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Infecção do trato urinário: tipos, diagnóstico e tratamento
Estudo
•
Publicado em
3/1/24

Infecção do trato urinário: tipos, diagnóstico e tratamento

Infecção do trato urinário: tipos, diagnóstico e tratamento
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Larissa Mesquita
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As infecções do trato urinário são quadros comuns, que costumam levar muitos pacientes a buscarem a emergência. Elas são mais comuns em mulheres, acometendo pelo menos 50% delas ao longo da vida. Costuma ser um quadro leve, mas que em alguns casos pode evoluir com gravidade. 

Neste post iremos abordar as infecções de trato urinário, seu quadro clínico e como tratar!

O que é a infecção do trato urinário?

A infecção do trato urinário (ITU) é a presença de um agente infeccioso no trato urinário, ou seja, uretra, bexiga, rim ou próstata, levando a sinais e sintomas infecciosos e alterações na urina. É uma das causas mais comuns de infecção na população.

Qual a epidemiologia?

A ITU é um quadro comum, tendo cerca de 130 a 175 milhões de casos por ano, globalmente. É o segundo sítio mais comum de infecção na população, tanto geral como aquela internada. 

Como dito anteriormente, é mais comum em mulheres, e isso acontece porque elas possuem uma uretra de menor extensão, além de maior proximidade entre a vagina e o ânus, que favorece a ascensão de patógenos pelo aparelho urinário. Também é mais comum naquelas sexualmente ativas. Quando acomete homens, a doença costuma ser mais grave ou é relacionada a doenças prostáticas.

Outros fatores de risco incluem: idade avançada, níveis baixos de estrogênio, incontinência urinária, história familiar, uso de sonda vesical e dispositivos urinários invasivos, procedimentos no trato urinário, atividade sexual, urolitíase, imunossupressão e diabetes mellitus. 

Tipos de infecção urinária

Cistite e pielonefrite

A infecção do trato urinário pode ser dividida em dois tipos: cistite e pielonefrite. A cistite, também conhecida como ITU baixa, é aquela que acomete a bexiga, sendo considerada a mais comum e costuma ser menos grave. Já a pielonefrite, acomete os rins, sendo também chamada de ITU alta, e, normalmente, gera um quadro mais grave. 

Imagem ilustrativa mostrando a localização da cistite e pielonefrite
Pielonefrite e cistite. Fonte: Fetalmed 

Complicada e não complicada

A ITU ainda pode ser classificada em não complicada e complicada. A complicada são aquelas que:

  • Acometem mulheres grávidas;
  • Relacionada à obstrução ou fator estrutural, como urolitíase;
  • Relacionada a alteração funcional, como bexiga neurogênica;
  • Relacionada a dispositivos como sonda vesical ou nefrostomia;
  • Aquelas em pacientes com comorbidades, como diabetes;
  • Pielonefrite no sexo masculino.

Outros conceitos importantes são o de ITU de repetição e o de bacteriúria assintomática. A ITU de repetição é aquela definida como 2 ou mais episódios em 6 meses ou, 3 ou mais episódios em 12 meses. A bacteriúria assintomática é o nome dado a quando ocorre alteração na urina, com colonização bacteriana de mais de 100.000 unidades colonizadoras de bactérias por ml. 

Agentes etiológicos

Na infecção do trato urinário não complicada o principal agente etiológico é a Escherichia coli, responsável por 70% a 95% dos casos, e o Staphylococcus saprophyticus. Na infecção do trato urinário complicada entram outros agentes importantes: bacilos gram-negativos resistentes (KPC e ESBL) e enterococcus. 

Veja também:

  • O que é Residência em Ginecologia e Obstetrícia, áreas de atuação, rotina, habilidades e remuneração
  • Urologia: residência médica, atuação, rotina e mercado de trabalho
  • As Fases da Preparação para a Residência Médica - Dicas e Estratégias
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Quais os sintomas?

Os sintomas incluem disúria, polaciúria, poliúria, oligúria, urgência miccional, esforço miccional, alteração de jato, retenção urinária e outros sintomas urinários. Na pielonefrite, costuma ter dor lombar e no ângulo costovertebral, febre, náuseas, vômitos, astenia e fraqueza. Na cistite, os sintomas urinários predominam, sendo a disúria o principal, podendo ter também hematúria. 

Diagnóstico e tratamento de infecção do trato urinário

Cistite

Geralmente, a história clínica é suficiente para estabalecer o diagnóstico. Paciente com disúria e aumento na frequência urinária, na ausência de corrimento vaginal, tem probabilidade maior que 90% de ser cistite. 

