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Hipoglicemia Neonatal: epidemiologia, o diagnóstico e tratamento
Estudo
•
Publicado em
30/5/22

O que é hipoglicemia neonatal, suas complicações e como tratar

O que é hipoglicemia neonatal, suas complicações e como tratar
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Beatriz Lages Zolin
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Índice

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A hipoglicemia neonatal é uma das alterações metabólicas mais comuns no recém-nascido, devido à rápida necessidade de adaptação a processos de gliconeogênese e glicogenólise pelo bebê.

É uma condição que aparece mais em recém-nascidos prematuros ou com restrição intrauterina de crescimento, podendo ocorrer em 10% dos bebês grandes para idade gestacional (GIG) e 15% dos pequenos para idade gestacional (PIG).

Uma hipoglicemia persistente no período neonatal pode indicar algumas doenças endócrinas congênitas, como hiperinsulinemia ou hipopituitarismo, ou ainda erros inatos do metabolismo.

A baixa quantidade de glicose no organismo pode levar a diversas consequências neurológicas, fazendo com que a hipoglicemia neonatal seja um estado de emergência, necessitando de rápida intervenção médica.

O que é hipoglicemia neonatal?

É o estado de baixa glicose no sangue que surge logo após o nascimento, mas que costuma ser uma situação transitória na maioria dos casos.

Há controvérsias na definição de um valor de hipoglicemia no neonato, porém, estudos de Comblath et al. recomendam o uso de um “limiar operacional”, não para diagnosticar a doença, mas para indicar quando necessita-se de intervenção terapêutica. 

Em geral, um nível de glicose plasmática inferior a 50 mg/dL é um limiar seguro para avaliar a baixa glicose no sangue, mas valores mais específicos estão na tabela abaixo:

RN a termo saudáveis - Menos de 24h de vida; 30-35 mg/dl, elevando-se para 45 mg/dl após o início da alimentação
- Após 24h de vida: 45-50 mg/dl
RN com sinais clínicos anormais 45 mg/dl
RN assintomáticos com fatores de risco para hipoglicemia 36 mg/dl
Limiares operacionais sugeridos por Cornblath et al.

Fisiopatologia

Os sistemas responsáveis pela gliconeogênese e glicogenólise encontram-se inativos no fígado fetal, sendo assim, o feto depende inteiramente do aporte energético vindo da mãe (havendo exceções em situações de extrema carência de nutrição da mãe). 

Ao nascer, o sistema hepático do bebê irá iniciar esse processo de ativação hepática, que continua amadurecendo durante os primeiros dias de vida e os níveis de glicose sanguínea tendem a se estabilizar com o tempo. 

No entanto, essa transição é abrupta e por isso uma das mais complexas adaptações ao nascimento, fazendo com que a hipoglicemia transitória do RN seja um distúrbio frequentemente observado.

RN filhos de mães com diabetes gestacional representam um grande fator de risco para hipoglicemia neonatal.

Isso porque a insulina não atravessa a placenta, logo, é um hormônio ativo no feto e independe do eixo insulínico da mãe.

Ao nascer, esse neonato irá continuar com elevada secreção de insulina, mas estará desprovido da alta quantidade de glicose que recebia anteriormente da mãe diabética, podendo culminar em uma hipoglicemia consideravelmente grave.

Para compensar a necessidade de glicose no organismo, a lipólise é ativada, liberando produtos como os corpos cetônicos, que são capazes de ultrapassar a barreira hematoencefálica e são potencialmente tóxicos para o sistema nervoso.

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Fatores de Risco para Hipoglicemia Neonatal

Maternos

  • Diabetes (gestacional ou pré-gestacional)
  • Hipertensão e pré-eclâmpsia
  • Infusão de dextrose durante parto
  • Uso de drogas como a terbutalina, hipoglicemiantes orais, diuréticos tiazídicos

Neonatais

  • Prematuridade
  • Restrição de crescimento intrauterino, PIG, GIG
  • Sepse
  • Hipóxia e isquemia
  • Hipotermia 
  • Policitemia 
  • Síndrome de Beckwith-Wiedemann
  • Tumores produtores de insulina
  • Erros Inatos do Metabolismo
  • Eritroblastose fetal

Principais sinais e sintomas

Geralmente os sinais são bem inespecíficos, mas frequentemente encontra-se manifestações neurológicas como irritabilidade, hipotonia e convulsões. 

