Logomarca Eu Médico Residente
Preparatórios
Extensivos R1 2026
Black November
Extensivos R+ 2026
Black November
Extensivo Bases 2026
Black November
Extensivo 4º ano ENAMED
Lançamento
Ver todos
Mural dos Aprovados
Blog
Plantão de Aprovação
Plantão AMRIGS (Online)
08/11
Plantão SUS-BA (Online)
15/11
Todos os Materiais Gratuitos
Central da Residência
Blog
Eventos - Plantão de Aprovação
Plantão PSU-MG
  
(
Online
)
22
/
11
Em Breve
Plantão USP-SP
  
(
Online
)
29
/
11
Em Breve
Plantão SUS-SP
  
(
Online
)
06
/
12
Em Breve
Plantão SES-PE
  
(
Online
)
03
/
01
Em Breve
Aulas Gratuitas
Replay SES-PE
Replay SUS-BA
Replay SUS-SP
Replay PSU-MG
Kit Preparação para a Residência
Kit Preparação para o Internato
Guias e Ebooks
Guia da Aprovação SES-PE
Guia da Aprovação SUS-BA
Em Breve
Guia da Aprovação USP-SP
Em Breve
Guia da Aprovação ENAMED
Em Breve
Todos os Materiais Gratuitos
Área do Aluno
account_circle
Teste grátis
bolt
/
Blog
/
Estudo
/
Síndrome hepatorrenal: o que é, fisiopatologia e diagnóstico
Estudo
•
Publicado em
29/7/24

Síndrome hepatorrenal: o que é, fisiopatologia e diagnóstico

Síndrome hepatorrenal: o que é, fisiopatologia e diagnóstico
Escrito por:
No items found.
Igor Vasconcelos
Compartilhe este artigo

Índice

Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6

A síndrome hepatorrenal (SHR) é uma complicação grave e potencialmente fatal que ocorre em pacientes com doença hepática avançada, especialmente aqueles com cirrose e ascite. Esta condição representa um desafio significativo para médicos e profissionais de saúde, pois está associada a um prognóstico ruim e a opções limitadas de tratamento. Entender a SHR é crucial para a detecção precoce e manejo adequado dos pacientes afetados.

O que é a síndrome hepatorrenal?

A síndrome hepatorrenal é uma forma de insuficiência renal funcional que ocorre em pacientes com doença hepática grave, como cirrose ou hepatite fulminante, na ausência de outras causas identificáveis de insuficiência renal. 

A Síndrome é caracterizada por uma redução significativa no fluxo sanguíneo renal, levando à disfunção dos rins sem alterações estruturais significativas. Existem dois tipos principais de síndrome hepatorrenal: tipo 1, que é uma forma rapidamente progressiva, e tipo 2, que é uma forma mais lentamente progressiva.

Etiologia

A etiologia do problema está fortemente relacionada à presença de cirrose e ascite. Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da SHR incluem:

Cirrose Hepática

A principal causa subjacente da SHR é a cirrose hepática, uma condição na qual o fígado está cronicamente danificado e cicatrizado.

Ascite

A acumulação de líquido no abdômen (ascite) é comum em pacientes com cirrose e pode predispor ao desenvolvimento de SHR.

Hipotensão Arterial Sistêmica 

A vasodilatação esplâncnica e a redução da pressão arterial sistêmica desempenham um papel crucial na patogênese da SHR.

Infecções 

Infecções bacterianas, como peritonite bacteriana espontânea, são gatilhos frequentes para o desenvolvimento de SHR.

Fisiopatologia da síndrome hepatorrenal

A fisiopatologia da síndrome hepatorrenal envolve uma complexa interação de fatores hemodinâmicos e hormonais:

Vasodilatação Esplâncnica

Em pacientes com cirrose, há uma vasodilatação significativa dos vasos esplâncnicos devido ao aumento de substâncias vasodilatadoras, como o óxido nítrico, ocasionando um roubo de fluxo e hipoperfusão renal.

Redução do Volume Arterial Eficaz

A vasodilatação esplâncnica leva a uma redução do volume arterial efetivo, que é percebido pelos rins como hipovolemia.

Ativação Neuro Hormonal 

Para compensar a aparente hipovolemia, ocorre a ativação dos sistemas renina-angiotensina-aldosterona (RAA) e simpático, resultando em vasoconstrição renal intensa.

