A oxiurose é uma parasitose intestinal causada por um nematelminto, sendo uma das mais comuns do mundo. É uma infecção comum em crianças, mas pode acometer qualquer indivíduo, com altas taxas de cura. Gera um quadro típico de prurido anal, bastante incômodo, podendo gerar infecções secundárias e prejudicar o sono.
Neste post iremos abordar a oxiurose, o seu quadro clínico e como tratar!
O que é oxiurose?
A oxiurose, também chamada enterobiose, é uma infecção causada pelo nematelminto Enterobius vermiculares. Ela gera um quadro de prurido anal característico e muito incômodo.
O E. vermicularis é um organismo que vive principalmente no íleo e no ceco. Depois que os ovos são ingeridos, eles levam cerca de 1 a 2 meses para se transformarem em vermes adultos, o que acontece no intestino delgado. Geralmente não causam sintomas quando confinados à área ileocecal. As fêmeas de vermes adultos e óvulos migram para a região anal principalmente à noite e depositam milhares de ovos na região perianal, gerando prurido.
Como ocorre a transmissão da oxiurose?
A transmissão da oxiurose se dá, principalmente, por via fecal-oral, geralmente ao ingerir alimentos contaminados ou não lavar as mãos após entrar em contato com ovos e se alimentar. Raramente, a transmissão pode ocorrer por inalação. Os humanos são o único hospedeiro dessa infecção, sendo pessoas de clima tropical e crianças em idade escolar as mais vulneráveis. Os fatores de risco incluem falta de higiene, comer sem lavar mãos e viver com um indivíduo identificado com ovo positivo.
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Sintomas de oxiurose
Aproximadamente, um terço dos pacientes são assintomáticos. Entre os sintomáticos, o sintoma mais comum é o prurido anal, causado pela eclosão dos ovos na região. Além disso, pode ser visto um eritema perianal, devido prurido, que pode evoluir com infecção bacteriana. O prurido pode levar a distúrbios do sono, insônia e irritabilidade. Em meninas, pela proximidade, pode causar infecções geniturinárias. Alguns pacientes podem ter um quadro de diarreia associado.
Em alguns casos mais raros, a dor abdominal e outras complicações graves, como apendicite, podem ocorrer devido ao bloqueio do lúmen do apêndice por vermes ou à inflamação ao redor do apêndice.
Diagnóstico
A oxiurose pode ser diagnosticado clinicamente, pelo quadro clínico típico e até mesmo visualização das larvas na região anal. Para confirmação, pode ser feito um teste da fita durex ou Método de Graham, onde uma fita adesiva é aplicada na região perianal e depois é examinado no microscópio. O exame pode revelar óvulos ou vermes da oxiurose. O exame geralmente é feito no início da manhã e, se negativo por cinco manhãs consecutivas, o diagnóstico está descartado.
O parasitológico de fezes não é útil no diagnóstico de E. vermicularis, pois nem sempre os ovos são excretados nas fezes, porém pode ser útil no diagnóstico diferencial, que inclui outras parasitoses, fissura anal, hemorroida, dermatite atópica, vaginose etc.
Tratamento para oxiurose
O tratamento é feito com anti-helmínticos, como albendazol, feito em dose única 400 mg seguida de dose repetida em 2 semanas. Outra opção é o mebendazol, dose única de 100 mg repetido em 2 semanas também.
Outros medicamentos que têm sido utilizados no tratamento da enterobíase são a ivermectina e a piperazina, embora esta última apresente menor eficácia e maior toxicidade. A enterobíase pode causar reinfecção recorrente, portanto, é recomendado tratar toda a família, sintomática ou não, para prevenir a recorrência, além de trocar toalhas e lençois diariamente durante o tratamento.
Prevenção da oxiurose
A prevenção da oxiurose é feito por meio de medidas de higiene como: Lavar as mãos com sabão e água morna após usar o banheiro, após trocar fraldas e antes de manipular alimentos; lavar roupas, roupas de cama e brinquedos com frequência; evitar contato oral-anal durante o sexo; evitar coçar região anal e cortar unhas.
Conclusão
A oxiurose é uma parasitose intestinal comum, principalmente em crianças, causada pelo Enterobius vermiculares, transmitido por via fecal-oral. Gera uma quadro típico de prurido geral, gerado pela proliferação do verme nessa região. O tratamento é feito com uso anti-helmínticos, como albendazol, e tem bom prognóstico.
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FONTE:
- RAWLA, Prasanth; SHARMA, Sandeep. Enterobius Vermicularis - StatPearls - NCBI Bookshelf