Logomarca Eu Médico Residente
Preparatórios
SemiExtensivo R1 2025
NOVO
Extensivo R1 2025
Extensivo R+ CM 2025
Extensivo Bases 2025
Intensivos R1 2025
Lista de Espera
Ver todos
Mural dos Aprovados
Central da Residência
Blog
Medtrack
Materiais
Segredos na Aprovação 2025
Bahia (SUS-BA)
14/06
Acessar a Central
Área do Aluno
account_circle
Teste grátis
bolt
/
Blog
/
Estudo
/
Doença celíaca: o que é, causas, sintomas e tratamentos
Estudo
•
Publicado em
26/10/23

Doença celíaca: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Doença celíaca: o que é, causas, sintomas e tratamentos
Escrito por:
No items found.
Larissa Mesquita
Compartilhe este artigo

Índice

Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6

A doença celíaca, também chamada de enteropatia induzida pelo glúten, é uma doença autoimune caracterizada por intolerância ao glúten. É uma condição com elevada incidência e prevalência na população em geral de cerca de 0,5% a 1%, com o diagnóstico aumentando nos últimos anos. 

Neste post iremos abordar a doença celíaca, como diagnosticar e tratar!

O que é doença celíaca?

A doença celíaca é uma doença autoimune crônica, caracterizada por intolerância ao glúten na dieta, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja e alguns doces. Essa intolerância gera uma resposta inflamatória e danos ao intestino delgado. A suscetibilidade é determinada geneticamente. 

Pessoas com doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, e parentes de primeiro grau de pacientes com doença celíaca têm maior risco de desenvolvê-la. Além disso, observa-se que é mais comum em brancos caucasianos e em portadores de síndrome de Down, Turner e Williams.

Fisiopatologia

O glúten, uma proteína presente no trigo e, em menor quantidade, na cevada e no centeio, estimula a produção de certos anticorpos pelo sistema imunológico, devido a um peptídeo derivado do glúten chamado gliadina. Esse peptídeo causa danos ao intestino delgado, causando inflamação local levando à destruição das vilosidades do intestino delgado. Essa destruição, por sua vez, leva à diminuição da funcionalidade da superfície intestinal e à má absorção de nutrientes.

O problema envolve apenas a mucosa do intestino delgado. As vilosidades podem estar ausentes ou atróficas e a hiperplasia das criptas está presente. Uma proliferação aumentada de linfócitos e células plasmáticas é observada na lâmina própria.

Intestino delgado na doença celíaca. Fonte: Escola Educação
Intestino delgado na doença celíaca. Fonte: Escola Educação

Quais as causas da doença celíaca?

A doença celíaca é de causa genética, tendo relação com os genes HLA-DQ2 e HLA-DQ8, presente em 40% da população e em 100% dos pacientes celíacos.

Veja também:

  • Como é a Residência em Ginecologia e Obstetrícia? 
  • Maratona da Aprovação: revise os conteúdos para as principais provas de residência médica
  • Preparatórios para residência médica EMR: saiba todos os detalhes sobre os cursos extensivos

Sintomas da doença celíaca

Os sintomas mais comuns são diarreia e letargia. Outros sintomas gastrointestinais são distensão abdominal, desconforto ou dor, vômitos, prisão de ventre e esteatorreia. Na infância, o atraso no crescimento é um aspecto importante da história, enquanto na idade adulta o sintoma correspondente seria a perda de peso inexplicável. 

Os sintomas extra-intestinais incluem dermatite herpetiforme, úlceras aftosas recorrentes na boca, anemia por deficiência de ferro, B12 ou folato refratária, ataxia, parestesia, fraqueza muscular, cefaleia, osteoporose, coagulopatia por deficiência de vitamina K, depressão e menarca retardada. 

A dermatite herpetiforme é patognomônica da doença celíaca. Fonte: MSD Manuals
A dermatite herpetiforme é patognomônica da doença celíaca. Fonte: MSD Manuals

Formas clínicas

Clinicamente, a doença celíaca pode ser dividida em 3 tipos: clássica, atípica e silenciosa. A forma clássica é caracterizada por diarreia crônica, distensão abdominal, perda de peso e o chamado “bumbum celíaco” (atrofia dos músculos do glúteo). A forma atípica é caracterizada por manifestações intestinais menos importantes e maior relevância da dermatite herpetiforme. Por fim, a forma silenciosa é assintomática, onde o diagnóstico veio das alterações sorológicas e/ou histopatológicas de grupos de risco.

Preparatórios EMR
A Metodologia ideal para ser aprovado na Residência Médica ou Revalida

Prepare-se através de uma metodologia testada e aprovada nas principais provas de concurso médico do Brasil.

Saiba mais
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Diagnóstico

A investigação diagnóstica geralmente começa com testes sorológicos. Os anticorpos medidos são o anticorpo anti transglutaminase tecidual IgA, o anticorpo anti-endomísio e o anticorpo anti-gliadina. O principal é a anti transglutaminase tecidual IgA, que tem sensibilidade e especificidade em torno de 95%. 

Junto a esse anticorpo, deve ser solicitado dosagem de IgA, já que 3% dos pacientes podem ter deficiência de IgA, causando diminuição também do anticorpo. A anti gliadina e o anti-endomísio são menos usados e menos específicos, porém são indicados nos pacientes com deficiência de IgA, já que o uso da anti transglutaminase tecidual IgA torna-se impossibilitado.

