Carreira
Publicado em
10/6/23

Residência em Medicina Nuclear: O que é, rotina e remuneração

Escrito por:
Residência em Medicina Nuclear: O que é, rotina e remuneração

A Medicina Nuclear é uma especialidade recente na medicina, com aproximadamente 100 anos de existência mas com sua importância se tornando cada vez mais clara há poucas décadas, com o avanço da medicina. Nesse texto te contaremos mais sobre o que é a Medicina Nuclear, como é a rotina e quanto ganha o especialista, te falar tudo sobre a residência médica e muito mais, confira! 

O que é a Medicina Nuclear?

A Medicina Nuclear é a área médica responsável por estudar e utilizar compostos radioativos, conhecidos como radiofármacos, no diagnóstico e tratamento de enfermidades. É importante esclarecer que os radiofármacos são absolutamente seguros. Por serem utilizados em baixíssima quantidade não apresentam nenhum risco para quem utiliza o tratamento/medicação, podendo ser utilizado até mesmo no público pediátrico.

As técnicas da Medicina Nuclear permitem a análise de tecidos do corpo humano, assim, são muito úteis na detecção de diversas doenças em estágios muito precoces. Por isso, essa área médica trabalha intimamente com a Oncologia, mas também conversa com várias outras especialidades como Cardiologia e Neurologia.

É muito comum que o público em geral fique se perguntando, ao conhecer a especialidade, qual a diferença entre Medicina Nuclear e Radiologia? E a resposta é que a Radiologia utiliza aparelhos que utilizam radiação no diagnóstico de doenças enquanto a Medicina Nuclear usa os radiofármacos diretamente no corpo humano tanto para fins de diagnóstico quanto para fins terapêuticos.

Quais as características de um bom Médico Nuclear?

Se você está pensando em cursar a residência médica em Medicina Nuclear saiba que algumas características serão indispensáveis. A primeira delas é ser capaz de estar constantemente estudando e se mantendo informado. De todas as áreas da medicina a Medicina Nuclear é uma com mais avanços e atualizações sendo feitas constantemente e será necessário que você esteja por dentro para oferecer o melhor para os seus pacientes.

Além disso, ter boa comunicação e gostar de lidar com pessoas é fundamental. Mesmo que esse profissional possa optar por trabalhar apenas laudando exames, o Médico Nuclear estará sempre em contato com outros profissionais que muitas vezes solicitam os exames e querem discutir o caso.

Como é a residência médica em Medicina Nuclear?

A residência em Medicina Nuclear tem duração de três anos e é de acesso direto. Sendo uma especialidade relativamente recente, a Medicina Nuclear ainda não possui nenhuma oportunidade de subespecializações, mas o profissional que queira pode cursar um ano adicional ao tempo da residência

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, 25 instituições em todo o país oferecem a residência em Medicina Nuclear, distribuídas entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e Pernambuco. Para ver a lista completa de instituições, clique aqui.

Os Médicos nucleares passam boa parte de seu tempo na realização e análise de exames. Foto: Reprodução/Adobe Stock
Os Médicos nucleares passam boa parte de seu tempo na realização e análise de exames. Foto: Reprodução/Adobe Stock

O que estudar para ser um residente em Medicina Nuclear?

Para ser aprovado em uma das 25 instituições que oferecem a residência médica em Medicina Nuclear o estudante precisará tirar uma excelente nota, uma vez que a especialidade não costuma receber muitas vagas e vem sendo cada vez mais procurada. O Eu Médico Residente possui um preparatório para residência médica super completo, com o estudo direcionado para a banca que você vai cursar.

Clique aqui e escolha o estado em que você quer prestar a residência e tenha acesso a sete dias grátis para testar a nossa metodologia e conhecer a nossa plataforma. Além do excelente conteúdo, possuímos um banco de questões com mais 40 mil questões comentadas em vídeo e texto para você estudar além de uma plataforma de métricas totalmente personalizada para as necessidades de quem importa, você.

