Se você pretende fazer residência em Otorrinolaringologia saiba que ela é a 13º especialidade mais buscada por médicos formados.
A otorrinolaringologia é uma área clínico-cirúrgica considerada bastante ampla e completa, já que lida com três dos cinco sentidos existentes (paladar, olfato e audição) e, por isso, possui inúmeras áreas de atuação.
Assim, ao longo de sua formação, o residente estuda e aprende a diagnosticar, tratar e prevenir os distúrbios relativos ao nariz (rinologia), ouvido (otologia) e a boca (laringologia).
Neste texto você encontra mais detalhes como a remuneração, as subespecialidades e o mercado de trabalho para quem faz residência em Otorrinolaringologia.
O que é a residência em Otorrinolaringologia?
A residência em Otorrinolaringologia é uma etapa voltada para médicos que desejam receber o título de otorrinolaringologista.
Ela é uma especialização de acesso direto e tem duração total de três anos, com carga horária semanal de 60 horas.
Para os especialistas que desejarem se aprofundar em alguma subespecialidade, ainda é possível realizar uma especialização adicional que pode durar entre um ou dois anos.
Qual a rotina de um residente em Otorrinolaringologia?
Por ser considerada uma especialidade clínico-cirúrgica, o residente em Otorrinolaringologia não só faz atendimentos ambulatoriais, como também tem atividades voltadas para a área cirúrgica.
Além disso, ele também dá plantões em emergências e participa de atividades teóricas.
De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABROL-CCF) durante a residência em Otorrinolaringologia é preciso passar por áreas como: Bucofaringologia, Foniatria, Diagnose e Endoscopia.
Além disso, deve passar por cirurgias ortodônticas, traumatológicas, estéticas e reparadoras da face; Cirurgia das afecções da cabeça, pescoço e base de crânio; e Otoneurocirurgias.
A ABROL-CCF também deixa claro quais procedimentos devem ser oferecidos pelos Programas de residência, como: endoscopia nasosinusal rígido e flexível, Impedanciometria e Laringoscopia com telescópio rígido e flexível.
Mercado de trabalho e remuneração de um médico otorrinolaringologista

Como a Otorrinolaringologia é uma especialidade clínico-cirúrgica, então o médico pode escolher dividir o seu dia a dia de trabalho entre o consultório, os plantões e as cirurgias (marcadas ou emergenciais).
No consultório é comum o atendimento de pacientes com queixas de perda auditiva ou ronco. Assim como também de indivíduos com infecções agudas das vias respiratórias.
O que faz a rotina do profissional ser tranquila, na maior parte do tempo.
Já nos plantões, dentre outras coisas, é o otorrino o responsável por fazer a remoção de corpos estranhos inseridos no nariz, ouvido ou boca.
Ele pode trabalhar em clínicas privadas, em hospitais públicos e privados ou pode montar o seu próprio consultório.
Nesse último caso é preciso planejamento, pois precisará de um investimento inicial para a compra dos equipamentos de trabalho, a fim de realizar os atendimentos com excelência.
Aqueles que escolhem as duas primeiras opções, normalmente ganham pelos valores estabelecidos pelos planos de saúde ou conforme a sua produtividade, que é baseada no valor das consultas.
Sendo assim, a remuneração de um Otorrinolaringologista pode variar também de acordo com a sua experiência profissional e a sua área de atuação.
Mas em linhas gerais, segundo com o site salário - que faz uma pesquisa junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web - ele ganha em média R$ 5.313,90 por uma jornada de trabalho de 19 horas semanais.
Para mais, também registraram que o teto salarial para esse profissional é de R$ 11.091,72.
O salário para os profissionais concursados é abaixo da média nacional, chegando a R$ 3.749,43 por uma jornada de 15 horas semanais.
O que seria um ponto negativo, mas a estabilidade e a carteira assinada são um ponto forte para quem deseja fazer concurso público.
Ainda de acordo com o site, São Paulo é a cidade com maior número de vagas e contratações.
Por isso, segundo o levantamento demografia Brasil 2020, o Sudeste concentra 54% dos 7.186 otorrinos registrados em 2020.
Quais as áreas de atuação de um otorrinolaringologista?

Como já foi dito anteriormente, a residência em Otorrinolaringologia possui 3 anos de duração, mas é possível estudar mais um pouco e fazer uma especialização adicional. São elas:
Laringologia
É uma área que estuda a laringe e as suas mais diversas funções. Dessa maneira, além de cuidar da saúde vocal, cuida também dos distúrbios de deglutição.
Rinologia
A rinologia cuida dos problemas que acometem as vias aéreas superiores. Sendo assim, trabalha com doenças que acometem o nariz e os seios da face, sejam eles funcionais ou estéticos.
Otologia/Otoneurologia
Área responsável pelo estudo do equilíbrio corporal e do sistema auditivo. Sendo responsável pelo tratamento clínico e cirúrgico de distúrbios ocorridos no sistema de equilíbrio e no aparelho auditivo.
Medicina do Sono
Esta subespecialidade é responsável por estudar, diagnosticar e tratar os distúrbios do sono, a fim de melhorar a qualidade de vida e de saúde dos pacientes.
Otorrinolaringologia Pediátrica
É uma área responsável pelo diagnóstico e tratamento de afecções do ouvido, boca e nariz de pacientes recém-nascidos, de crianças e adolescentes.
Assim, doenças auditivas, respiratórias e alérgicas, alterações no desenvolvimento da fala e distúrbios do sono são tratados na otorrinopediatria.
Otorrinolaringologia ocupacional
É uma área nova da Otorrinolaringologia, e os profissionais que optam por ela trabalham para reduzir as doenças relacionadas ao trabalho.
Como por exemplo, são responsáveis por detectar precocemente a perda auditiva de pessoas que trabalham expostas a ruídos.
Estomatologia
A Estomatologia se dedica a estudar às doenças da boca, sejam ela infecciosas, inflamatórias ou imunológica
Foniatria
A foniatria estuda a comunicação humana e seus distúrbios, sejam eles na audição, voz, fala, linguagem ou aprendizagem.
Os profissionais que optam por essa área podem trabalhar em conjunto com médicos da Pediatria, Genética e Psiquiatria.
Além de todas essas subespecialidades clínicas, também existem as cirúrgicas:
- Cirurgias Plásticas faciais (rinoplastia, blefaroplastia, ritidoplastia e otoplastia)
- Cirurgia Cérvico Facial (doenças da cabeça e pescoço, englobando a tireoide)
- Cirurgia Crâniomaxilofacial (doenças e deformidades do crânio e dos maxilares)
Qual o perfil e habilidades de um residente em Otorrinolaringologia?
O residente em Otorrinolaringologia, assim como o otorrinolaringologista, precisa ter sede de conhecimento, sobretudo, porque se utiliza muito de equipamentos modernos que estão em constante aperfeiçoamento.
É essencial que estejam sempre se atualizando através de artigos, participação em congressos, pesquisas. Assim como através até mesmo da interação com outros profissionais da área.
Para mais, eles precisam também ser bastantes curiosos e dedicados
Dúvidas Frequentes (Guia Rápido)
Quanto Tempo Dura a Residência em Otorrino?
A residência em Otorrinolaringologia possui 3 anos de duração
Qual o Trabalho de Um Otorrino?
O Otorrino é responsável por estudar, diagnosticar e tratar distúrbios que acometem o nariz, o ouvido e a boca.
Conclusão
A otorrinolaringologia é uma área com muitas possibilidades e que exige do profissional muita dedicação e atualização.
Assim, é possível ver que o lugar onde o residente em otorrinolaringologia irá atuar dependerá de suas habilidades.
Então ele pode trabalhar como clínico, na realização de consultas, ou como cirurgião.
A residência em Otorrinolaringologia visa formar os médicos para o mercado de trabalho, então, entender mais sobre a especialidade é essencial para saber se ela se encaixa no seu perfil, naquilo que você almeja.
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