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Doença mista do tecido conjuntivo: causas, sintomas e tratamento
Estudo
•
Publicado em
7/5/24

Doença mista do tecido conjuntivo: causas, sintomas e tratamento

Doença mista do tecido conjuntivo: causas, sintomas e tratamento
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Fernanda Vasconcelos
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Dentro do campo da reumatologia, a Doença Mista do Tecido Conjuntivo pode se apresentar como um desafio de identificação perante sua infinidade de possíveis quadros clínicos, sinais e sintomas, visto que pode abranger os mais diversos sistemas. Em seu estudo, realizar o diagnóstico diferencial com outras condições é de extrema importância! Vamos entender como se dá essa condição rica em detalhes e achados.

O que é a doença mista do tecido conjuntivo?

A Doença Mista do Tecido Conjuntivo (DMTC) é uma condição reumatológica autoimune rara caracterizada pela sobreposição de pelo menos duas doenças do tecido conjuntivo, como lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica, polimiosite, dermatomiosite e artrite reumatoide, juntamente com a presença do anticorpo anti-U1-ribonucleoproteína (anti-U1-RNP). 

A DMTC é uma doença reumatológica que possui componentes diversos de outras condições autoimunes. Fonte: ResearchGate
A DMTC é uma doença reumatológica que possui componentes diversos de outras condições autoimunes. Fonte: ResearchGate

A DMTC também apresenta uma série de manifestações clínicas,  laboratoriais e complicações marcantes, incluindo fenômeno de Raynaud, edema das mãos, artrite, aterosclerose, dismotilidade esofágica, miosite e fibrose pulmonar. Além de algumas outras como hipertensão pulmonar, meningite asséptica e neuralgia trigeminal. 

Causas da doença mista do tecido conjuntivo

A causa da Doença Mista do Tecido Conjuntivo ainda não é totalmente clara, mas acredita-se que envolva uma ativação imunológica crônica após uma exposição a gatilhos ambientais inespecíficos em indivíduos com predisposição genética. A produção de autoanticorpos, incluindo o anti-U1-ribonucleoproteína (anti-U1-RNP), pode ser determinada geneticamente por grupos de células T restritas ao antígeno leucocitário humano (HLA). 

O sistema imunológico inato e adaptativo são envolvidos, com evidências de ativação de células imunes inatas, hiperatividade de células B, ativação anormal de células T e defeitos na depuração de células apoptóticas e complexos imunes. 

Veja também:

  • Reumatologia: residência médica, rotina de trabalho e mais
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Quais os sintomas?

Fenômeno de Raynaud, suas fases e seus mecanismos. Fonte: Blog Portal Ped
Fenômeno de Raynaud, suas fases e seus mecanismos. Fonte: Blog Portal Ped

A apresentação clínica da Doença Mista do Tecido Conjuntivo é muito variada e pode incluir acometimentos nos mais diversos órgãos e sistemas. Os sintomas iniciais geralmente são inespecíficos e incluem artralgia, mal-estar, mialgia e febre baixa. Os sintomas cutâneos comuns incluem o fenômeno de Raynaud, edema das mãos, acroesclerose, telangiectasia e vasculite digital. 

Esclerodactilia. Fonte: BMC Dermatology 
Esclerodactilia. Fonte: BMC Dermatology 

A DMTC pode apresentar manifestações articulares semelhantes à artrite reumatoide e miosite inflamatória semelhante à polimiosite. Manifestações pulmonares, cardíacas, renais, neurológicas e gastrointestinais também são comuns. Elas incluem hipertensão arterial pulmonar, pericardite, nefropatia membranosa, envolvimento neurológico leve e hipomotilidade esofágica. Além disso, anemia, leucopenia e trombocitopenia são frequentemente observadas.

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Telangiectasias. Fonte: Skin Sight
Telangiectasias. Fonte: Skin Sight

Essa doença pode ser caracterizada por diferentes subgrupos clínicos, incluindo aqueles com predominância de manifestações vasculares, como fenômeno de Raynaud e hipertensão arterial pulmonar; aqueles com características semelhantes à polimiosite, como doença intersticial pulmonar e dismotilidade esofágica, e aqueles com poliartrite erosiva e esclerodactilia. Vamos ter uma compreensão abrangente dos achados clínicos divididos por órgãos e sistemas:

