Logomarca Eu Médico Residente
Preparatórios
SemiExtensivo R1 2025
NOVO
Extensivo R1 2025
Extensivo R+ CM 2025
Extensivo Bases 2025
Intensivos R1 2025
Lista de Espera
Ver todos
Mural dos Aprovados
Central da Residência
Blog
Medtrack
Materiais
Segredos na Aprovação 2025
Bahia (SUS-BA)
14/06
Acessar a Central
Área do Aluno
account_circle
Teste grátis
bolt
/
Blog
/
Estudo
/
Endometrite: fatores de risco, sintomas e tratamento
Estudo
•
Publicado em
14/2/25

Endometrite: fatores de risco, sintomas e tratamento

Endometrite: fatores de risco, sintomas e tratamento
Escrito por:
No items found.
Igor Vasconcelos
Compartilhe este artigo

Índice

Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6

A endometrite é uma inflamação do endométrio, geralmente de origem infecciosa, que pode ocorrer em diferentes contextos clínicos. Essa condição tem importância significativa na prática ginecológica e obstétrica, sendo uma das principais complicações do puerpério e de procedimentos intrauterinos. A identificação precoce e o manejo adequado são essenciais para evitar complicações como infertilidade, doença inflamatória pélvica e sepse.

O que é a endometrite?

Esquematização da endometrite
Esquematização da endometrite. Fonte: Art Fértil

A endometrite é definida como a inflamação do tecido endometrial, podendo ser classificada como aguda ou crônica. A forma aguda está geralmente associada a infecções bacterianas polimicrobianas, enquanto a crônica pode ter uma etiologia infecciosa ou não infecciosa, muitas vezes relacionada à presença de microrganismos intracelulares, como Chlamydia trachomatis e Mycoplasma hominis.

Fatores de risco

Diversos fatores podem predispor ao desenvolvimento da endometrite, incluindo parto vaginal ou cesariana, especialmente quando há ruptura prolongada de membranas ou trabalho de parto prolongado, além de procedimentos intrauterinos, como biópsia endometrial, histeroscópica, inserção de dispositivo intrauterino (DIU) e curetagem uterina. 

Infecções pélvicas prévias ou recorrentes, doença inflamatória pélvica, presença de tecido placentário residual pós-parto ou pós-aborto, imunossupressão e condições que comprometem a resposta imune também são fatores predisponentes. Além disso, a infecção sexualmente transmissível (IST) e más condições higiênicas durante o parto aumentam o risco da doença.

O que causa a endometrite?

A endometrite geralmente tem uma etiologia polimicrobiana, sendo causada por patógenos ascendentes do trato genital inferior. Os microrganismos mais frequentemente envolvidos incluem Escherichia coli, Streptococcus agalactiae (EGB), Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, além de anaeróbios, como Bacteroides spp. e Peptostreptococcus spp.

Veja também:

  • Veja como é a rotina da residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no CISAM-UPE
  • O que é Residência em Ginecologia e Obstetrícia, áreas de atuação, rotina, habilidades e remuneração
  • Os principais casos ginecológicos que acometem mulheres no HMR com Drª Amanda Truta

Sintomas de endometrite

Imagem de exame ginecológico mostrando o colo do útero e o corrimento amarelo esverdeado com bolhas
Imagem de exame ginecológico mostrando o colo do útero e o corrimento amarelo esverdeado com bolhas. Fonte: Fetalmed 

Os sinais e sintomas da endometrite podem variar de acordo com a gravidade e a etiologia da infecção. A febre, geralmente superior a 38°C, é uma manifestação comum, especialmente no período puerperal. A dor pélvica pode ser difusa ou localizada e está associada à sensibilidade uterina à palpação. O corrimento vaginal fétido e purulento é uma característica marcante da infecção, assim como o sangramento uterino anormal, que pode se manifestar como metrorragia ou menorragia, principalmente nos casos crônicos. Além disso, os pacientes podem apresentar sintomas sistêmicos, como mal-estar, fadiga e sudorese excessiva, que indicam uma resposta inflamatória mais extensa.

Preparatórios EMR
A Metodologia ideal para ser aprovado na Residência Médica ou Revalida

Prepare-se através de uma metodologia testada e aprovada nas principais provas de concurso médico do Brasil.

Saiba mais
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Como realizar o diagnóstico?

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na presença de febre, dor pélvica e sinais de infecção uterina. No entanto, exames complementares podem auxiliar na confirmação e na exclusão de diagnósticos diferenciais. O hemograma geralmente revela leucocitose com predomínio de neutrófilos, refletindo uma resposta inflamatória sistêmica. Marcadores inflamatórios, como proteína C-reativa (PCR) e velocidade de hemossedimentação (VHS), tendem a estar elevados, indicando uma resposta inflamatória mais intensa. A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem fundamental para avaliar a presença de restos placentários, abscessos ou espessamento endometrial sugestivo de inflamação. 

