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Síndrome da apneia obstrutiva do sono: o que é, estágios e tratamento
Estudo
•
Publicado em
19/8/22

Apneia do sono: o que é, diagnóstico e tratamento

Apneia do sono: o que é, diagnóstico e tratamento
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Beatriz Lages Zolin
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A síndrome de apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) e a apneia central do sono (ACS) são distúrbios respiratórios relacionados ao sono, que geram impacto na qualidade de vida do indivíduo.

A SAHOS tem predominância no sexo masculino, idosos, obesos (risco 4x maior de ter) e em pessoas com retrognatismo mandibular, enquanto a ACS possui associação com insuficiência cardíaca, distúrbios neurológicos e uso de algumas medicações.

Em ambas as condições há prejuízo do bem-estar geral dos indivíduos, que possuem sonolência diurna, alteração comportamental (principalmente em crianças) e é um grande fator de risco para doenças cardiovasculares. 

Tipos de Apneia do sono

Síndrome da apneia e hipopneia do sono – SAHOS

Ocorre quando há uma obstrução total (gerando apneia) ou parcial (gerando hipopneia) nas vias aéreas superiores durante o sono. 

Essa obstrução pode acontecer por menor regulação do tônus de músculos faríngeos durante o sono, sobretudo no sono REM.

Ou ainda, por defeitos anatômicos, como deformidades craniofaciais (retrognatismo), excesso de gordura cervical (responsável por 40-60% dos casos) ou hipertrofia das adenoides e tonsilas faríngeas. 

Geralmente os episódios de apneia e hipopneia duram pelo menos 10 segundos e comumente resultam na queda ≥3% da saturação de oxigênio (SaO2) e/ou despertar noturno (RERA, respiratory effort-related arousal) ou nível menos profundo do sono.

Estruturas que podem causar colapso da via aérea na SAHOS. Fonte: Harrison
Estruturas que podem causar colapso da via aérea na SAHOS. Fonte: Harrison

Além dos fatores de risco já citados, temos também a genética, síndrome de Down, algumas síndromes endócrinas (acromegalia, hipotireoidismo) e menopausa (os hormônios sexuais femininos influenciam no drive respiratório). 

A gravidade da Síndrome da apneia e hipopneia do sono depende dos seguintes fatores:

  • Frequência de episódios de apneia - definido pelo IAH – índice de apneia e hipopneia;
  • Duração dos episódios;
  • Taxa de queda da SaO2;
  • Quantidade de despertares noturnos; e 
  • Grau de comprometimento funcional diurno.
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Apneia Central do Sono – ACS

É uma condição menos comum do que a SAHOS e pode ocorrer de forma isolada ou, mais frequentemente, em combinação com a SAHOS.

É causada pela alta sensibilidade a alterações da pressão parcial de CO2 (pCO2), gerando padrões alternados de apneia e hiperventilação (padrão respiratório de Cheyne-Stokes).

Padrão respiratório Cheyne-Stokes. Fonte: ABC da enfermagem https://www.abcdaenfermagem.com.br/respiracao-de-cheyne-stokes/
Padrão respiratório Cheyne-Stokes. Fonte: ABC da enfermagem

Fatores de risco para desenvolver a ACS são Insuficiência Cardíaca (IC), uso de opioides, hipóxia e uso de CPAP com pressões muito elevadas.

Apresentação Clínica

O principal sintoma é o ronco, acompanhado de engasgos, gaspeados e bufadas. A baixa qualidade de sono noturna muitas vezes gera sonolência diurna, podendo causar baixo rendimento escolar ou até acidentes ocupacionais e automobilísticos.

A hiperatividade simpática gera aumento da pressão arterial (podendo induzir uma hipertensão arterial crônica), dano endotelial, lesão no miocárdio, IC e arritmias. 

O esforço respiratório aumenta o retorno venoso, que, por sua vez, causa estiramento do átrio cardíaco, liberando o Peptídeo Natriurético Atrial (PNA), podendo causar noctúria e enurese. 

Além disso, a hipóxia aumenta a quantidade de espécies reativas de oxigênio (ROS), produzindo fatores inflamatórios que causam resistência insulínica e, consequentemente, diabetes, e a aterosclerose. 

Também podem ocorrer alterações de humor, como irritabilidade, fadiga e falta de energia, o que contribui para desenvolvimento de ansiedade e depressão.

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Como diagnosticar?

O diagnóstico é feito com o auxílio da polissonografia (PSG), que avalia o eletrocardiograma, eletroencefalograma, movimentos toracoabdominais (padrão respiratório) e a saturação de oxigênio durante o sono do paciente.

Podemos definir a síndrome da apneia do sono quando há:

  • ≥5 eventos de apneia/hipopneia por hora + 1 dos sintomas da SAHOS (Roncos, gaspeadas, RERA, sonolência diurna, hipertensão secundária...);

OU 

  • Assintomático com ≥ 15 eventos/hora.

O rastreio é recomendado para pacientes sintomáticos que possuem alta propensão a doenças cardiovasculares.

Existem escalas para “triagem”, como o questionário Stop-bang e a escala de Epworth, exemplificada a seguir.

Escala de sonolência Epworth. Quanto maior a pontuação, maior o risco de SAHOS. Fonte: https://www.semanticscholar.org/paper/Tradu%C3%A7%C3%A3o%2C-adapta%C3%A7%C3%A3o-cultural-e-valida%C3%A7%C3%A3o-de-dois-de-Bertolazi/801ce19e309a63c8bc7c1b524233742ba9ae5a63 
Escala de sonolência Epworth. Quanto maior a pontuação, maior o risco de SAHOS. Fonte: SemanticSholar.org
  • SAHOS leve: 5 a 14 eventos de apneia ou hipopneia por hora
  • SAHOS moderado: 15 a 29 eventos/hora
  • SAHOS grave: ≥30 eventos/hora

Tratamento

Para o tratamento da Síndrome da apneia e hipopneia do sono é recomendado a redução de peso, evitar posição supina na hora de dormir (piora a obstrução das vias aéreas devido a força gravitacional e facilita a queda da língua no lúmen faríngeo), evitar ingesta de álcool e uso de CPAP.

O CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) funciona como uma tela mecânica que mantém as vias aéreas superiores pérvias. Deve-se orientar o paciente sobre seu uso, pois, inicialmente, costuma incomodar um pouco.

Ele possui eficácia comprovada, reduzindo a sonolência, melhorando o humor e diminuindo as chances de desenvolver hipertensão, diabetes, ansiedade e arritmias.

O tratamento da Apneia Central do Sono é mais difícil e depende da causa subjacente. No momento não há evidências que em pacientes com padrão respiratório Cheyne-Stokes o CPAP melhore os desfechos de saúde.

Conclusão

A apneia do sono é um distúrbio respiratório noturno, causada principalmente por obstruções nas vias aéreas. 

Afeta a qualidade de vida dos pacientes, atrapalhando atividades diárias, além de ser fator de risco para doenças cardiovasculares.

O diagnóstico é feito com polissonografia e o tratamento é realizado principalmente com o CPAP.

Leia mais:

  • A menopausa acomete mulheres entre 45 e 55 anos 
  • Enxaqueca: diagnóstico, fisiopatologia e tratamento 
  • Quadro clínico da Cardite Reumática 

FONTES:

  • Manual de Medicina Harrison 20ª edição
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