O padrão-ouro para o diagnóstico é a biópsia da mucosa duodenal por endoscopia digestiva alta. Ela tem sensibilidade de 40% a 60% e especificidade de 80% a 100%. Nos pacientes com doença celíaca, é vista atrofia das vilosidades e hiperplasia de criptas. É importante que esses testes sejam realizados enquanto o paciente segue uma dieta regular contendo glúten, já que as alterações se tornam indetectáveis de 3 a 12 meses sem glúten.

Outro teste útil é o antígeno leucocitário humano (HLA). Pode ser feito em caso de dúvida diagnóstica, por exemplo com teste sorológico positivo e EDA negativa. Outra opção é fazer uma dieta rica em glúten e reavaliar EDA para ver se surgiram alterações típicas.

Outras alterações laboratoriais não específicas incluem: eletrólitos, que podem revelar hipocalcemia, hipocalemia e acidose metabólica, anemia por deficiência de folato, ferro ou vitamina B12 e tempo de protrombina pode ser prolongado.

Classificação histológica

Histologicamente, segundo MARSH, os achados da doença celíaca podem ser divididos em 5 estágios:

  • Estágio 0 🡪 Padrão pré-infiltrativo. Fragmentos sem alterações.
  • Estágio 1 🡪 Padrão infiltrativo. Mucosa normal, com aumento de infiltrado linfocitário intraepitelial.
  • Estágio 2 🡪 Lesão hiperplásica. Alargamento de criptas e com aumento de infiltrado linfocitário intraepitelial.
  • Estágio 3 🡪 Padrão destrutivo. Atrofia vilositária, alargamento de criptas e com aumento de infiltrado linfocitário intraepitelial.
  • Estágio 4 🡪 Padrão hipoplásico. Atrofia total e hipoplasia de cripta.
Padrões histopatológicos – MARSH. Fonte: Endoscopia Terapêutica; link da fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/artigoscomentados/artigo-comentado-avaliacao-endoscopica-da-doenca-celiaca/?print=print 
Padrões histopatológicos – MARSH. Fonte: Endoscopia Terapêutica

Tratamento para a doença celíaca

O único tratamento efetivo até o momento para todas as pessoas com o diagnóstico é uma dieta rigorosa sem glúten. Essa adesão é melhor realizada sob a supervisão de especialistas, incluindo um nutricionista e psicólogo, já que isso tem um impacto significativo na vida das pessoas afetadas e pode ser difícil de manter. 

Em geral, os sintomas melhoram com a dieta sem glúten dentro de dias a semanas.  Além disso, é importante se preocupar com a contaminação cruzada, com cuidado por exemplo com o uso exclusivo de panelas. 

Outras abordagens, como imunizações ou ingestão de substâncias que alterariam a toxicidade do glúten também estão sendo exploradas. No entanto, nenhum atingiu o estágio de recomendação ou aprovação para tal terapia.

Conclusão 

A doença celíaca é uma doença autoimune caracterizada por intolerância ao glúten, que gera danos ao intestino delgado e má absorção. Clinicamente, pode ser variável, mas costuma ser acompanhada de diarreia, dor abdominal, anemia e outros sinais de má absorção. O diagnóstico é feito por meio de testes sorológicos e EDA e o tratamento é dieta sem glúten. 

Leia mais:

  • Diabetes mellitus: fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e mais
  • GIST (Tumor Estromal Gastrointestinal): o que é, quais os sintomas, riscos e tratamentos
  • Doenças exantemáticas: quais são, como diagnosticar e tratamentos
  • Infecções do sistema nervoso central: diagnóstico, tratamento e mais!
  • Antibioticoprofilaxia: o que é, quando é indicada e como cai nas provas de residência médica?

‍

FONTES:

  • POSNER, Ewa; HASEEB, Muhammad. Celiac Disease - StatPearls - NCBI Bookshelf 
  • LIU, Shinfay; et. al. RMMG - Revista Médica de Minas Gerais - Doença celíaca 
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos
O que achou deste conteúdo?

Artigos recentes

Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Dicas
•
13/6/25
Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Dicas
•
12/6/25
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Dicas
•
11/6/25
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Estudo
•
10/6/25
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Ver todos os artigos

Cadastre-se no Medicina Diária para receber novidades em primeira mão sobre o ENAMED!

Ao confirmar sua inscrição você estará de acordo com a nossa Política de Privacidade.
Logomarca Eu Médico Residente

Cursos

  • Extensivo R1 2025
  • Extensivo R+ CM 2025
  • Extensivo Bases 2025
  • Ver todos

Institucional

  • Sobre
  • Eventos
  • Blog
  • Ajuda
  • Parceiros EMR
  • Fidelize e Ganhe
  • Soluções para Instituições
  • Contato

Endereço

Av. Marquês de Olinda, nº 302, andar 004, Bairro do Recife - Recife- PE, CEP 50030-000

Nossas redes

EMR Eu Médico Residente Ensino Ltda © 2025. Todos os direitos reservados. CNPJ: nº 34.730.954/0001-71
Termos de usoPolítica de Privacidade

Nós utilizamos cookies. Ao navegar no site estará consentindo a sua utilização. Saiba mais sobre o uso de cookies.

Certo, entendi