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Doença inflamatória pélvica: o que é, sintomas e como tratar 
Estudo
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Publicado em
1/5/24

Doença inflamatória pélvica: o que é, sintomas e como tratar 

Doença inflamatória pélvica: o que é, sintomas e como tratar 
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Igor Vasconcelos
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A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma condição que afeta o sistema reprodutivo feminino, caracterizada pela inflamação dos órgãos reprodutivos superiores, como o útero, as trompas e os ovários. É uma condição grave que requer atenção médica imediata, pois pode resultar em complicações de longo prazo, incluindo infertilidade e dor crônica pélvica.

Nesse post iremos abordar o que é a DIP, seus sintomas, seu diagnóstico e como tratar!

O que é a doença inflamatória pélvica?

A doença inflamatória pélvica é uma condição que afeta o trato genital feminino superior, envolvendo útero, trompas e ovários. Esta condição é frequentemente causada por uma variedade de microrganismos, tornando sua etiologia polimicrobiana.

Uma característica preocupante da DIP é que, em muitos casos, ela se desenvolve como uma complicação de ISTs não tratadas adequadamente. ISTs como clamídia e gonorreia podem ascender pelo trato genital, alcançando o útero e as trompas uterinas, onde podem causar inflamação e infecção. Se não tratadas, essas infecções podem progredir para DIP, que pode resultar em complicações graves.

Etiologia

A maioria dos casos são polimicrobianos, sendo a Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae os principais microrganismos, compondo quase 85% dos casos. É importante salientar que tanto a Chlamydia trachomatis quanto a Neisseria gonorrhoeae também são os principais microrganismos causadores das cervicites e uretrites, as quais podem vir a evoluir para uma DIP.

Veja também:

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Qual a fisiopatologia?

A fisiopatologia da DIP começa com a ascensão de bactérias do trato genital inferior para os órgãos reprodutivos superiores. Essas bactérias, frequentemente transmitidas sexualmente, entram no colo do útero e se espalham para o endométrio, resultando em inflamação e endometrite.

A partir daí, as bactérias alcançam as trompas uterinas, onde causam inflamação aguda, formando abscessos tubo-ovarianos ou até mesmo resultam em pelviperitonite pela disseminação da infecção para a cavidade peritoneal.

A inflamação e a infecção nas trompas podem levar à formação de aderências pélvicas, que são faixas de tecido cicatricial que podem causar dor crônica e complicar a fertilidade da mulher. Além disso, a presença de pus nas trompas bloqueia a passagem normal dos óvulos, aumentando o risco de gravidez ectópica. Em casos graves, a infecção pode resultar em sepse.

Fatores de risco

Os fatores de risco para a DIP são os mesmos fatores de risco para outras ISTs em geral. São eles: condições socioeconômicas desfavoráveis, comportamento sexual de pessoas com maior vulnerabilidade para ISTs, vaginites e vaginoses, atividade sexual na adolescência e uso de absorventes internos e duchas vaginais.

Quais são os sintomas da doença inflamatória pélvica?

Adesões hepáticas em “corda de violino”, Fonte: Medicina Net

Os sintomas da Doença Inflamatória Pélvica podem variar de leves a graves e incluem dor pélvica intensa, dispareunia, disúria, sangramento vaginal anormal, corrimento vaginal anormal com odor desagradável, febre, náuseas e vômitos. É importante salientar que algumas mulheres com DIP podem não apresentar sintomas.

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Diagnóstico

O diagnóstico de DIP é baseado em 3 critérios:‍

  • ‍1. Critérios maiores: dor em hipogástrio, dor à palpação dos anexos e dor à mobilização do colo uterino.‍
  • 2. Critérios menores: Febre (Tax > 37,5 ºC ou T retal > 38,3 ºC); conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal; leucocitose; PCR/VHS elevado; massa pélvica palpável; > 5 leucócitos/campo em material da endocérvice e infecção cervical por gonococo, clamídia ou micoplasmas confirmada em laboratório
  • 3. Critérios elaborados: exame histopatológico evidenciando endometrite, exame de imagem evidenciando abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas e laparoscopia com presença de aderências em “corda de violino” (evidências de DIP).

