Logomarca Eu Médico Residente
Preparatórios
SemiExtensivo R1 2025
NOVO
Extensivo R1 2025
Extensivo R+ CM 2025
Extensivo Bases 2025
Intensivos R1 2025
Lista de Espera
Ver todos
Mural dos Aprovados
Central da Residência
Blog
Medtrack
Materiais
Segredos na Aprovação 2025
Bahia (SUS-BA)
14/06
Acessar a Central
Área do Aluno
account_circle
Teste grátis
bolt
/
Blog
/
Estudo
/
Trauma abdominal: quais exames devem ser solicitados?
Estudo
•
Publicado em
9/12/21

Qual exame devemos solicitar para o paciente com trauma abdominal?

Qual exame devemos solicitar para o paciente com trauma abdominal?
Escrito por:
No items found.
Ellen Kosminsky
Compartilhe este artigo

Índice

Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6

Lesões abdominais podem passar despercebidas na avaliação do paciente traumatizado. Isso ocorre porque a rotura de vísceras ocas e sangramentos de vísceras maciças podem não ser facilmente reconhecíveis pelo médico. 

Assim, o paciente pode ter perdas sanguíneas importantes, sem, entretanto, causar grandes mudanças na sua aparência externa, sinais de irritação peritoneal ou mudanças no volume abdominal. 

Por isso, reconhecer qual o melhor exame a ser solicitado para cada paciente, a fim de avaliar possíveis lesões, é fundamental na prática médica. São eles o raio-X de tórax, a tomografia computadorizada (TC) e o lavado peritoneal diagnóstico (LPD). E mais, a ultrassonografia FAST. 

Portanto, não perca mais um post para contribuir com a sua formação!

Qual o exame de imagem mais adequado para o paciente com trauma abdominal?

Radiografia de tórax AP

A radiografia de tórax AP é recomendada para avaliação do paciente com trauma fechado multissistêmico. Entretanto, caso o indivíduo esteja hemodinamicamente instável e com ferimentos penetrantes, o exame radiográfico não é necessário.

Já os pacientes hemodinamicamente estáveis com lesão toracoabdominal suspeita ou com trauma penetrante acima da cicatriz umbilical podem se beneficiar de uma radiografia. Isso para excluir possível presença de hemotórax ou pneumotórax. Ou ainda, para excluir presença de ar intraperitoneal. Observe a imagem abaixo.

Raio-X em posição supina. Observe que o hemitórax direito apresenta aumento da radiopacidade, e que há desvio da linha média para a esquerda. Perceba também fraturas de costelas. Achados característicos de hemotórax direito. Fonte: https://radiopaedia.org/cases/large-traumatic-haemothorax
Raio-X em posição supina. Observe que o hemitórax direito apresenta aumento da radiopacidade, e que há desvio da linha média para a esquerda. Perceba também fraturas de costelas. Achados característicos de hemotórax direito. Fonte: Radiopaedia
Preparatórios EMR
A Metodologia ideal para ser aprovado na Residência Médica ou Revalida

Prepare-se através de uma metodologia testada e aprovada nas principais provas de concurso médico do Brasil.

Saiba mais
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma)

A ultrassonografia (USG) FAST é um exame que, quando realizado por profissional experiente, é uma ferramenta rápida, acessível e executável para identificação de fluidos livres na cavidade intraperitoneal.

Consiste na avaliação de quatro regiões: o saco pericárdico, o espaço hepatorrenal (de Morrison), esplenorrenal e a pelve ou fundo de saco de Douglas. 

Observe a seguir. Ele demonstra o colabamento do átrio direito (VD) devido ao acúmulo de líquido no espaço pericárdico. Isso ocorre quando a pressão no espaço pericárdico excede a pressão da câmara.

Para mais, observe a tabela abaixo com as principais vantagens e desvantagens, bem como indicações para a realização do USG FAST.

Vantagens • Indicação precoce de laparotomia
• Não invasivo
• Rápido
• Pode ser repetido
• Pode ser realizado na sala de trauma
Desvantagens • Operador dependente
• Gás intra-abdominal ou subcutâneo distorcem as imagens
• Pode perder lesões diafragmáticas, intestinais e pancreáticas
• Não acessa o retroperitônio
• Não visualiza gás extra luminal
• Obesidade pode comprometer a nitidez da imagem
Indicações • Instabilidade hemodinâmica no trauma abdominal fechado
• Lesões penetrantes abdominais sem qualquer outra indicação imediata de laparotomia

Lavado peritoneal diagnóstico (LPD)

O LPD é um exame invasivo, e que deve ser executado pela equipe cirúrgica. Entretanto, em locais com disponibilidade de USG FAST e tomografia, esse procedimento raramente é feito.

É necessário realizar a descompressão gástrica e urinária para evitar complicações. As sondas gástricas são inseridas para aliviar possível dilatação gástrica aguda, diminuindo a incidência de aspiração.