Sistema renina-angiotensina-aldosterona. Fonte: Hepcentro
Sistema renina-angiotensina-aldosterona. Fonte: Hepcentro

Diminuição do Fluxo Sanguíneo Renal

A vasoconstrição renal reduz o fluxo sanguíneo para os rins, causando insuficiência renal funcional.

Fisiopatologia da Síndrome Hepatorenal segundo a teoria da vasodilatação. DPPI: derivação percutânea portossistêmica intra hepática. Fonte: Revista Gastroenterología y Hepatología - Elsevier
Fisiopatologia da Síndrome Hepatorenal segundo a teoria da vasodilatação. DPPI: derivação percutânea portossistêmica intra hepática. Fonte: Revista Gastroenterología y Hepatología - Elsevier

Quais são os sintomas?

Os sintomas da síndrome hepatorrenal (SHR) podem ser sutis e inespecíficos, especialmente em estágios iniciais, tornando o diagnóstico precoce um desafio. No entanto, à medida que a doença progride, os pacientes podem apresentar uma série de sinais e sintomas. 

Um dos sintomas mais evidentes é a redução da diurese, onde há uma diminuição significativa na produção de urina, frequentemente acompanhada de oligúria, definida como uma produção de urina inferior a 500 ml por dia. Este é um sinal alarmante de comprometimento renal.

Além disso, a ascite refratária, que é a acumulação de líquido no abdômen que não responde ao tratamento diurético, é uma característica comum da SHR. Este acúmulo de líquido pode causar desconforto abdominal significativo e é frequentemente um indicador de que a função renal está deteriorando-se. Outro sintoma associado é o edema generalizado, caracterizado por inchaço nas pernas, tornozelos e, ocasionalmente, no abdômen, devido à retenção de líquidos.

Ascite. Fonte: Heptocentro
Ascite. Fonte: Heptocentro

Pacientes com SHR também frequentemente relatam fadiga e fraqueza. Estes sintomas são atribuíveis tanto à insuficiência renal quanto à hepática concomitante, refletindo o estado geral de debilidade do paciente. Além disso, podem ocorrer alterações mentais, como confusão e encefalopatia hepática, que são indicativas de uma disfunção hepática significativa que afeta o cérebro. Estas alterações mentais podem variar de leves, como dificuldade de concentração e irritabilidade, a severas, incluindo desorientação e coma hepático.

Preparatórios EMR
A Metodologia ideal para ser aprovado na Residência Médica ou Revalida

Prepare-se através de uma metodologia testada e aprovada nas principais provas de concurso médico do Brasil.

Saiba mais
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Como fazer o diagnóstico da síndrome hepatorrenal?

O diagnóstico da síndrome hepatorrenal é primariamente clínico e envolve a exclusão de outras causas de insuficiência renal em pacientes com doença hepática avançada. Os critérios de diagnóstico incluem a presença de doença hepática avançada com insuficiência hepática e ascite, uma taxa de filtração glomerular (TFG) baixa, frequentemente evidenciada por níveis de creatinina sérica superiores a 1,5 mg/dL. 

Além disso, é crucial a ausência de choque, hipovolemia ou outras causas aparentes de insuficiência renal. Um aspecto chave do diagnóstico é a não melhora significativa da função renal após a administração de albumina intravenosa, que ajuda a excluir outras causas de insuficiência renal como necrose tubular aguda. A ecografia renal normal, sem evidência de obstrução ou doença renal parenquimatosa, também é necessária para confirmar o diagnóstico.

Veja Também:

  • Conheça as 10 residências médicas mais concorridas no Brasil
  • Gastroenterologia: residência médica, salário, rotina e mais
  • Residência médica em Clínica Médica: rotina, áreas de atuação e Salário

Tratamento

O tratamento da SHR é desafiador e visa principalmente melhorar a perfusão renal e tratar a doença hepática subjacente. A terapia com vasoconstritores, como a terlipressina 2 mg/dia, combinada com albumina intravenosa 20-40 g/dia, pode melhorar a perfusão renal ao contrair os vasos sanguíneos e aumentar a pressão arterial. Este tratamento visa reverter a vasodilatação esplâncnica e restaurar o fluxo sanguíneo renal. 