No caso de dúvida diagnóstica, pode ser feito exame de urina, que pode mostrar bacteriúria significativa (> 100.000 cfu/mL), leucocitúria/piócitos (≥ 10.000 total ou ≥ 5/campo), esterase leucocitária e/ou nitrito positivo. Não é recomendado fazer urocultura de rotina na cistite não complicada. 

Cistite não complicada

Para o tratamento da cistite não complicada, o antibiótico de primeira linha é a nitrofurantoína, por ter baixa taxa de resistência para E. coli e pode ser feito em pacientes com doença renal crônica. Recomenda-se 100mg 2 vezes por dia, durante 5 dias. Outras opções incluem sulfametoxazol-trimetoprim (SMX/TMP) 2 vezes/dia por 3 dias, cefalexina (500mg) 2 vezes/dia por 3 dias e fosfomicina (3g) dose única.

Cistite complicada

Para a cistite complicada, deve solicitar urocultura e recomenda-se prolongar os antibióticos para 7 dias ou fazer 3 doses de fosfomicina a cada 48h.

Pielonefrite

A pielonefrite é suspeitada clinicamente, sendo confirmada por meio de sumário de urina e urocultura. A maior parte da pielonefrite aguda não é complicada, responde rapidamente ao tratamento e não resulta em danos renais residuais. Os exames de imagem não são indicados para o diagnóstico de pielonefrite não complicada e a antibioticoterapia é iniciada empiricamente e depois guiada pelos resultados da cultura, geralmente por via oral, ambulatorialmente. 

A primeira linha oral são as fluorquinolonas como ciprofloxacino ou levofloxacino. Para via parental, recomenda-se cefalosporina de 3ª, como a ceftriaxona, ou de 4ª, como cefepime, quinolonas ou carbapenêmicos (a depender da urocultura).

São indicações de internação: incapacidade de hidratação oral, sinais de sepse, dúvidas em relação à aderência medicamentosa, imunodeprimidos e gestantes. Na pielonefrite complicada, as bactérias têm maior probabilidade de serem resistentes aos antibióticos clássicos. Considere a TC do abdome e da pelve com e sem contraste intravenoso para diagnosticar pielonefrite em pacientes com apresentações clínicas complexas e em aqueles que não melhoram com antibióticos dentro de 48 a 72 horas. 

Infecção do trato urinário de repetição

Como já dito anteriormente, o diagnóstico de ITU de repetição é dado por meio de 2 ITUs comprovadas por cultura nos últimos 6 meses ou ≥ 3 em 1 ano. A maioria dos pacientes recorrentes responde aos regimes antibióticos recomendados na cistite. Use os resultados das uroculturas para guiar o tratamento. Aconselhe-os sobre a modificação dos fatores de risco para ITUs recorrentes, aumento da ingesta hídrica e considere o uso de terapia antibiótica profilática. 

Para a prevenção de infecção do trato urinário recorrente, nos pacientes com indicação, pode ser feito nitrofurantoína 50 mg por dia ou SMX/TMP 400/80 mg por dia, ambas por até 6 meses.

Bacteriúria assintomática

Bacteriúria assintomática é a presença de um número significativo de bactérias (> 100.000 cfu/mL) na urina de uma pessoa sem sintomas, sendo 2 amostras em mulheres e 1 amostra em homens. O rastreio e o tratamento da bacteriúria assintomática não é recomendado na maioria dos casos, com exceção de gestantes, antes de procedimentos urológicos e em transplantados renais até 30 dias de pós-operatório. 

Conclusão

As infecções do trato urinário são condições comuns, sendo o segundo sítio de infecção mais comum. Pode ser alta (pielonefrite) ou baixa (cistite). É mais comum em mulheres, gerando um quadro leve, mas que pode complicar em alguns casos. O tratamento é feito por meio de antibioticoterapia. 

Leia mais:

  • Infecções do sistema nervoso central: diagnóstico, tratamento e mais!
  • Infecções sexualmente transmissíveis: o que são, tipos, causas e tratamentos
  • Antibioticoprofilaxia: o que é, quando é indicada e como cai nas provas de residência médica?
  • Neoplasias Uroteliais: tumores de bexiga
  • Pediatria: Infecção do trato urinário

‍

FONTE:

  • BETTCHER, Catherine; et. Al. Urinary Tract Infection - NCBI Bookshelf . Michigan Medicine. 2021. 

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