reversa é feito com corticoide, priorizando a Prednisona 1mg/Kg/dia,  mas optando por Dexametasona se o paciente possuir hipertensão arterial sistêmica ou alguma cardiopatia.

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Reação tipo 2: Eritema Nodoso

O eritema nodoso hansênico. Fonte: slideplayer https://slideplayer.com.br/slide/1807027/
O eritema nodoso hansênico. Fonte: Slideplayer

A Reação Hansênica tipo 2, também conhecida como reação Eritema Nodoso, é a reação menos frequente e vai atingir o paciente em até 5 anos após a terapia poliquimioterápica. Ela ocorre principalmente em pacientes com o tipo da doença multibacilar (alta quantidade de bacilos circulantes), comum em organismos com baixa imunidade celular. Essa característica é típica da forma Virchowiana ou Lepromatosa da doença.

O principal achado desse tipo de reação é o Eritema Nodoso, que é uma condição dermatológica caracterizada pelo aparecimento de nódulos dolorosos sob a pele, geralmente nas pernas, coxas e antebraços, podendo variar em tamanho e cor (vermelho, roxo ou cor da pele) e com chance de ulceração. Ela tem a preferência de atingir regiões extensoras (pré-tibial e face).

Ademais, o paciente apresentará outros achados sistêmicos da inflamação: febre, artrite, dor articular, dactilite, uveíte e elevação de provas de atividades inflamatórias.

O tratamento do Eritema Nodoso é feito com talidomida 100-400 mg/dia, com substituição por Pentoxifilina em mulheres de idade fértil, visto que a primeira opção é teratogênica. Caso o paciente apresente neurite, associa-se ao esquema de antibiótico feito na Reação tipo 1.

DICA DE PROVA  -  Revise de maneira esquemática e comparativa as duas Reações Hansênicas e tente visualizá-la ao fazer suas questões:

REAÇÃO TIPO 1 (Reversa) REAÇÃO TIPO 2 (Eritema Nodoso)
Formas Borderline Formas Virchowiana ou Borderline-Virchowiana
Até 1 ano pós PQT Até 5 anos pós PQT
Piora das lesões pré-existentes Eritema Nodoso
Lesão neural Acometimento Sistêmico
Corticoide - Prednisona ou Dexametasona Talidomida ou PentoxifilinaCorticoide caso Neurite
Resumo das reações hansênicas. Fonte: EMR/Fernanda Vasconcelos

Conclusão

Sendo assim, as Reações Hansênicas são manifestações clínicas agudas e imprevisíveis que podem afetar pacientes com Hanseníase. Elas resultam de uma resposta imunológica do organismo à bactéria M. leprae, agente etiológico da doença. As reações hansênicas podem levar a danos neurológicos e dermatológicos graves. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado das reações hansênicas são essenciais para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com Hanseníase.

Vamos ver uma questão NA PRÁTICA? Abaixo está o link de uma questão explicada pelo Dr. André  Lafayette sobre REAÇÕES HANSÊNICAS:

Leia mais:

  • Esclerodermia: definição, sintomas e manejo
  • Xeroderma Pigmentoso: entenda o que é e como tratar
  • Insolação: definição, fisiopatologia e prevenção
  • Pênfigo: o que é, tipos e como tratar
  • Molusco Contagioso: etiologia, quadro clínico e tratamento

‍

FONTES: 

  • DynaMed. Leprosy (Hansen Disease). EBSCO Information Services, 2023. https://www.dynamed.com/condition/leprosy-hansen-disease
  • Jameson, J., L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Disponível em: Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2019
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