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Derrame Papilar: Definição, Causas e Tratamento
Estudo
•
Publicado em
22/12/22

Descarga Papilar: Diferenciando Benigno vs. Suspeito, Causas, Diagnóstico

Descarga Papilar: Diferenciando Benigno vs. Suspeito, Causas, Diagnóstico
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Ellen Kosminsky
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O derrame papilar, também denominado descarga papilar, é a terceira queixa mais comum nas mamas, precedida apenas pela queixa de dor nas mamas e de massa palpável. Assim, durante os anos reprodutivos, cerca de 80% das mulheres apresentarão um episódio de derrame papilar.

Felizmente, a maioria das descargas papilares são benignas. Dessa forma, o principal objetivo no manejo do paciente com queixa de descarga papilar é a diferenciação do derrame papilar benigno do derrame papilar com características malignas. Portanto, aproveite esse texto para aprender o manejo do paciente com derrame papilar!

O que é Descarga Papilar?

A descarga papilar é a saída de secreção pelo mamilo. Essa secreção pode ser caracterizada como a produção normal do leite - denominada lactação - ou como derrame papilar fisiológico (galactorréia). Ou ainda, a descarga papilar pode ter características suspeitas, e sugerir processo patológico.

Tipos

Como mencionado anteriormente, os tipos de derrame papilar que podem estar presentes são a lactação, a galactorréia e o derrame papilar suspeito.

Lactação

Na lactação, os tipos de secreção normal são o leite e o colostro. Durante a gravidez e o puerpério, as glândulas mamárias se desenvolvem e produzem o leite como resposta à sucção do bebê. A lactação pode durar por até 6 meses após o parto ou após a cessação da amamentação.

Galactorréia

A galactorréia é definida como a secreção não patológica e não relacionada com a gestação ou a amamentação. Essa comumente manifesta-se como derrame papilar bilateral, e envolve múltiplos ductos mamários. E ainda, normalmente apresenta coloração branca ou clara.

Presença de secreção leitosa e multiductal após manobra de expressão papilar. Essas são características da galactorréia. Fonte: Revista Brasileira de Cirurgia Plástica link: http://www.rbcp.org.br/details/1727/pt-BR/galactorreia--como-abordar-essa-complicacao-incomum-apos-mamoplastia-de-aumento
Presença de secreção leitosa e multiductal após manobra de expressão papilar. Essas são características da galactorréia. Fonte: Revista Brasileira de Cirurgia Plástica 

Entretanto, apesar de menos comum, a galactorréia pode manifestar-se unilateralmente e com coloração amarelada, verde, marrom ou cinza. Todavia, a galactorréia nunca é sanguinolenta.

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Derrame papilar suspeito

A secreção de outros conteúdos que não o leite pode ocorrer devido a processos patológicos nas mamas. Assim, no derrame papilar suspeito, a secreção comumente é unilateral e localizada apenas em um ducto. E mais, é persistente e espontânea, podendo se manifestar com coloração serosa (clara/amarelada), sanguínea ou serosanguínea.

Derrame papilar sanguinolento e uniductal. Essas são características consideradas suspeitas. Fonte: Sociedade Brasileira de Mastologia link https://casadamama.com/images/file/Jornal_Mamanews_09.pdf
Derrame papilar sanguinolento e uniductal. Essas são características consideradas suspeitas. Fonte: Sociedade Brasileira de Mastologia 

Causas do Derrame Papilar

A galactorréia é comumente causada pela hiperprolactinemia. Podendo essa ser secundária a medicamentos, tumores na glândula pituitária e anormalidades endócrinas. Observe a tabela abaixo com as principais medicações que podem provocar hiperprolactinemia.

CLASSE MEDICAMENTOSA EXEMPLOS DE MEDICAMENTOS
Antipsicóticos de primeira geração Clorpromazina, haloperidol, flufenazina, loxapina
Antipsicóticos de segunda geração Risperidona, paliperidona, Asenapina
Antidepressivos tricíclicos Clomipramina
Anti-heméticos/gastrointestinais Metoclopramida, domperidona
Anti-hipertensivos Metildopamina
Opioides Metadona, morfina
Tabela com medicamentos que podem cursar com hiperprolactinemia. A principal causa de hiperprolactinemia por medicamentos é o bloqueio dos receptores D2 de dopamina. Fonte: UpToDate, 2022.

Para mais, a principal causa de derrame papilar de características suspeitas é o papiloma, responsável por até 57% dos casos. O papiloma é um tumor benigno com origem nos ductos mamários. Além disso, outras causas para o derrame papilar suspeito são as ectasias ductais (14 a 33%) e as infecções, sendo a descarga papilar purulenta um sinal de mastite periductal, por exemplo.

Por fim, o câncer é encontrado em 5 a 15% das descargas papilares com características suspeitas. Sendo o tumor maligno mais comumente associado com o derrame papilar o carcinoma ductal in situ.

Apresentação Clínica

Ao coletar a história clínica do paciente, é fundamental a pesquisa dos seguintes achados: características da descarga papilar (sanguinolenta? hialina? Esbranquiçada?), frequência do derrame e se a descarga é espontânea ou provocada por manipulação. E mais, se é unilateral ou bilateral, e multiductal ou uniductal.

Como mencionado anteriormente, são características do derrame papilar fisiológico a descarga bilateral e multiductal, que ocorre à manipulação. Já o derrame papilar suspeito comumente é espontâneo (não decorre da manipulação), sanguinolento, unilateral e uniductal. Bem como associado à presença de massas palpáveis na mama. Além disso, a idade superior a 40 anos da paciente deve elevar ainda mais a suspeita.

