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Otite externa aguda: o que é, etiologia, sintomas e tratamento
Estudo
•
Publicado em
24/9/24

Otite externa aguda: o que é, etiologia, sintomas e tratamento

Otite externa aguda: o que é, etiologia, sintomas e tratamento
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Fernanda Vasconcelos
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A otite externa aguda (OEA) é uma inflamação comum do canal auditivo externo, mais comum em nadadores e mais prevalente em crianças e adolescentes. Seu risco aumenta com a retenção de água no ouvido, uso de dispositivos auditivos e condições dermatológicas como eczema. Pessoas com sistema imunológico comprometido têm maior risco de evoluir para formas graves da doença. Vamos relembrar os principais aspectos clínicos da condição

O que é a Otite Externa Aguda?

A otite externa aguda é uma inflamação do canal auditivo externo, caracterizada por sua duração relativamente curta, tipicamente durando menos de seis semanas. O risco de desenvolver este tipo de otite aumenta quando há retenção de água no ouvido, o que pode criar um ambiente propenso ao crescimento de microrganismos. Ela é frequentemente referida como "ouvido de nadador" devido à sua alta incidência em nadadores.

Classificação 

A otite externa aguda pode ser dividida em diferentes categorias, com base na gravidade e na origem da infecção:

CLASSIFICAÇÃO DA OTITE EXTERNA AGUDA
Otite Externa Difusa Aguda Difusa É a forma mais comum, caracterizada por uma inflamação difusa ao longo do canal auditivo externo.
Otite Externa Localizada Aguda (Furunculose) Relaciona-se com a infecção de um folículo piloso no canal auditivo externo. Geralmente apresenta-se como furúnculos dolorosos.
Otite Externa Eczematosa (Eczematoide) Envolve condições dermatológicas, como dermatite atópica, psoríase, lúpus sistêmico e eczema, que podem afetar o canal auditivo externo e resultar em otite externa.
Otite Externa Necrotizante (Maligna) Infecção grave que se estende para os tecidos profundos adjacentes ao canal auditivo externo. É mais comum em adultos imunocomprometidos, como diabéticos ou pacientes com AIDS.
Otomicose Infecção do canal auditivo causada por fungos, como espécies de Candida ou Aspergillus.
Classificação das formas clínicas de otite externa aguda. Fonte: EMR/Fernanda Vasconcelos

Etiologia

A otite externa aguda pode ser causada por uma variedade de microrganismos e fatores predisponentes. A maioria dos casos é atribuída a infecções bacterianas, sendo os agentes mais comuns as Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Em alguns casos, a infecção pode ser polimicrobiana. 

A infecção também pode resultar de infecções fúngicas, chamadas de otomicose. Essa condição é geralmente causada por Aspergillus (90% dos casos), embora Candida e outros fungos também possam a causar. A otomicose pode ocorrer após tratamento intenso com antibióticos tópicos ou surgir devido à umidade retida no canal auditivo externo. Em casos graves, pode ocorrer estenose do tecido mole e mudanças celulares que afetam a concha da aurícula e o trago.

Condições dermatológicas como eczema, psoríase e dermatite seborreica também podem predispor ao desenvolvimento de otite externa aguda. Essas condições podem causar inflamação e irritação do canal auditivo, criando um ambiente propenso a infecções. A otite externa eczematosa (ou psoriática) pode ocorrer puramente pela doença ou pelo contato com substâncias irritantes, como brincos ou aparelhos auditivos.

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Sintomas da Otite Externa Aguda

A OEA pode se manifestar com uma variedade de sintomas, dependendo da gravidade e estágio da doença. O sintoma mais comum é o prurido intenso que surge no início da infecção. A otalgia também faz parte das manifestações clínicas, e pode variar de intensidade, piorando à manipulação do trago ou da aurícula. Essa dor é frequentemente desproporcional aos achados no exame físico, já que vem da irritação do periósteo sensível do canal auditivo ósseo.

Além do prurido e da dor, os pacientes apresentam otorréia clara e inodora que evolui para purulenta e com um odor fétido. A sensação de pressão no ouvido é comum e pode ser acompanhada por perda auditiva, edema e obstrução do canal auditivo. O tinnitus pode estar presente em alguns casos, embora não seja um sintoma tão comum.

Em situações mais graves, sintomas sistêmicos como febre superior a 38,3°C e mal-estar podem surgir, indicando uma possível disseminação da infecção para outra localização. A gravidade da otite externa aguda pode ser classificada em três níveis: leve - com prurido e desconforto leve; moderada - com obstrução parcial do canal auditivo; e grave - com obstrução completa do canal auditivo por edema grave, otalgia intensa, linfadenopatia e febre.