O diagnóstico é dado pela presença de 3 critérios maiores + 1 critério menor ou 1 critério elaborado.

Complicações da DIP

Podemos dividir as complicações da DIP em agudas e crônicas. As complicações agudas são a pelviperitonite e ruptura de abscesso tubo ovariano. Já nas complicações crônicas se enquadram as aderências pélvicas, a infertilidade, o maior risco de gravidez ectópica e a dor pélvica crônica.

Como tratar a doença inflamatória pélvica? 

O tratamento da doença inflamatória pélvica é baseado na antibioticoterapia e deve ser iniciado ao menor sinal de suspeita da condição. O esquema terapêutico padrão consiste na combinação de ceftriaxona, doxiciclina e metronidazol. Dependendo da gravidade dos sintomas e da condição da paciente, o tratamento pode ser realizado de forma ambulatorial ou hospitalar.

Tratamento ambulatorial

  • Ceftriaxona 500 mg IM dose única +
  • Doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 14 dias +
  • Metronidazol 500 mg VO 12/12h por 14 dias.

Tratamento hospitalar

  • Ceftriaxona 1g IV 24/24h por 14 días
  • Doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 14 dias
  • Metronidazol 400 mg IV 12/12h por 14 dias.

No contexto hospitalar, a clindamicina e a gentamicina podem ser utilizadas como esquema alternativo para o tratamento da doença inflamatória pélvica. Para determinar se o tratamento deve ser realizado em ambiente hospitalar podemos utilizar o mnemônico AGrAVEN, o qual resume os critérios de internação hospitalar.

  • A: Abscesso tubo-ovariano.
  • Gr: Gravidez.
  • A: Ausência de resposta clínica após 72h.
  • V: Via oral não tolerada.
  • E: Emergência cirúrgica.
  • N: Náuseas, vômitos, febre e estado geral grave.

Tratamento cirúrgico

O tratamento também pode ser realizado através da abordagem cirúrgica, sendo indicado nos seguintes casos: abscesso roto, paciente instável hemodinamicamente, abscesso com diâmetro > 10 cm ou resposta insatisfatória à antibioticoterapia. É fundamental lembrar que -  como a DIP é uma complicação decorrente de ISTs, principalmente a cervicite e uretrite - é mandatório o tratamento da parceria sexual, sendo realizado com dose única de ceftriaxona 500 mg IM + Azitromicina 1g VO.

E quanto ao DIU? Atualmente não se recomenda mais a retirada do DIU em casos de DIP, se a paciente desejar retirar, isso somente pode ser feito após 2 doses do esquema terapêutico. 

Prevenção

Como a doença é principalmente causada por ISTs, a principal forma de prevenção é o uso de preservativos durante o sexo e o tratamento do paceiro.

Conclusão

A doença inflamatória pélvica é uma condição séria que afeta o sistema reprodutivo feminino, podendo resultar em complicações graves, como infertilidade e dor crônica pélvica, se não for tratada adequadamente. O diagnóstico é baseado em uma combinação de critérios clínicos, laboratoriais e radiológicos, e o tratamento é fundamentado na antibioticoterapia, que pode ser administrada ambulatorialmente ou hospitalarmente, dependendo da gravidade da condição.

A prevenção é essencialmente baseada na prática de sexo seguro, incluindo o uso consistente de preservativos, e no tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) tanto na paciente quanto em seus parceiros.

Leia mais:

  • Gonorreia: causas, sintomas e como tratar
  • Amenorreia: características, sintomas e tratamento
  • Métodos contraceptivos: o que cai na prova de residência médica?
  • Vulvovaginites: o que é, sintomas, causas e tratamentos
  • Candidíase vulvovaginal: como diagnosticar?

FONTES:

  • Tratado de Ginecologia FEBRASGO. 1. ed. [S. l.: s. n.], 2019.
  • PASSOS, Eduardo et al. Rotinas em ginecologia. 8. ed. [S. l.: s. n.], 2023.
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