Cianose e dificuldade na amamentação (sucção debilitada) também são comuns.

A longo prazo, a hipoglicemia neonatal pode gerar consequências que afetam diretamente o indivíduo.

Isso foi visto em um estudo da Universidade de Louisville (EUA), que analisou cerca de 1400 crianças aos 10 anos de idade, que apresentaram uma única medida de glicose < 30-45 mg/dl nas primeiras horas de vida.

Contatou-se que este grupo tinha uma redução em torno de 50% nas chances de proficiência matemática e na alfabetização, conforme avaliação dos exames escolares. 

Classificação

Hipoglicemia Transitória

Quando permanece de dias a semanas após o nascimento. As principais causas são prematuridade, sepse, asfixia e hipotermia.

Hipoglicemia Persistente 

O índice glicêmico baixo continua durante toda a infância. Com isso, ela pode ser hiperinsulinêmica (quantidade de insulina aumentada) ou normoinsulinêmica (quantidade normal de insulina).

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Diagnóstico

O exame laboratorial é imprescindível para o diagnóstico de hipoglicemia neonatal. Foto: Reprodução/ Adobe Stock
O exame laboratorial é imprescindível para o diagnóstico de hipoglicemia neonatal. Foto: Reprodução/ Adobe Stock

A amostra laboratorial deve ser coletada e analisada o mais rapidamente possível e deve ser repetida a cada 30 minutos para os RN com necessidade de intervenção.

Nos pacientes que apresentarem hipoglicemia refratária é necessária a investigação de doenças específicas causadoras, solicitando exames como ACTH, GH, TSH, T4 livre, glucagon, triagem para erros inatos do metabolismo, entre outros.

Tratamento para a hipoglicemia neonatal

Imediatamente após o nascimento, deve-se estimular o aleitamento materno (ou uso de fórmula) e repetir a cada 2 horas. 

Em casos sintomáticos ou caso haja impossibilidade em realizar dieta oral, iniciar push de glicose IV de pelo menos 2 ml/kg em 1 min, seguido de soro glicosado a 6 ml/kg/min.

Vale salientar que, neonatos com glicemia inferior a 25 mg/dl realizam diretamente terapia EV. E caso haja necessidade de aumentar as concentrações de glicose acima de 12,5 mg, precisa-se de acesso venoso central.

Após estabilização da glicose em um nível aceitável, reduzir a infusão gradativamente e continuar alimentação oral, mantendo também as medições de glicemia.

Em casos refratários, utiliza-se hidrocortisona e/ou glucagon ou, mais raramente, diazóxido, epinefrina e GH. O tratamento cirúrgico do pâncreas pode ser indicado em casos específicos.

Conclusão

A hipoglicemia neonatal é uma emergência pediátrica que pode ser causada por diversas situações, sendo mais comum em prematuros e que costuma ser uma condição transitória. 

Como suas manifestações são neurológicas, necessitam de rápida intervenção para que não haja maiores consequências ao bebê.

Seu tratamento costuma ser simples, necessitando na maioria das vezes apenas de mais alimentação oral. 

Em casos mais graves utiliza-se infusão de glicose intravenosa e/ou outras medicações.

Leia mais:

  • Manejo da insulinoterapia
  • O que é Cardiopatia Congênita? Tipos, causas e tratamentos 
  • Icterícia Neonatal: O Que É, Tipos, Causas e Como Tratar 

FONTES:

- Tratado de Pediatria SBP Volume 2 - 4ª edição 

- Diretrizes SBP Hipoglicemia Neonatal

- Manual MSD Hipoglicemia Neonatal

- Pathophysiology and preventiva of neonatal hypoglicemia: literature review - Brazilian Journal of Health Review

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