Além dos sintomas mais vistos, a dor profunda grave em pacientes imunocomprometidos ou diabéticos pode indicar a presença de otite externa necrotizante, uma forma grave e maligna da doença.

Otite Externa Necrotizante (ou Maligna). Fonte: Medico apps
Otite Externa Necrotizante (ou Maligna). Fonte: Medico apps

Veja também:

  • Rotina da residência médica em Otorrinolaringologia no IMIP: saiba como é
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Como realizar o diagnóstico?

O diagnóstico de otite externa aguda é predominantemente clínico, baseado em uma avaliação da história médica e exame físico do paciente, assim como fatores de risco que falem a favor do seu diagnóstico. Na maioria dos casos não complicados, testes laboratoriais de rotina e culturas do canal auditivo não são necessários ou indicados.

Durante o exame físico, é fundamental a inspeção e palpação da aurícula e da pele ao redor, bem como a realização de otoscopia. A otoscopia revela um canal auditivo vermelho e edematoso, frequentemente acompanhado de secreção que pode variar de amarelada a cinza. Em alguns casos, a membrana timpânica pode parecer avermelhada. Se houver evidências de nível de ar e fluido ao longo da membrana timpânica, pode-se suspeitar de otite média concomitante.

Otoscopia de otite externa limitada à pele com opacificação da membrana timpânica. Fonte: PediatriaVirtual.com
Otoscopia de otite externa limitada à pele com opacificação da membrana timpânica. Fonte: PediatriaVirtual.com

Qual o tratamento da Otite Externa Aguda?

O tratamento da otite externa aguda é geralmente realizado em regime extra-hospitalar, com a maior parte dos pacientes respondendo bem a antibiótico tópico e sintomáticos.

No controle da otalgia, analgésicos comuns como Dipirona ou anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) geralmente são eficazes para dor leve a moderada. Em casos de dor intensa, opióides como Oxicodona ou Hidrocodona podem ser prescritos, mas devem ser usados com cuidado e por um período curto de tempo, já que os sintomas melhoram de maneira considerável dentro de 48 horas após o início do antibiótico tópico.

Os antibióticos tópicos são a base do tratamento para otite externa aguda. Entre os mais comuns estão: Polimixina B, Neomicina, Ofloxacina e Ciprofloxacina com Hidrocortisona.  A associação com corticosteróides reduz a inflamação e as secreções, acelerando o alívio da dor. A terapia tópica deve ser prescrita por 7-10 dias.

A limpeza do canal auditivo é recomendada, porém deve ser realizada com cuidado, apenas se não houver sinais de perfuração da membrana timpânica e deve ser evitada em pacientes com histórico de diabetes pelo risco de induzir otite externa maligna. A técnica envolve remoção de excesso de secreção com pequena cureta plástica, própria para esse procedimento.

Otite externa fúngica, com visualização de hifas à otoscopia. Fonte: Hyphae in external auditory canal - BMJ Journals
Otite externa fúngica, com visualização de hifas à otoscopia. Fonte: Hyphae in external auditory canal - BMJ Journals

Antibióticos orais geralmente não são necessários para a OE não complicada. Porém, são indicados para pacientes com comorbidades como diabetes, HIV/AIDS, ou em casos de OE maligna ou otite média concomitante. Antifúngicos tópicos não são de primeira linha, sendo recomendados somente se a etiologia fúngica for confirmada por exame otoscópico.

Conclusão

A otite externa aguda é uma infecção do meato acústico externo, geralmente autolimitada e relativamente comum em crianças e adolescentes. Seu diagnóstico é clínico e se dá pela coleta da história com sintomatologia e otoscopia, que evidencia sinais flogísticos locais. O tratamento é relativamente simples e é composto de antibiótico tópico e sintomáticos orais.

Leia Mais:

  • O que é Rinossinusite Crônica, como diagnosticar e possíveis tratamentos
  • Sinusite aguda: causas, sintomas e tratamento
  • Rinite alérgica: causa, sintomas e tratamento
  • Apneia do sono: o que é, diagnóstico e tratamento
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FONTES:

  • Ariel A Waitzman, M. (2024, March 5). Otitis externa. Practice Essentials, Background, Anatomy. 
  • Medina-Blasini Y, Sharman T. Otitis Externa. [Updated 2023 Jul 31]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024 Jan-.
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