Já a sondagem vesical tem como objetivo avaliar possíveis sangramentos, aliviar retenções e monitorar o débito urinário do paciente. Entretanto, quando houver indicação de FAST, é útil retardar a colocação da sonda, porque a bexiga cheia facilita a obtenção das imagens pelo USG.

O LPD normalmente é feito quando o paciente está hemodinamicamente instável com trauma abdominal fechado, ou com trauma penetrante com múltiplas entradas ou aparente trajeto tangencial. Além disso, em pacientes hemodinamicamente estáveis, quando não houver disponibilidade da TC ou do USG.

Os achados do LPD que indicam laparotomia são a presença de conteúdo gastrointestinal, fibras vegetais e bile na aspiração. Caso haja aspiração de 10mL de sangue ou mais em pacientes hemodinamicamente instáveis, a laparotomia é requerida.

Vantagens • Indicação precoce de laparotomia
• Rápido
• Pode detectar lesão intestinal
• Realizado na sala de trauma
Desvantagens • Invasivo
• Risco inerente ao procedimento
• Necessita de descompressão gástrica e urinária
• Não pode ser repetido
• Interfere na interpretação de TC e FAST subsequente
• Perde lesões diafragmáticas
Indicações • Instabilidade hemodinâmica no trauma abdominal fechado
• Lesões penetrantes abdominais sem qualquer indicação imediata de laparotomia

Leia mais:

  • Trauma torácico: lesões com risco imediato à vida
  • ABCDE do Trauma: O que significa, Origem e Como Aplicar?
  • Traumatismo cranioencefálico (TCE): tipos de lesão e manejo do paciente
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos

Tomografia Computadorizada

A TC é um exame que permite a visualização de lesões difíceis de avaliar pelo LPD e pelo FAST. Exemplo disso são as extensões de lesão em órgãos específicos, bem como em órgãos retroperitoneais e pélvicos. Observe a imagem abaixo.

Tomografia de abdome sem contraste. A seta branca aponta para coágulo causado por hemoperitônio após trauma abdominal. Fonte:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3216157/
Tomografia de abdome sem contraste. A seta branca aponta para coágulo causado por hemoperitônio após trauma abdominal. Fonte: NCBI

Entretanto, por ser um exame que requer deslocamento do paciente da sala de reanimação para o setor de radiologia, inserção de contraste endovenoso e exposição à radiação, a TC deve ser feita apenas em pacientes hemodinamicamente estáveis e sem indicação inicial para laparotomia.

Para mais, as contraindicações relativas são a demora em realizar o exame, alergia a contraste e a falta de colaboração do paciente. Observe a tabela abaixo com as principais indicações desse exame.

Vantagens • Diagnóstico anatômico
• Não invasivo
• Pode ser repetido
• Visualiza o retroperitônio
• Visualizar tecidos moles e ossos
• Visualiza ar extra luminal
Desvantagens • Alto custo e demorado
• Exposição à radiação e contraste
• Pode perder lesões diafragmáticas
• Pode perder lesões de intestino delgado e pancreáticas
• Requer transporte da sala de trauma
Indicações • Paciente estável com trauma abdominal fechado ou penetrante
• Trauma penetrante no dorso e flanco sem qualquer outra indicação imediata de laparotomia

Por fim, deve-se realizar uma TC em pacientes vítimas de trauma abdominal fechado que apresentem dor abdominal, tenham sido vítimas de trauma com energia cinética importante e FAST anormal. 

Bem como presença de hematúria macroscópica, ou quando o exame físico abdominal não for confiável, como nos casos de rebaixamento do nível de consciência.

Fontes:

  • SUEOKA, J., ABGUSSEN, C. APH - Resgate - Emergência em Trauma. Rio de Janeiro: Elsevier Editora LTDA, 2019.
  • VELASCO, I. T. Medicina de Emergência: Abordagem Prática. 14ª edição. Barueri: Manoele, 2020.
O que achou deste conteúdo?

Artigos recentes

Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Dicas
•
13/6/25
Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Dicas
•
12/6/25
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Dicas
•
11/6/25
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Estudo
•
10/6/25
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Ver todos os artigos

Cadastre-se no Medicina Diária para receber novidades em primeira mão sobre o ENAMED!

Ao confirmar sua inscrição você estará de acordo com a nossa Política de Privacidade.
Logomarca Eu Médico Residente

Cursos

  • Extensivo R1 2025
  • Extensivo R+ CM 2025
  • Extensivo Bases 2025
  • Ver todos

Institucional

  • Sobre
  • Eventos
  • Blog
  • Ajuda
  • Parceiros EMR
  • Fidelize e Ganhe
  • Soluções para Instituições
  • Contato

Endereço

Av. Marquês de Olinda, nº 302, andar 004, Bairro do Recife - Recife- PE, CEP 50030-000

Nossas redes

EMR Eu Médico Residente Ensino Ltda © 2025. Todos os direitos reservados. CNPJ: nº 34.730.954/0001-71
Termos de usoPolítica de Privacidade

Nós utilizamos cookies. Ao navegar no site estará consentindo a sua utilização. Saiba mais sobre o uso de cookies.

Certo, entendi