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Publicado em
25/6/22

6 caminhos para ajudar na escolha da residência médica

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6 caminhos para ajudar na escolha da residência médica

Uma dúvida comum ao concluir a graduação em medicina e buscar uma especialização é sobre “qual residência médica devo fazer?”

Atualmente, o Conselho Federal de Medicina reconhece 55 especialidades médicas entre as de acesso direto e com pré-requisito. Com tantas opções de atuação é normal não saber qual escolher e qual residência cursar.  

Pensando nisso, Bruno Kominsky - CEO do Eu Médico Residente - listou 6 critérios para ajudar na escolha da residência médica na série Dicas de Estudo no nosso canal do Youtube. 

1. Rotina 

Ao pensar em qual residência você pretende seguir é muito importante que pense na rotina daquela especialidade. 

As especialidades cirúrgicas costumam trabalhar dentro de hospitais, dando plantões e atuando principalmente dentro do centro cirúrgico, já outras como a Clínica Médica têm uma prática eminentemente ambulatorial.

Além disso, é comum que a escolha  da especialidade seja feita baseada no assunto que o médico gosta de estudar, mas é importante lembrar que na maioria do tempo você vai encontrar os casos mais comuns, independente da área que escolheu. Casos raros, super interessantes continuam sendo raros em qualquer área.

2. Perfil do Paciente 

Além da rotina clínica, o futuro residente também deve se atentar ao perfil do paciente que gosta de atender

“Você prefere um paciente em estado mais grave que precise de atendimento urgente como é o caso da residência em Medicina Intensiva? Ou de trabalhar com pacientes crônicos e terminais da Medicina Paliativa? Ou atuar de forma pontual como na medicina do trabalho e do esporte?”

Tudo isso são questões que devem ser levadas em conta na hora de escolher qual residência médica seguir.

3. Qualidade de Vida vs. Retorno Financeiro

Pensar na rotina médica, qual perfil de paciente prefere e o que é mais importante para você são alguns dos critérios que te auxiliarão na escolha da residência. Foto: Reprodução/AdobeStock

Não raro, carreiras que trazem um maior retorno financeiro proporcionam uma menor qualidade de vida e vice- versa.

A residência em Medicina da Família e Comunidade, por exemplo, permite manter uma boa qualidade de vida.

Isso porque,  o especialista, normalmente, atua apenas em horário comercial, contudo, o retorno financeiro não é expressivo.

Ao escolher qual a residência você pretende seguir, coloque na balança e veja o que é mais importante para você, a fim de diminuir as chances de fazer uma escolha errada.  

4. Reconhecimento Profissional

Em algumas especialidades o residente precisará se expor mais ao público, muitas vezes através de perfis profissionais nas redes sociais.

Dessa forma, residentes em Cirurgia Plástica e Nutrologia, por exemplo, recebem um maior reconhecimento profissional e trabalham de forma mais direta com o paciente. 

Enquanto que em áreas como a Anestesiologia atuam junto com equipes e não tem um reconhecimento tão grande.

Dessa forma, reflita sobre o quão importante é ter um reconhecimento na sua área, tanto pelos pacientes quanto pela sociedade.  

5. Estudos

Além de considerar fatores do dia-a-dia do especialista como a rotina e o reconhecimento, lembre-se que independentemente da área que escolheer, os estudos precisam ser constantes, tanto para entrar na residência quanto para se manter atualizado.

Dessa forma, ao escolher a residência em Infectologia, por exemplo, além de gostar do campo de atuação da área, você precisa gostar de estudar sobre fungos, bactérias e outros patógenos que fazem parte do cotidiano da especialidade.

6. Mercado de Trabalho

Por último, considere o mercado de trabalho da área que tem interesse. Ele está aquecido? É uma área com muitos profissionais e por tanto com uma demanda mais baixa?

Especialidades como a Pneumologia, tiveram um aumento na demanda nos últimos anos com o aumento de doenças do sistema respiratório causado pela pandemia e pela poluição do ar.

Perceber as tendências do mercado para as áreas que você tenha interesse pode ser uma boa forma de não se arrepender da escolha no futuro.

Conclusão

A residência é uma das etapas mais importantes na carreira de um médico, por isso a escolha de qual especialidade irá seguir deve ser feita com calma, para que siga a carreira que mais faça sentido para você.


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