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Leptospirose: transmissão, sintomas e tratamento
Estudo
•
Publicado em
18/6/24

Leptospirose: transmissão, sintomas e tratamento

Leptospirose: transmissão, sintomas e tratamento
Escrito por:
Ellen Kosminsky
Ellen Kosminsky
Igor Vasconcelos
Igor Vasconcelos
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A leptospirose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira, frequentemente transmitida pela urina de animais, especialmente roedores. Comumente associada a enchentes e áreas urbanas com saneamento inadequado, a doença representa um sério risco à saúde pública, podendo causar sintomas variados, desde febre a sintomas mais graves como rabdomiólise e hemorragias alveolares.

O que é a leptospirose?

A leptospirose é uma zoonose de característica febril de início agudo, causada por bactérias espiroquetas do gênero Leptospira. Elas são aeróbias, espiraladas e móveis, possuindo capacidade de migrar através dos tecidos do hospedeiro. O rato é considerado o principal reservatório da Leptospira, que elimina a bactéria pela urina, podendo contaminar água, lama, solo, vegetação, lixo e alimentos.

No Brasil a doença é endêmica, mas em épocas chuvosas passa a ser epidêmica. Isso ocorre devido a enchentes e ao saneamento básico precário para populações de baixa renda. Esses fatores fazem com que a urina dos ratos, presentes no esgoto, se espalhe. Desse modo, a penetração da bactéria se dá por meio da pele, não só quando há presença de lesões (o que facilita a penetração), como também ocorre no contato prolongado da bactéria com a pele íntegra e mucosas. O período médio de incubação da bactéria é de 5 a 14 dias.

Fluxograma mostrando ciclo biológico da leptospirose
Fluxograma mostrando ciclo biológico da leptospirose. Apesar do rato ser o principal reservatório da Leptospira, outros animais também podem ser vetores da bactéria, como caninos, suínos, equinos, bovinos e caprinos. Fonte: Labnet

Fisiopatologia da leptospirose

Após adentrar no organismo, o patógeno se dissemina pela corrente sanguínea para múltiplos órgãos e tecidos. Os principais órgãos atingidos são o fígado, os rins, os músculos e os vasos. A gravidade da infecção depende da virulência do sorovar (sorotipo) infectante, da carga bacteriana e da resposta do hospedeiro. 

As principais características da infecção são a septicemia e a vasculopatia hemorrágica, essa última ocorrendo devido a danos às membranas plasmáticas e junções intercelulares do endotélio vascular. Consequentemente, há aumento da permeabilidade capilar, com extravasamento de plasma e hemácias.  A septicemia provoca agressão generalizada aos tecidos do organismo, atingindo principalmente o fígado, coração, sistema nervoso central, os músculos esqueléticos e os rins. 

Quando acomete os pulmões, pode se manifestar através da hemorragia alveolar. Nos rins, ocorre a Injúria Renal Aguda (IRA), caracterizada por ser não oligárquica e hipocalêmica. No fígado, a leptospirose provoca colestase, que evolui para icterícia, que é uma das principais características da doença.

Quadro clínico da leptospirose

O quadro clínico da leptospirose é dividido em duas fases: a precoce e a tardia. A fase mais comum é a precoce, representando entre 85% e 90% das formas clínicas da doença. É caracterizada pela instalação abrupta da febre, acompanhada de cefaléia, mialgias (principalmente na região das panturrilhas e na lombar), náuseas, vômitos e anorexia. 

Além desses sinais e sintomas, a sufusão conjuntival, caracterizada por hiperemia e edema da conjuntiva ao longo das fissuras palpebrais, é encontrada em 30% dos pacientes na fase precoce. Ademais, diarreia, artralgia, hiperemia ou hemorragia conjuntival, dor ocular e tosse também podem estar presentes. Esse quadro clínico leve normalmente regride entre 3 e 7 dias sem deixar sequelas.

