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Psoríase: sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento
Estudo
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Publicado em
8/6/22

Psoríase: quadro clínico, diagnóstico e tratamento

Psoríase: quadro clínico, diagnóstico e tratamento
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Ellen Kosminsky
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A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações que apresenta agudizações, sendo considerada uma das causas mais comuns de eritrodermia.

Além disso, é uma doença imunomediada e que apresenta bases e grande polimorfismo clínico, acometendo 2% da população mundial.

Quais os fatores de risco da psoríase?

Ambos os sexos são acometidos igualmente nesta doença. Entretanto, a psoríase possui fatores desencadeantes como traumatismo, infecções - principalmente por estreptococo – e fatores emocionais.

Assim como o uso de medicamentos (lítio, corticoides orais, antimaláricos, interferon, bloqueadores beta-adrenérgicos), álcool e tabaco. Além disso, é frequentemente associada a síndromes metabólicas.

Fisiopatologia da psoríase

A principal teoria, atualmente, é de que a doença é imunomediada por células T. Isso porque, foi descoberto que medicamentos com potencial de diminuir a atividade de células T, como a ciclosporina, melhoravam o quadro dos pacientes.

Entretanto, apesar da psoríase ser considerada uma doença autoimune, nenhum autoantígeno verdadeiro foi definitivamente identificado.

Assim, sugere-se que a doença acomete indivíduos geneticamente mais propensos, que foram expostos a fatores ambientais favoráveis, como algumas infecções virais.

Por fim, no âmbito histológico, são observados a presença de hiperqueratose, paraqueratose e acantose da epiderme. 

E mais, vasos dilatados e tortuosos e infiltrado inflamatório, composto principalmente por linfócitos.

Aspecto da psoríase no âmbito histológico. Fonte: Anatpat (https://anatpat.unicamp.br/lampele1.html)
Aspecto da psoríase no âmbito histológico. Fonte: Anatpat

Quais os sintomas da psoríase na pele?

As lesões psoriáticas são eritematodescamativas, com descamações “prateadas” características. 

O contorno delas costuma ser circular, oval ou policíclico (lesão decorrente de várias unidades menores). Observe a imagem abaixo.

Placa típica eritematodescamativa. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Placa típica eritematodescamativa. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Durante a inspeção das lesões, pode ser evidenciado o sinal de Auspitz, observável quando a membrana descamada é removida, evidenciando superfície úmida com sangramento diminuto característico.

Também é possível observar o fenômeno de Koebner em 25% dos pacientes com psoríase, sendo ele caracterizado pelo aparecimento de lesões psoriáticas em locais que sofreram algum tipo de lesão.

Fenômeno de Koebner. Fonte: HOOGSTRA https://doctorhoogstra.com/pt/wiki/fenomeno-de-koebner/
Fenômeno de Koebner. Fonte: HOOGSTRA

O paciente pode ser inicialmente “negativo para Koebner” e, futuramente, torna-se “positivo para Koebner”. Esse fenômeno sugere que a psoríase seja uma doença sistêmica, podendo ser desencadeada em âmbito local (pele).

Por fim, o tempo decorrido entre o trauma e o aparecimento de lesões psoriáticas varia entre 2 a 6 semanas.

Para mais, aproximadamente 80% dos pacientes apresentam alterações nas unhas. E ainda, entre 5 e 30% dos pacientes com o problema são também acometidos pela artrite psoriática.

Unha de paciente com psoríase. Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia
Unha de paciente com psoríase. Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia
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Quais são os tipos?

Existem diversos tipos de psoríase, dentre eles:  a vulgar - subdivida em vulgar em placas e vulgar em gotas - a invertida, palmoplantar e a eritrodérmica.

E ainda, a pustulosa, que é subdivida em mãos e pés e generalizada.

Psoríase crônica em placas

É a variante mais comum da psoríase vulgar, acometendo até 90% dos pacientes.

Ela é caracterizada pela presença das placas eritematosas e da descamação lamelar característica, localizado em áreas de trauma, como cotovelos, joelhos, couro cabeludo e área pré-sacral.

Psoríase crônica em placas acometendo o couro cabelo. Fonte: Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Psoríase crônica em placas acometendo o couro cabelo. Fonte: Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Para mais, a genitália é acometida em 45% dos pacientes, e as placas tendem a persistir por meses a anos no mesmo local. 

Entretanto, é característico da psoríase crônica em placas períodos de remissão completa.

Psoríase em genitália. Observe as placas eritematosas com descamação no pênis e escroto. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Psoríase em genitália. Observe as placas eritematosas com descamação no pênis e escroto. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Psoríase gutata

Presença de pápulas de psoríase gutata em adolescente. Nessa imagem, também é possível identificar o fenômeno de Koebner. Fonte: Dermatologia, 2015
Presença de pápulas de psoríase gutata em adolescente. Nessa imagem, também é possível identificar o fenômeno de Koebner. Fonte: Dermatologia, 2015

Ela é mais frequentemente observada em crianças e adolescentes, sendo comumente precedida por infecção respiratória estreptocócica do trato respiratório superior.

Mais de 50% desses pacientes apresentam anticorpos como a antiestreptolisina O e a anti-DNAse B elevados, indicando uma infecção estreptocócica recente.

Para mais, essa dermatose provoca aparecimento de lesões em forma de gotas. Essas são maiores de 1 cm, arredondadas e disseminadas, principalmente na região do tronco.

Psoríase pustulosa

A psoríase pustulosa pode ser classificada em de mãos e pés ou generalizada.

Psoríase pustulosa de mãos e pés

Apresenta lesões vesiculopustulares nas palmas e plantas, mesclado com máculas amarelo-amarronzadas, ocorrendo em surtos.

Além disso, as pústulas permanecem localizadas nessas regiões e têm curso crônico. É uma das entidades mais associadas com lesões inflamatórias nos ossos.

Lesões de psoríase palmar. Fonte: Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Lesões de psoríase palmar. Fonte: Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Para mais, quando a lesão acomete os dedos, é denominada acrodermatite de Hallopeau.

Frutas em cimaDescrição gerada automaticamente com confiança média
Acrodermatite de Hallopeau. Fonte: MSD Manuals

Psoríase pustulosa generalizada

Lesões em placas descamativas generalizadas. Fonte: Fonte: Manual de dermatologia, 2019
Lesões em placas descamativas generalizadas. Fonte: Fonte: Manual de dermatologia, 2019

Esse tipo de dermatose caracteriza-se por base eritematosa em grupos de pequenas pústulas estéreis por todo o segmento cutâneo.

É considerada uma manifestação incomum da doença. No entanto, tem como fatores desencadeantes a gravidez, a redução abrupta do uso de corticosteroides, a hipocalcemia e infecções.

Para mais, durante a gravidez também é denominada impetigo herpetiforme.

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Psoríase eritrodérmica

Psoríase eritrodérmica. Perceba que grande parte da superfície corpórea foi acometida. Fonte: Revista Médica de Minas Gerais http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2261
Psoríase eritrodérmica. Perceba que grande parte da superfície corpórea foi acometida. Fonte: Revista Médica de Minas Gerais

A psoríase eritrodérmica é caracterizada pelo eritema generalizado em grande parte da superfície corpórea e descamação.

É uma manifestação menos frequente, que pode surgir de forma gradual ou aguda.

Apesar de haver muitas causas de eritrodermia, é característico dessa manifestação a presença de placas psoriáticas prévias em locais clássicos, bem como a mudança nas unhas. Além disso, a face é poupada.

Psoríase invertida

Imagem editada de rosto de pessoa visto de pertoDescrição gerada automaticamente com confiança média

Psoríase invertida. Há predominância do eritema em relação à descamação, devido a essa ser uma região de sudorese, que diminui a presença dessa. Fonte: Saudeebemestar.pt

Apresenta pouca ou nenhuma descamação e acomete principalmente regiões intertriginosas.

Como diagnosticar a psoríase?

O diagnóstico é clínico e anatomopatológico. Além disso, são importantes diagnósticos diferenciais a erupções medicamentosas, sífilis, líquen plano e o líquen simples crônico.

Tratamento da psoríase

Até o momento, nenhum medicamento demonstrou curar a doença. Por isso, é aconselhável a orientação psicológica para o paciente e familiares.

Para mais, o tratamento varia de acordo com as manifestações da doença e, comumente, os pacientes necessitam de mais de uma medicação.

Estão disponíveis para o tratamento tópico da psoríase os análogos da vitamina D3.

Quando tem apresentação em placas, pode-se utilizar os corticosteróides tópicos ou intralesionais potentes, bem como o calcipotriol, o tacrolimus e o pimecrolimo.

Já quando é generalizada, são opções o metotrexato sistêmico e a foto(quimio)terapia. 

Essa última é considerada o pilar do tratamento da psoríase moderada a grave, sendo a fototerapia com ultravioleta B (UVB) e ultravioleta A (UVA) após ingestão ou aplicação tópica de psoraleno opções terapêuticas.

Conclusão

A psoríase é uma doença comum, que afeta uma parcela expressiva da população e é responsável por desconforto significativo por parte do paciente e familiares. 

Dessa forma, saber reconhecer a lesão, bem como seu tratamento, é fundamental na sua prática clínica e para as provas de residência!

Leia mais:

  • Apresentação clínica da hanseníase: saiba como diferenciar
  • Dermatite atópica: sintomas, diagnóstico e tratamento
  • A herpes-zóster causa lesões na pele

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FONTES:

  • BOLOGNIA, J. L. Dermatologia. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
  • NETO, C. F. N., REIS, V. M. S. Manual de Dermatologia. 5ª edição. Barueri: Manole, 2019.
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