Logomarca Eu Médico Residente
Preparatórios
SemiExtensivo R1 2025
NOVO
Extensivo R1 2025
Extensivo R+ CM 2025
Extensivo Bases 2025
Intensivos R1 2025
Lista de Espera
Ver todos
Mural dos Aprovados
Central da Residência
Blog
Medtrack
Materiais
Segredos na Aprovação 2025
Bahia (SUS-BA)
14/06
Acessar a Central
Área do Aluno
account_circle
Teste grátis
bolt
/
Blog
/
Estudo
/
Aprenda a diferença entre a hemorragia extradural e subdural
Estudo
•
Publicado em
7/5/21

Trauma cranioencefálico: você sabe diferenciar a hemorragia extradural e subdural?

Trauma cranioencefálico: você sabe diferenciar a hemorragia extradural e subdural?
Escrito por:
No items found.
Ellen Kosminsky
Compartilhe este artigo

Índice

Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6
Example H2
Example H3
Example H4
Example H5
Example H6

JANS, 18 anos, sexo masculino, é levado ao posto de saúde após queda de motocicleta. A mãe, que o trouxe, refere que ele não estava usando capacete e “bateu a cabeça no chão”, ficando inconsciente por 10 minutos. Além disso, o paciente refere dor de cabeça intensa após o acidente. Para avaliá-lo, pede-se inicialmente uma tomografia de crânio (TC) sem contraste, que é um excelente exame para avaliar possíveis hemorragias. 

TC de crânio sem contraste com achado de hiperdensidade do lado esquerdo em formato biconvexo, com limites bem definifos, na região temporal-parietal. Fonte: Radiopaedia
TC de crânio sem contraste com achado de hiperdensidade do lado esquerdo em formato biconvexo, com limites bem definifos, na região temporal-parietal. Fonte: Radiopaedia

Hemorragia extradural

Considerando o contexto do trauma, o achado de hiperdensidade em formato biconvexo e a idade, é possível concluir que o paciente do caso acima apresenta uma hemorragia extradural. Nela, há a separação da dura-máter e da superfície interna da calota craniana, onde o sangue é acumulado. Em adolescentes e jovens adultos, o sangramento normalmente decorre da ruptura da artéria meníngea média (75%), estando associada à fratura de crânio. 

Representação da hemorragia extradural. Essas normalmente são unilaterais (95%), localizando-se principalmente nos ossos temporais e parietais (60%). Normalmente não ultrapassam as suturas cranianas, mas a depender do tamanho da lesão, podem produzir efeitos de massa, como colabamento dos ventrículos, desvio da linha média e herniações. Acometem principalmente a parte petrosa do osso temporal. Fonte: Radiopaedia
Representação da hemorragia extradural. Essas normalmente são unilaterais (95%), localizando-se principalmente nos ossos temporais e parietais (60%). Normalmente não ultrapassam as suturas cranianas, mas a depender do tamanho da lesão, podem produzir efeitos de massa, como colabamento dos ventrículos, desvio da linha média e herniações. Acometem principalmente a parte petrosa do osso temporal. Fonte: Radiopaedia

Em idosos, esse tipo de hemorragia é menos frequente, devido à dura-máter estar bem aderida ao crânio. Após o trauma, o paciente pode permanecer lúcido por várias horas após o evento, ou pode ter a síncope e retomar a consciência pouco tempo depois. Caso ele não seja avaliado logo após o acidente, a perda da consciência pode se tornar cada vez mais frequente, caracterizando o intervalo lúcido.  

Leia mais: ITU no público pediátrico: Quando pedir exame de imagem?

Por isso, é preciso realizar exames de imagem após o acidente, visto que o hematoma extradural tem capacidade de expansão rápida e é considerado uma emergência neurocirúrgica. Ademais, o indivíduo pode apresentar uma cefaleia intensa devido ao deslocamento gradual da dura-máter da calota craniana. 

TC sem contraste com achado de hiperdensidade em formato biconvexo do lado esquerdo do paciente. As setas apontam para o desvio da linha média, que ocorre devido ao efeito de massa que o hematoma exerce sobre a massa encefálica. Além disso, há o colabamento do ventrículo esquerdo e dilatação do ventrículo direito, também devido ao efeito de massa. Fonte: Radiopaedia
TC sem contraste com achado de hiperdensidade em formato biconvexo do lado esquerdo do paciente. As setas apontam para o desvio da linha média, que ocorre devido ao efeito de massa que o hematoma exerce sobre a massa encefálica. Além disso, há o colabamento do ventrículo esquerdo e dilatação do ventrículo direito, também devido ao efeito de massa. Fonte: Radiopaedia

Hemorragia subdural

MSS, 82 anos, sexo feminino, é levada pela filha ao hospital devido a uma queda da própria altura, em casa, com “pancada na cabeça”. Paciente com Escala de Coma de Glasgow 13 e queixa de cefaleia. Para avaliar possíveis hemorragias, você pede, novamente, uma TC sem contraste.