Presença de sufusão conjuntival. Note que a mucosa ocular também se encontra itérica. O achado da sufusão associado à icterícia deve aumentar ainda mais a suspeita de quadro de leptospirose. Fonte: MedicinaNet

Aproximadamente 15% dos pacientes irão evoluir para a fase tardia, na qual ocorrem manifestações mais graves. A Síndrome de Weil, caracterizada pela tríade da icterícia rubínica, insuficiência renal e hemorragias (mais comumente nos pulmões), é um achado muito comum. A icterícia na leptospirose tem a particularidade de ser mais alaranjada (por isso chamada de “rubínica”), e ocorre devido a colestase hepática e por hemorragias cutâneas.

Ambos os raio-X são do mesmo paciente, com suspeita de leptospirose. Fonte: Scielo

Como pode ser observado na imagem acima, o primeiro raio-X é feito no atendimento inicial ao paciente, e o segundo, 24 horas após a internação. Perceba a consolidação difusa no primeiro raio-X, e seu aumento no segundo. Essa representa a pneumonia hemorrágica, podendo ser encontrada em pacientes com Síndrome de Weil, e que ocorre devido às hemorragias alveolares. 

O paciente com comprometimento pulmonar vai apresentar tosse seca, dispneia, hemoptise (devido às hemorragias alveolares) e, por vezes, dor torácica e cianose. Algumas outras complicações que podem surgir devido a leptospirose são a miocardite, distúrbios eletrolíticos, pancreatite, anemia e distúrbios neurológicos.

Na fase precoce, o diagnóstico diferencial deve ser feito com a dengue, influenza, malária, doença de Chagas aguda e febre tifoide. Na fase tardia, o diagnóstico diferencial deve ser feito com as hepatites virais agudas, febre amarela, malária grave, dengue grave e febre tifoide. Ademais, deve-se também procurar por endocardite, riquetsioses, doença de Chagas aguda, sepse, meningite e pielonefrite aguda.

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Diagnóstico e tratamento

No primeiro atendimento, define-se se o paciente apresenta Síndrome Febril Aguda, caracterizada pelos sinais e sintomas da febre, cefaléia e mialgia. Verifica-se também se ele teve algum contato prévio - 30 dias antes dos primeiros sintomas - com áreas alagadas, lama, esgoto (principalmente após chuvas e enchentes), ou se trabalha em área de risco para a doença.

Após confirmação de ambos os critérios, investiga-se presença de um ou mais sinais de alerta para a leptospirose. São eles: dispneia, tosse e taquipnéia; alterações urinárias (geralmente oligúria); fenômenos hemorrágicos (incluindo hemoptise) e hipotensão; alterações do nível de consciência, vômitos frequentes, arritmias e icterícia. Para mais, o encaminhamento do paciente com sinais de gravidade deve ser feito de acordo com o fluxograma abaixo.

Fluxograma para condução do atendimento à leptospirose
Fluxograma para condução do atendimento à leptospirose. Fonte: Ministério da Saúde, 2019

Para diagnosticar o paciente na fase precoce da leptospirose, pode-se utilizar o PCR. Já para a fase tardia, o método prioritário de diagnóstico é o teste sorológico.

A antibioticoterapia deve ser feita em qualquer período da doença. O medicamento de escolha na fase precoce é a doxiciclina para adultos, e amoxicilina em crianças, como demonstrado na tabela abaixo. Na fase tardia, deve-se dar o antibiótico por via intravenosa por, no mínimo, 7 dias. São opções de tratamento a penicilina cristalina, a penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona e cefotaxima.

Tabela para tratamento da leptospirose
Tabela para tratamento da leptospirose. Fonte: Ministério da Saúde, 2019
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Conclusão

A leptospirose é uma doença complexa e potencialmente grave, exigindo atenção redobrada em áreas com saneamento inadequado e alta incidência de enchentes. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado com antibióticos são fundamentais para reduzir a mortalidade e prevenir complicações severas. A conscientização sobre medidas preventivas, como evitar o contato com água contaminada e melhorar as condições de saneamento, é essencial para controlar a disseminação da doença. 

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FONTES:

  • BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância em Saúde. Manual de Recomendações Para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília, DF, 2019
  • FILHO, G. B. Bogliolo Patologia. 9 ed. Minas Gerais: Guanabara Koogan, 2016
  • MEDICINA de emergência: abordagem prática. 17. ed. [S. l.]: Manole, 2023
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