Por fim, deve-se questionar a história recente de trauma, que se refere também à compressão da mama durante o exame da mamografia ou a manipulação vigorosa da mama. E mais, deve-se questionar sobre o início recente da menopausa, perguntando sobre "fogachos" e ressecamento vaginal, por exemplo. Isso porque o hipogonadismo pode justificar a presença da hiperprolactinemia. E mais, questiona-se sobre medicamentos em uso.

Ao exame físico, deve-se notar a simetria e contorno das mamas, posição dos mamilos e cicatrizes. E mais, o padrão vascular (quando visível) e evidência de retração do mamilo, edema ou eritema. E ainda, se há presença de ulcerações ou mudanças na coloração da pele. Observe a imagem abaixo.

Fonte: MSD Manuals  link:
Fonte: MSD Manuals 

Observe o aspecto dessa mama. O mamilo encontra-se retrovertido (importante perguntar se o mamilo sempre foi assim, ou se “tornou” retrovertido!), com textura “em casca de laranja”, e com importante lesão na região da aréola e mamilo.

Diagnóstico

Como mencionado no início do texto, o manejo da paciente com derrame papilar depende se as características deste são benignas ou malignas. 

Assim, pacientes com derrame papilar com características benignas necessitam apenas da avaliação laboratorial, a fim de evidenciar possível hiperprolactinemia. Dessa forma, solicita-se exames de beta-HCG, níveis de prolactina, função renal e da tireoide. Nessas pacientes, exames de imagem para investigação inicial não são necessários.

Já para pacientes com derrame papilar de características suspeitas, o exame de imagem é fundamental. Assim, esses devem ser solicitados para todos os pacientes com ao menos uma dessas características:

  • Derrame papilar unilateral;
  • Derrame papilar sanguinolento;
  • Descarga papilar associada a presença de massas ou lesões na pele.

Os exames de imagem mais comumente solicitados são a mamografia ou a ultrassonografia (USG) mamária. Assim, para mulheres ≥ 40 anos, solicitam-se ambas a mamografia e o USG. Entretanto, mulheres que realizaram a mamografia recentemente (< 6 meses) ou que estão grávidas, podem realizar apenas a USG.

E mais, mulheres entre 30 e 39 anos, a USG mamária deve ser o primeiro exame realizado, seguida da mamografia, quando necessário. Para mulheres < 30 anos, o primeiro exame a ser realizado é também a USG, sendo a mamografia realizada apenas em caso de presença de lesão suspeita ou se a paciente for geneticamente predisposta ao câncer de mama.

Por fim, homens com descarga papilar devem realizar ambas a mamografia e a ultrassonografia mamária, a fim de auxiliar no diagnóstico e guiar uma possível decisão de biópsia, quando essa for necessária.

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Mamografia

A mamografia é o exame diagnóstico de primeira escolha na maioria dos pacientes para avaliação da descarga papilar. Entretanto, apesar de ser o melhor exame para diagnóstico de lesões malignas, a mamografia pode não detectar a presença de lesões de alto risco pequenas, não calcificadas ou intraductais.

Mamografia demonstrando presença de lesão espiculada e multiductal. Pode-se evidenciar também aumento da espessura da pele e retração do mamilo. Fonte: Radiopaedia link: https://radiopaedia.org/cases/locally-advanced-breast-cancer-1
Mamografia demonstrando presença de lesão espiculada e multiductal. Pode-se evidenciar também aumento da espessura da pele e retração do mamilo. Fonte: Radiopaedia 

Ultrassonografia mamária

Diferentemente da mamografia, a USG é um excelente exame para avaliação de lesões intraductais, bem como permite a visualização de lesões muito pequenas, de diâmetro de até 0,5 mm. Dessa forma, identifica entre até 69% das lesões não visíveis na mamografia. 

Para mais, a USG, apesar de mais sensível que a mamografia, é menos específica para diferenciação de lesões benignas e malignas. Entretanto, é um exame muito utilizado como guia durante a biópsia percutânea dessas lesões suspeitas.

Biópsia 

Os exames de imagem não são confiáveis na diferenciação dos tipos de câncer e de lesões de alto risco (ex.: papilomas ou atipias) de lesões benignas com derrame papilar. Por isso, anormalidades detectadas nos exames de USG e mamografia necessitam de biópsias, a fim de direcionar o tratamento.

Biópsia guiada por USG (agulha é evidenciada pelas setas brancas). Fonte: Radiologia Brasileira link: http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=3094&idioma=Portugues
Biópsia guiada por USG (agulha é evidenciada pelas setas brancas). Fonte: Radiologia Brasileira 

Tratamento

Para pacientes com derrame papilar fisiológico secundário ao uso de drogas, esses devem ser orientados de que este é um efeito colateral comum. Além disso, a galactorréia idiopática transitória - galactorréia com níveis de prolactina normal nos exames laboratoriais - é comum em mulheres pré-menopausadas. 

Assim, essas pacientes devem ser asseguradas de que a descarga é benigna, e devem ser reavaliadas após 2 a 3 meses. Já para pacientes com descarga papilar patológica, indica-se a realização da cirurgia como tratamento após avaliação clínica, laboratorial e por exames de imagem.

Conclusão

A descarga papilar é uma queixa muito comum, e todo clínico geral deve saber as principais causas. Bem como saber diferenciar a descarga papilar com características benignas das características malignas. Além disso, reconhecer os principais exames de imagem e sua importância para o diagnóstico de lesões malignas é fundamental para as provas de residência!

Leia Mais:

  • Vaginose bacteriana: do quadro clínico ao diagnóstico
  • Miomatose Uterina: definição, quadro clínico e tratamento
  • Câncer de colo do útero: o que é, como prevenir, diagnosticar e tratamentos

FONTE:

  • GOLSHAN, M. Nipple discharge. UpToDate. 2022. 
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