Sinais e Sintomas da DMTC
Pele e mucosas - Rash malar ou eritematoso
- Hiper ou hipopigmentação
- Fotossensibilidade
- Telangiectasias
- Úlceras orais
- Alopécia
Hematológico - Anemia
- Leucopenia
- Trombocitopenia
- Síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAAF)
Pulmão e vias aéreas - Dor pleurítica
- Dispneia
- Doença intersticial pulmonar
- Hipertensão pulmonar
Sistema Nervoso - Neuralgia do nervo Trigêmio
- Perda auditiva neurossensorial
Sistema Urinário - Lesão renal
Sistema cardiovascular - Pericardite
- Fenômeno de Raynaud
Aparelho digestivo - Dismotilidade esofágica
Osteoarticular - Poliartrite (erosiva ou não erosiva)
- Edema no dorso de mãos
- Esclerodactilia
- Miosite
Achados clínicos da Doença Mista do Tecido Conjuntivo. Fonte: EMR/Fernanda Vasconcelos

Como estabelecer o diagnóstico?

Para diagnosticar a Doença Mista do Tecido Conjuntivo (DMTC), é necessário reconhecer características clínicas similares às observadas no lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerose sistêmica, polimiosite/dermatomiosite ou artrite reumatoide (AR), juntamente com a presença de anticorpos anti-U1 snRNP no sangue periférico. Os critérios diagnósticos, incluindo os de Alarcón-Segovia e Kasukawa, orientam o processo de avaliação. 

Critérios de Alarcón-Segovia para Doença Mista do Tecido Conjuntivo
Critérios sorológico - Anticorpo anti-U1RNP em titulação > 1:1600
Critérios clínicos - Edema em mãos
- Sinovite
- Miosite (comprovada biologicamente ou histologicamente)
- Fenômeno de Raynaud
- Acroesclerose com ou sem esclerose proximal sistêmica
Critérios diagnósticos de Alarcon-Segovia para DMTC. Fonte: EMR/Fernanda Vasconcelos

Estudos laboratoriais revelam anemia, leucopenia, hipergamaglobulinemia e elevação de enzimas musculares. Estudos de imagem, como radiografia de tórax e tomografia computadorizada, auxiliam na avaliação do comprometimento de órgãos, como infiltrados pulmonares, cardiomegalia, erosões articulares e hipertensão pulmonar. Por fim, é importante reiterar a necessidade dos achados clínicos de sinais e sintomas citados anteriormente para a determinação diagnóstica.

Tratamento para a doença mista do tecido conjuntivo

O tratamento da Doença Mista do Tecido Conjuntivo é direcionado para controlar os sintomas e tratar o envolvimento de órgãos específicos. A abordagem terapêutica é baseada em estudos de casos e em evidências de outras doenças do tecido conjuntivo. O tratamento é individualizado, considerando os órgãos afetados e a gravidade da atividade da doença.

Tratamento da Doença Mista do Tecido Conjuntivo
Fenômeno de Raynaud medidas como evitar o frio e fumar, além de medicamentos como bloqueadores dos canais de cálcio e prostaglandinas, são utilizados.
Artrite e artralgia AINEs e hidroxicloroquina, e em casos refratários, corticosteroides e metotrexato são opções.
Pleurite, pericardite, miosite, miocardite e meningite asséptica respondem a corticosteroides, enquanto agentes poupadores de esteroides, como metotrexato e micofenolato de mofetil, são utilizados como segunda linha
Hipertensão pulmonar vasodilatadores, anticoagulantes, ou imunossupressão.
Distúrbios esofágicos corticosteroides
Anemia hemolítica corticosteroides
Manejo de acometimentos específicos da DMTC. Fonte: EMR/Fernanda Vasconcelos.

Conclusão

A Doença Mista do Tecido Conjuntivo é uma condição desafiadora, caracterizada pela sobreposição de múltiplas doenças do tecido conjuntivo. Apesar da complexidade no diagnóstico, o tratamento se baseia no manejo dos sinais e sintomas clínicos identificáveis ao exame físico e exames complementares. O acompanhamento regular e a adaptação do tratamento conforme a evolução da doença são essenciais para otimizar os resultados clínicos.

Leia Mais:

  • Aterosclerose: compreendendo a fisiopatologia
  • Vitiligo: o que é, como identificar e como tratar
  • Esclerose Múltipla: fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico
  • Esclerose Lateral Amiotrófica: o que é e como tratar
  • Dermatofibroma: o que é, como diagnosticar e tratar

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FONTES:

  • Mixed Connective Tissue Disease - DynaMed
  • Mixed Connective Tissue Disease - NIH
  • Mixed Connective-Tissue Disease (MCTD) Treatment & Management -  Medscape
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