Qual a grade de estudo de um residente médico em Medicina Nuclear?

A Comissão Nacional de Residência Médica determina conhecimentos básicos que todo residente deve saber ao fim do curso. Confira a seguir alguns conhecimentos que você deve ter ao fim de cada ano da residência em Medicina Nuclear.

O que devo saber ao fim do primeiro ano da residência médica em Medicina Nuclear?

Ao fim do primeiro ano, é esperado que o residente tenha conhecimento acerca da avaliação técnica de serviços de rotina nesta área como aspectos de sala quente, agendamento e preparo de exames. Ser capaz de entrevistar os pacientes e de fazer laudos menos complexos também é esperado. 

O que devo saber ao fim do segundo ano da residência médica em Medicina Nuclear?

Terminando o segundo ano, é esperado que o residente em Medicina Nuclear seja capaz de avaliar a parte técnica, agendar e preparar os exames. Realizar a anamnese dos pacientes, e introdução aos laudos de PET-CT/RM como também execução de laudos mais complexos de cintilografias e terapia em doenças malignas. 

O que devo saber ao fim do terceiro ano da residência médica em Medicina Nuclear?

Ao fim do terceiro ano o profissional já estará com sua certificação como Médico Nuclear, desse modo, é esperado que tenha domínio amplo e especializado sobre a área e seja capaz de exercer a atividade profissional, com amplo conhecimento prático e teórico.

Como funciona a rotina profissional do Médico Nuclear?

Sendo uma especialidade clínica, o Médico Nuclear passa a maior parte do seu tempo realizando e analisando exames, com parte da carga horária também podendo ser preenchida diretamente no contato com pacientes e outros profissionais. Essa especialidade médica costuma trabalhar em horários comerciais: plantões na área possuem frequência bem baixa e a grande maioria desses médicos não trabalham a noite ou em fins de semana. 

No seu cotidiano, o Médico Nuclear lidará principalmente com dois exames: o PET/CT e a Cintilografia. PET-CT é uma combinação da tomografia computadorizada com a emissão de pósitrons. Nela, o paciente receberá glicose combinada à uma substância radioativa, podendo rastrear células do corpo sendo por isso muito utilizada na detecção de tumores. Já a Cintilografia utiliza a radiação para detectar precocemente o mal funcionamento de diversos órgãos, sendo por isso muito recomendada em várias especialidades médicas.

Para saber mais sobre a rotina desse profissional, confira o vídeo abaixo onde a Drª Maria Amorim fala um pouco sobre sua experiência enquanto Médica Nuclear:

Mercado de trabalho e salário

A Medicina Nuclear é uma área médica extremamente promissora, sendo fundamental para a detecção e tratamento de muitas doenças. Apesar disso, sendo uma especialidade médica recente e pouco conhecida até mesmo no universo médico, o número de profissionais da área é bem baixa: é a quinta especialidade médica com menor número de especialistas, possuindo apenas pouco mais de 1.100 destes, segundo dados da pesquisa Demografia Médica 2023.

Sobre oportunidades de carreira, as dessa especialidade médica costumam aparecer em grandes centros, com equipamentos de ponta, assim a maior parte das ofertas de trabalho ocorrem nas capitais brasileiras e no sudeste do país: essa região concentra mais da metade de todos os Médicos Nucleares segundo dados da mesma pesquisa.

Dessa forma, ir para centros médicos fora da região sudeste é uma boa forma de encontrar um mercado de trabalho mais aberto e com menor concorrência. Quanto à remuneração, segundo a plataforma Glassdoor o médico nuclear ganha em torno de R$10.654.

Conclusão

A Medicina Nuclear é uma área recente da medicina ainda muito desconhecida que utiliza de radiação para o diagnóstico e tratamento de doenças. É uma especialidade clínica, que trabalha majoritariamente em horário comercial e possui um mercado de trabalho carente de novos profissionais em muitas regiões do país.

Leia Mais: