Logomarca Eu Médico Residente
Preparatórios
SemiExtensivo R1 2025
NOVO
Extensivo R1 2025
Extensivo R+ CM 2025
Extensivo Bases 2025
Intensivos R1 2025
Lista de Espera
Ver todos
Mural dos Aprovados
Central da Residência
Blog
Medtrack
Materiais
Segredos na Aprovação 2025
Bahia (SUS-BA)
14/06
Acessar a Central
Área do Aluno
account_circle
Teste grátis
bolt
/
Blog
/
Estudo
/
Derrame pleural: o que é, sintomas e formas de tratamento
Estudo
•
Publicado em
10/8/22

Derrame Pleural: o que é, causas e tratamento

Derrame Pleural: o que é, causas e tratamento
Escrito por:
No items found.
Beatriz Lages Zolin
Compartilhe este artigo

Índice

Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6

O derrame pleural (DP) é uma manifestação clínica que gera sintomas como falta de ar e dor pleurítica (piora ao respirar) ou até sinais mais graves como tiragens intercostais. 

Pode ocorrer por diversas doenças, tanto as de evolução benigna como maligna. Sendo assim, é muito importante que haja investigação da causa, a partir da avaliação das características do líquido.

O tratamento do derrame pleural é feito com métodos que aliviam os sintomas, no entanto, se não houver correto manejo da etiologia, pode haver recidivas.

O que é derrame pleural?

O derrame pleural é o excesso de líquido no espaço pleural (ocorre quando a produção é maior que a reabsorção), onde normalmente tem apenas uma fina camada de fluido que permite a correta expansão e retração dos pulmões dentro da caixa torácica.

O líquido pleural (LP) surge a partir do extravasamento de plasma de capilares da pleura, dos espaços intersticiais dos pulmões ou pela passagem de líquido peritoneal por pequenos orifícios do diafragma.

Existem duas classificações para o LP, pode ser do tipo transudato (quantidade mínima de proteínas ou celularidade) ou exsudato (mais relacionado a processos inflamatórios, com alta celularidade e quantidade de proteínas).

Diagnóstico

Investigação diagnóstica dos derrames pleurais. LP: líquido pleural; EP: embolia pulmonar; ICC: insuficiência cardíaca congestiva; LDH (desidrogenase láctica); TC: tomografia computadorizada; TB: tuberculose. Fonte: Harrison 20ª edição.
Investigação diagnóstica dos derrames pleurais. LP: líquido pleural; EP: embolia pulmonar; ICC: insuficiência cardíaca congestiva; LDH (desidrogenase láctica); TC: tomografia computadorizada; TB: tuberculose. Fonte: Harrison 20ª edição

Suspeita-se de derrame pleural quando no exame físico houver egofonia, macicez à percussão e frêmito toracovocal alterado. 

O diagnóstico é feito com Raio X (em decúbito lateral) ou USG (mais utilizado, pois permite monitorização durante a toracocentese).

Após confirmar esta manifestação clínica, é necessário prosseguir para o diagnóstico etiológico. O primeiro passo é diferenciar se é do tipo transudato ou exsudato, através dos critérios de Light.

CRITÉRIOS DE LIGHT
Critérios Transudato Exsudato
Relação entre proteína do líquido pleural e sérica ≤ 0,5 > 0,5
Relação entre DHL do líquido pleural e sérica ≤ 0,6 > 0,6
DHL no LP > 2/3 do limite superior no soro Não Sim
Critérios de Light para diferenciação de transudatos e exsudatos. LP: líquido pleural; DHL: desidrogenase láctica; Fonte: Reprodução/EMR/Beatriz Lages Zolin

O derrame pleural de transudato possui causas sistêmicas, que geram hipoalbuminemia (baixa pressão oncótica) ou diminuem o retorno venoso (menor reabsorção), como a cirrose, insuficiência cardíaca ou nefroses.

Enquanto isso, o derrame pleural de exsudato surge a partir de doenças locais, como pneumonias, neoplasias, infecções virais e embolia pulmonar.

Todos LP identificados como exsudato devem prosseguir a investigação etiológica com mais avaliações (citologia, culturas, taxa de glicose e marcadores de tuberculose), já os transudatos irão precisar de mais análises em casos específicos.

Preparatórios EMR
A Metodologia ideal para ser aprovado na Residência Médica ou Revalida

Prepare-se através de uma metodologia testada e aprovada nas principais provas de concurso médico do Brasil.

Saiba mais
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Etiologias

Insuficiência Cardíaca (IC)

A insuficiência cardíaca causa uma menor reabsorção do líquido pleural. Normalmente o derrame pleural por IC é transudativo, bilateral, indolor e afebril. 

Caso alguma dessas características sejam diferentes, suspeitar de outra etiologia associada e realizar toracocentese diagnóstica.

Cirrose

Na cirrose, o derrame pleural ocorre quando o líquido da ascite atravessa orifícios diafragmáticos. Ela é do tipo transudato, volumoso, comumente unilateral (à direita) e o paciente apresenta dispnéia.

Derrame Pleural Parapneumônico (DPP)

O DPP é a causa mais comum de DP exsudativo, ocorrendo por pneumonias bacterianas, abscessos ou bronquiectasias. 

Os sintomas são dor torácica (pleurítica, piora quando respira, tosse ou espirra), febre, expectoração, leucocitose, anemia e perda de peso.

Esta disfunção pode ser simples, complicada ou evoluir para um empiema. 

