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Gastrosquise: o que é, diagnóstico e manejo
Estudo
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Publicado em
7/12/24

Gastrosquise: o que é, diagnóstico e  manejo

Gastrosquise: o que é, diagnóstico e  manejo
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Igor Vasconcelos
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A gastrosquise é uma malformação congênita da parede abdominal anterior que requer atenção multidisciplinar desde o diagnóstico pré-natal até o tratamento pós-natal. A incidência global varia, mas tem aumentado nas últimas décadas, sendo mais comum em gestantes jovens e com fatores de risco específicos. Atualmente estima-se que a incidência seja de 1 em cada 2.500 nascidos vivos. 


Este texto visa revisar aspectos fundamentais da gastrosquise, incluindo sua diferenciação da onfalocele, diagnóstico e manejo.

O que é a gastrosquise?

Exemplo de gastrosquise
Gastrosquise. Fonte: MSD manuals 

A gastrosquise é uma anomalia caracterizada por um defeito congênito na parede abdominal, geralmente à direita do cordão umbilical, pelo qual há herniação de conteúdo abdominal, como alças intestinais, sem um saco protetor. A exposição ao líquido amniótico pode levar à inflamação das alças intestinais (peritonite química), resultando em espessamento da parede intestinal e comprometimento funcional. A anomalia é mais comum de ocorrer em mães jovens e que fizeram uso de aspirina ou bebidas alcoólicas durante a gravidez, por exemplo.

Veja também:

  • Saiba como é a residência médica em Pediatria na UPE
  • Residência médica em Pediatria: O que é, rotina e mercado de trabalho
  • Subespecialidade clínicas: quais são elas e qual a remuneração

Qual é a diferença entre a onfalocele e a gastrosquise?

Exemplo de Onfalocele
Exemplo de Onfalocele. Fonte: Tratado de Clínica Pediátrica

A onfalocele é outro tipo de defeito congênito da parede abdominal, mas com diferenças significativas em relação à gastrosquise: 

  • Localização: Enquanto a gastrosquise ocorre geralmente à direita do cordão umbilical, a onfalocele ocorre no centro do cordão, comprometendo-o; 
  • Saco protetor: Na onfalocele, as vísceras estão cobertas por uma membrana amniótica e peritônio, enquanto na gastrosquise estão expostas; 
  • Associações genéticas: A onfalocele está frequentemente associada a síndromes genéticas e outras anomalias congênitas, o que é menos comum na gastrosquise.

Essa diferenciação é essencial para o prognóstico e manejo, sendo a onfalocele geralmente mais complexa devido às condições associadas.

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Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é realizado durante o pré-natal por meio de ultrassonografia obstétrica, geralmente no segundo trimestre. Os seguintes achados ultrassonográficos são sugestivos:

  • Defeito da parede abdominal à direita do cordão umbilical
  • Alças intestinais livres flutuando no líquido amniótico
  • Ausência de membrana protetora
USG obstétrica evidenciando a gastrosquise
USG obstétrica evidenciando a gastrosquise. Fonte: Fetalmed Medicina Fetal

Exames complementares podem incluir a dosagem de alfafetoproteína materna elevada, que sugere a presença de defeitos de parede abdominal.

Como fazer o manejo?

O manejo da gastrosquise requer planejamento cuidadoso e envolve:

Manejo pré-natal

  • Monitoramento ultrassonográfico: Avaliar o crescimento fetal, o volume do líquido amniótico e o estado das alças intestinais.
  • Planejamento do parto: Cesárea pode ser considerada em casos de alças intestinais dilatadas ou sinais de comprometimento fetal.

Cuidados pós-natais imediatos

  • Proteção das vísceras expostas: Cobrir com material estéril e plástico para minimizar a perda de calor, líquidos e prevenir infecção.
  • Suporte hemodinâmico: Garantir estabilidade com reposição volêmica e cuidados intensivos neonatais. A quantidade de líquidos costuma ser maior que a necessária para um neonato saudável normal.
  • Antibióticos IV de amplo espectro: para prevenir infecções ou combater infecções. Costuma-se ser utilizado como opções a ampicilina ou a gentamicina.

Correção cirúrgica

  • Fechamento primário: Quando possível, reposicionar as alças intestinais na cavidade abdominal e fechar o defeito.
  • Uso de bolsa ou silo: Em casos de grande volume de vísceras expostas, utilizar um silo ou bolsa, cujo tamanho é progressivamente reduzido, para gradualmente posicionar as alças na cavidade abdominal antes do fechamento definitivo.

Manejo pós-operatório

  • Suporte nutricional: Nutrição parenteral total até que o intestino recupere sua função.
  • Prevenção de complicações: Monitorar para enterocolite necrosante, sepse e síndrome do intestino curto.

Conclusão

A gastrosquise é uma condição que requer uma abordagem integrada para garantir o melhor prognóstico. Diagnóstico precoce, manejo adequado no período pré e pós-natal e correção cirúrgica eficiente são fundamentais. Apesar dos desafios, avanços no manejo perioperatório e neonatal têm melhorado significativamente os desfechos desses pacientes.

Leia mais:

  • Sepse neonatal: o que é, causa, sintomas e tratamento
  • Icterícia Neonatal: O que é, tipos, causas e como tratar
  • Reanimação Neonatal: Passos, técnicas, avaliação e riscos
  • Cranioestenose: entenda o que é, como diagnosticar e tratar
  • O que é hipoglicemia neonatal, suas complicações e como tratar

‍

FONTES:

  • Videira-Amaral JM (MD, PhD) – Coordenador e autor. Tratado de Clínica Pediátrica. 3ª edição. Lisboa: Círculo Médico, 2022
  • Baerg J, Kaban G, Tonita J, Pahwa P. Gastroschisis: Demographic and Prenatal Factors Affecting Incidence. Journal of Pediatric Surgery. 2003;38(12):1811-1815.
  • Ledbetter DJ. Gastroschisis and Omphalocele. Surgery Clinics of North America. 2006;86(2):249-260.
  • Friedman AM, Ananth CV, Siddiq Z, et al: Gastroschisis: epidemiology and mode of delivery, 2005-2013. Am J Obstet Gynecol 215(3):348.e1-348.e3489, 2016.
  • Bence CM, Wagner AJ: Abdominal wall defects. Transl Pediatr 10(5):1461-1469, 2021.
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