Aspecto ultrassonográfico de produtos retidos com sinais de endometrite . Identifica-se grande quantidade de produtos retidos com imagem de gás na região fúndica
Aspecto ultrassonográfico de produtos retidos com sinais de endometrite . Identifica-se grande quantidade de produtos retidos com imagem de gás na região fúndica. Fonte: ResearchGate

Nos casos de suspeita de endometrite crônica, a biópsia endometrial pode ser necessária, permitindo uma análise histopatológica detalhada e cultura microbiológica para identificação do agente causal. Culturas endocervicais e testes para ISTs são recomendados em pacientes com fatores de risco para ISTs, pois podem identificar patógenos como Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, que exigem tratamento específico. A histeroscopia diagnóstica pode ser útil nos casos de endometrite crônica persistente, permitindo a visualização direta do endométrio e a obtenção de amostras para análise.

Como tratar a endometrite?

O tratamento da endometrite varia de acordo com a etiologia e gravidade da infecção. 

Endometrite aguda puerperal

Em casos de endometrite aguda puerperal, a antibioticoterapia empírica intravenosa deve ser iniciada com um regime de amplo espectro, como a associação de clindamicina e gentamicina, que cobrem anaeróbios e gram-negativos. Em quadros mais graves, pode ser necessária a adição de ampicilina para ampliar a cobertura contra Enterococcus spp. 

Endometrite não puerperal

Na endometrite não puerperal, o tratamento ambulatorial pode ser realizado com doxiciclina, administrada na dose de 100 mg duas vezes ao dia por 14 dias, associada a metronidazol para garantir a cobertura de anaeróbios e patógenos intracelulares. Casos mais graves exigem hospitalização e antibioticoterapia intravenosa para um controle mais eficaz da infecção. Quando há presença de tecido residual no útero, evidenciado por exames de imagem ou sinais clínicos persistentes, a curetagem uterina pode ser necessária para remoção de restos placentários ou produtos de concepção. 

Endometrite crônica

Já a endometrite crônica pode demandar tratamento específico com antibióticos direcionados conforme a cultura e, em alguns casos, o uso de anti-inflamatórios para redução da inflamação persistente do endométrio. O acompanhamento clínico rigoroso é fundamental para evitar recorrências e complicações tardias.

Conclusão

A endometrite é uma condição inflamatória relevante na prática ginecológica e obstétrica, exigindo um alto grau de suspeição clínica para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. A abordagem multidisciplinar, considerando fatores de risco, manifestações clínicas e exames complementares, é fundamental para um manejo eficaz, prevenindo complicações graves, como infertilidade e sepse. O tratamento deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade do quadro e a presença de possíveis complicações associadas.

‍Leia Mais:

  • Prolapso dos órgãos pélvicos: tipos, classificação e tratamento
  • Fraturas Pélvicas: tipos, como diagnosticar e tratar
  • Clamídia: fisiopatologia, fatores de risco, sintomas e como tratar
  • Candidíase vulvovaginal: o que é, sintomas e como tratar
  • Leiomioma uterino: você domina o manejo?

‍FONTES:

  • Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.L., et al. Williams Obstetrics, 25th ed. McGraw Hill, 2018.
  • Rotinas em ginecologia. 8. ed. [S. l.: s. n.], 2023.
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos
O que achou deste conteúdo?

Artigos recentes

Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Dicas
•
13/6/25
Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Dicas
•
12/6/25
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Dicas
•
11/6/25
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Estudo
•
10/6/25
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Ver todos os artigos

Cadastre-se no Medicina Diária para receber novidades em primeira mão sobre o ENAMED!

Ao confirmar sua inscrição você estará de acordo com a nossa Política de Privacidade.
Logomarca Eu Médico Residente

Cursos

  • Extensivo R1 2025
  • Extensivo R+ CM 2025
  • Extensivo Bases 2025
  • Ver todos

Institucional

  • Sobre
  • Eventos
  • Blog
  • Ajuda
  • Parceiros EMR
  • Fidelize e Ganhe
  • Soluções para Instituições
  • Contato

Endereço

Av. Marquês de Olinda, nº 302, andar 004, Bairro do Recife - Recife- PE, CEP 50030-000

Nossas redes

EMR Eu Médico Residente Ensino Ltda © 2025. Todos os direitos reservados. CNPJ: nº 34.730.954/0001-71
Termos de usoPolítica de Privacidade

Nós utilizamos cookies. Ao navegar no site estará consentindo a sua utilização. Saiba mais sobre o uso de cookies.

Certo, entendi