DPP simples

O simples corresponde a maioria dos casos e pode passar despercebido, sendo tratado com a terapia habitual para pneumonia (antibiótico). 

DPP complicado

O DPP complicado é constituído por um exsudato mais turvo, DHL aumentado, tem pH < 7,2, e glicose menor que 60 mg/dl, podendo conter bactérias. 

Este tipo tende a não ter resolução espontânea, precisando de toracocentese ou drenagem torácica.

OBS: a toracocentese é indicada quando houver >10 mm de DP entre pulmão e caixa torácica e drenagem se tiver pH < 7,2, >1/2 hemitórax ocupado ou glicose <60 mg/dl. Se houver loculações no LP, pode-se administrar agentes fibrinolíticos antes da drenagem.

Empiema

O empiema é a evolução do DPP complicado, em que o líquido é grosseiramente purulento e necessita de drenagem pleural (mais invasiva que a toracocentese).

Fatores de risco e conduta sugerida em pacientes com DPP e empiema. Fonte: Scielo https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/JJTM57SJdx8pq4QZMk5yXMw/?lang=pt
Fatores de risco e conduta sugerida em pacientes com DPP e empiema. Fonte: Scielo

Caso o problema persista após as toracocenteses e drenagens, pode-se realizar a pleuroscopia, toracoscopia e decorticação, mas que são muito mais invasivos.

Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Neoplasias malignas

Os carcinomas de pulmão, mama e linfomas são a segunda maior causa de derrame pleural exsudativo e geralmente o volume é pequeno, apesar de gerar muita dispneia nos pacientes. O LP costuma ter glicose <60 mg/dl.

Vale salientar que, a maioria desses pacientes está com doença muito avançada e não curável por quimioterapia. O tratamento é realizado com toracocenteses de alívio e pode-se até colocar um cateter de demora ou realizar pleurodese (obliteração do espaço pleural).

Mesotelioma

Mesotelioma é um tumor primário de células que revestem as cavidades pleurais, sendo que na maioria dos casos há associação com exposição ao asbesto. 

O diagnóstico é confirmado por biópsia. Acompanha os sintomas de dor e falta de ar.

Embolia Pulmonar (EP)

Essa etiologia costuma ser despercebida na investigação diagnóstica de derrames pleurais. 

A dispneia é comum e o LP quase sempre é exsudato. O diagnóstico é confirmado pela TC helicoidal ou arteriografia pulmonar.

O tratamento de derrame pleural por embolia pulmonar é o mesmo recomendado para todos os pacientes com êmbolos pulmonares. 

Tuberculose (TB)

O derrame pleural da tuberculose é exsudativo e há alta celularidade, com predominância de linfócitos. 

Os sintomas associados são perda de peso, febre, dispneia e dor. O diagnóstico é confirmado por culturas ou presença de ADA (adenosina desaminase).

O tratamento baseia-se no correto manejo da tuberculose.

Infecções virais

Infecções virais são responsáveis por uma porcentagem expressiva dos DP exsudativos sem etiologia determinada (20%), e não se deve prosseguir com investigação etiológica se o paciente demonstrar melhora clínica (geralmente há resolução espontânea).

Causas diversas

Existem muitas outras causas de DP e algumas possuem características específicas, como na DP por ruptura de esôfago ou doença pancreática, em que a amilase no LP é elevada ou T4 sérico diminuído nos casos de transudato por mixedema.

Conclusão

O derrame pleural é uma manifestação clínica de diversas doenças, sendo ela diagnosticada por exames de imagem. 

Pode ser do tipo transudato ou exsudato, a depender da composição do líquido, podendo se diferenciar com os critérios de Light.

O tratamento vai depender da etiologia e da extensão do derrame pleural, podendo precisar de procedimentos como toracocentese ou drenagem torácica.

Leia mais:

  • Tuberculose congênita e perinatal: o que é, identificação e abordagem
  • Asma: diagnóstico em crianças menores de 5 anos é difícil
  • Saiba mais sobre a pneumonia adquirida em comunidade

FONTES:

  • Manual de Medicina Harrison 20ª edição
  • Derrame Pleural Parapneumônico e empiema Marchi, E., Lundgren, F., & Mussi, R. (2006)
O que achou deste conteúdo?

Artigos recentes

Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Dicas
•
13/6/25
Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Dicas
•
12/6/25
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Dicas
•
11/6/25
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Estudo
•
10/6/25
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Ver todos os artigos

Cadastre-se no Medicina Diária para receber novidades em primeira mão sobre o ENAMED!

Ao confirmar sua inscrição você estará de acordo com a nossa Política de Privacidade.
Logomarca Eu Médico Residente

Cursos

  • Extensivo R1 2025
  • Extensivo R+ CM 2025
  • Extensivo Bases 2025
  • Ver todos

Institucional

  • Sobre
  • Eventos
  • Blog
  • Ajuda
  • Parceiros EMR
  • Fidelize e Ganhe
  • Soluções para Instituições
  • Contato

Endereço

Av. Marquês de Olinda, nº 302, andar 004, Bairro do Recife - Recife- PE, CEP 50030-000

Nossas redes

EMR Eu Médico Residente Ensino Ltda © 2025. Todos os direitos reservados. CNPJ: nº 34.730.954/0001-71
Termos de usoPolítica de Privacidade

Nós utilizamos cookies. Ao navegar no site estará consentindo a sua utilização. Saiba mais sobre o uso de cookies.

Certo, entendi