Setas apontam para área hiperdensa no hemisfério direito do paciente, em formato de “meia lua” ou de “banana”. Achado característico da hemorragia subdural. Fonte: Radiology Assistant
Setas apontam para área hiperdensa no hemisfério direito do paciente, em formato de “meia lua” ou de “banana”. Achado característico da hemorragia subdural. Fonte: Radiology Assistant

A hemorragia subdural é mais suscetível em idosos, devido a atrofia fisiológica cerebral que, durante o trauma, permite o maior deslocamento da massa encefálica dentro da calota craniana, facilitando a formação de hematomas. Ela se localiza no espaço subdural, entre a dura-máter e a aracnóide, representando 15% de todas as hemorragias intracranianas após algum trauma. 

Leia mais: Enxaqueca

Nesse caso, a laceração ocorre nas veias ponte entre o córtex e o seio sagital superior. Apesar de ser mais comum em idosos, pode acometer qualquer fase da vida. Em crianças, por exemplo, normalmente ocorre em casos de abuso físico. Já em adultos jovens, a principal causa são os acidentes e, nos idosos, a principal causa é a queda.

Representação da hemorragia subdural. É unilateral em 85% dos casos em adultos, mas em crianças, é bilateral em 75 a 85% dos casos. Os locais mais comuns de acometimento da lesão são na região frontoparietal e na fossa craniana média. Como é possível ver na figura, o hematoma normalmente ultrapassa as suturas cranianas. Fonte: Radiopaedia
Representação da hemorragia subdural. É unilateral em 85% dos casos em adultos, mas em crianças, é bilateral em 75 a 85% dos casos. Os locais mais comuns de acometimento da lesão são na região frontoparietal e na fossa craniana média. Como é possível ver na figura, o hematoma normalmente ultrapassa as suturas cranianas. Fonte: Radiopaedia

A maioria dos sintomas manifestam-se tipicamente 48 horas após a lesão, estando associados a pressão que o hematoma exerce sobre a massa encefálica. Desse modo, são comuns as queixas de dor de cabeça, confusão mental e deterioração neurológica progressiva. Ademais, a maioria dos pacientes apresentam depressão do estado de consciência e anormalidades pupilares.  

TC sem contraste com achado de hiperdensidade no hemisfério direito do paciente, que ultrapassa as suturas cranianas. Além disso, percebe-se o desvio da linha média e o colabamento do ventrículo lateral direito devido ao efeito de massa. Fonte: Radiopaedia
TC sem contraste com achado de hiperdensidade no hemisfério direito do paciente, que ultrapassa as suturas cranianas. Além disso, percebe-se o desvio da linha média e o colabamento do ventrículo lateral direito devido ao efeito de massa. Fonte: Radiopaedia

Finalmente, em idosos, o hematoma subdural pode provocar a pseudodemência, em que o paciente tem um comprometimento cognitivo devido à expansão progressiva do hematoma. Nesse grupo, os sintomas normalmente são vagos, e a história de trauma pode ou não ser elucidada pelo paciente. Por isso, os exames de imagem são fundamentais para avaliação e condução do caso.

FONTES:

GAILLARD, Frank. Extradural hemorrhage. Radiology Reference Article Radiopaedia.org. Radiopaedia.org, 2021. Available in: https://radiopaedia.org/articles/extradural-haemorrhage

GAILLARD, Frank. Subdural hemorrhage. Radiology Reference Article Radiopaedia.org. Radiopaedia.org, 2021. Available in: https://radiopaedia.org/articles/subdural-haemorrhage.


Preparatórios EMR
A Metodologia ideal para ser aprovado na Residência Médica ou Revalida

Prepare-se através de uma metodologia testada e aprovada nas principais provas de concurso médico do Brasil.

Saiba mais
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos
Aprove de primeira com os
nossos cursos para Residência
Conhecer os cursos
O que achou deste conteúdo?

Artigos recentes

Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Dicas
•
13/6/25
Cursos Preparatórios para o ENAMED: A Melhor Forma de Garantir sua Aprovação
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Dicas
•
12/6/25
Trabalhou no SUS na Pandemia? Você Pode Ter um Grande Desconto no seu FIES!
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Dicas
•
11/6/25
Sudeste Concentra 50% da Residência Médica: O Que Isso Significa Para Sua Aprovação?
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Estudo
•
10/6/25
Síndrome nefrótica sem mistério: aspectos clínicos e conduta prática para acertar nas provas
Ver todos os artigos

Cadastre-se no Medicina Diária para receber novidades em primeira mão sobre o ENAMED!

Ao confirmar sua inscrição você estará de acordo com a nossa Política de Privacidade.
Logomarca Eu Médico Residente

Cursos

  • Extensivo R1 2025
  • Extensivo R+ CM 2025
  • Extensivo Bases 2025
  • Ver todos

Institucional

  • Sobre
  • Eventos
  • Blog
  • Ajuda
  • Parceiros EMR
  • Fidelize e Ganhe
  • Soluções para Instituições
  • Contato

Endereço

Av. Marquês de Olinda, nº 302, andar 004, Bairro do Recife - Recife- PE, CEP 50030-000

Nossas redes

EMR Eu Médico Residente Ensino Ltda © 2025. Todos os direitos reservados. CNPJ: nº 34.730.954/0001-71
Termos de usoPolítica de Privacidade

Nós utilizamos cookies. Ao navegar no site estará consentindo a sua utilização. Saiba mais sobre o uso de cookies.

Certo, entendi