Caso não haja redução de 25% da creatinina basal, a dose da terlipressina pode ser aumentada, a cada 2 dias, em 1 mg/dia até a dose máxima de 12 mg/dia. O tratamento deve  ser interrompido quando a creatinina retornar para até 0,3 mg/dL acima do basal, ou após o tempo máximo de 14 dias.

Paracenteses de grande volume podem ser usadas para reduzir a pressão intra-abdominal em pacientes com ascite significativa, aliviando o desconforto e ajudando a melhorar a função respiratória e renal.

O transplante de fígado é considerado a única cura definitiva para pacientes com síndrome hepatorrenal tipo 1 ou tipo 2, pois aborda a causa subjacente da disfunção renal e hepática. O transplante hepático pode melhorar significativamente a sobrevida a longo prazo e a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, devido à escassez de doadores de órgãos, muitos pacientes precisam de tratamento de suporte enquanto aguardam o transplante.

A diálise pode ser necessária como medida de suporte para pacientes com insuficiência renal grave até que o transplante hepático possa ser realizado. A diálise ajuda a remover as toxinas acumuladas no sangue devido à insuficiência renal, mas não altera o curso da SHR.

Conclusão

A síndrome hepatorrenal é uma complicação devastadora da doença hepática avançada, caracterizada por insuficiência renal funcional e prognóstico ruim. A detecção precoce e o manejo adequado são essenciais para melhorar os desfechos clínicos. Embora as opções de tratamento sejam limitadas, a terapia com vasoconstritores e o transplante hepático oferecem esperança para muitos pacientes. Profissionais de saúde devem estar atentos aos sinais e sintomas da SHR para proporcionar o melhor cuidado possível aos seus pacientes.

Leia mais:

  • Doença Hepática Crônica: etiologias, complicações e tratamento
  • Doença hepática gordurosa não alcóolica
  • Insuficiência hepática aguda: causa, diagnóstico e tratamento
  • Você domina o manejo das hepatites virais?
  • Carcinoma hepatocelular: o que é, causas, sintomas e tratamento

‍

FONTES:

  • Manual do Residente de Clínica Médica . 3. ed. Santana de Parnaíba [SP]: Manole, 2023.
  • Harrison's Principles of Internal Medicine. 21. ed. [S. l.: s. n.], 2022.
  • Medicina de emergência: abordagem prática. 17. ed. [S. l.]: Manole, 2023.
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos
O que achou deste conteúdo?

Artigos recentes

ENADE, ENAMED e ENARE: Entenda as diferenças entre as provas
Dicas
•
24/11/25
ENADE, ENAMED e ENARE: Entenda as diferenças entre as provas
Resultado da primeira etapa do processo seletivo de Residência Médica da PUC-PR
Editais
•
18/11/25
Resultado da primeira etapa do processo seletivo de Residência Médica da PUC-PR
O que é e como funciona a subespecialização (R+)?
Carreira
•
6/11/25
O que é e como funciona a subespecialização (R+)?
Revalida 2025/1: resultado final do exame
Editais
•
3/11/25
Revalida 2025/1: resultado final do exame
Ver todos os artigos

Biblioteca de Conteúdos Gratuitos Eu Médico Residente!

Já imaginou ter ACESSO GRATUITO a mais de 100 horas de aulas, Guias da Aprovação, ebooks e muitos outros?

Conheça a nossa Biblioteca, com conteúdos gratuitos preparados por nosso time de professores, para te ajudar na aprovação da sua banca de escolha!

bolt Acesse gratuitamente!
Preencha o formulário para acessar o teste grátis!
Ao confirmar sua inscrição você estará de acordo com a nossa Política de Privacidade.
Logomarca Eu Médico Residente

Cursos

  • Extensivos R1 2026
  • Extensivos R+ 2026
  • Extensivos Bases 2026
  • Extensivos 4º ano ENAMED
  • Ver todos

Institucional

  • Sobre
  • Eventos
  • Blog
  • Ajuda
  • Parceiros EMR
  • Fidelize e Ganhe
  • Soluções para IES
  • Contato

Endereço

Av. Marquês de Olinda, nº 302, andar 004, Bairro do Recife - Recife- PE, CEP 50030-000

Nossas redes

EMR Eu Médico Residente Ensino Ltda © 2025. Todos os direitos reservados. CNPJ: nº 34.730.954/0001-71
Termos de usoPolítica de Privacidade