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Mpox: o que é, seus sintomas, como tratar e vacina
Estudo
•
Publicado em
23/8/24

Mpox: o que é, seus sintomas, como tratar e vacina

Mpox: o que é, seus sintomas, como tratar e vacina
Escrito por:
Larissa Mesquita
Larissa Mesquita
Lourice Rocha
Lourice Rocha
Igor Vasconcelos
Igor Vasconcelos
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A varíola dos macacos, também conhecida como Monkeypox, é uma doença zoonótica viral, que recebeu esse nome por ser causada por um vírus da mesma família da varíola clássica. Foi descoberta em 1958 em macacos de laboratório, tendo seu primeiro caso em seres humanos em 1970 na República do Congo. 

É considerada uma doença endêmica nas regiões Central e Ocidental da África, porém, vem ganhando bastante relevância nos últimos meses pelo aumento dos casos em regiões não endêmicas. Este post irá abordar sobre esse novo surto, como identificar casos suspeitos, como tratar e como prevenir!

O que é a Mpox?

Esse tipo de varíola é uma infecção viral transmitida por vírus da família Orthopoxvirus, a mesma do patógeno da varíola. Além disso, o quadro de ambas também é semelhante, sendo a varíola dos macacos menos grave e com menores taxas de mortalidade do que a varíola clássica.

Existem 2 tipos de vírus causadores da doença: o da África Ocidental e o da África Central. O da África Ocidental é mais grave, com taxa de mortalidade podendo chegar a 10%, enquanto o da África Central tem taxa de mortalidade de 1%. Apesar de ter sido descoberta em macacos, tem como principal reservatório os roedores.

Últimas atualizações

Desde janeiro de 2022 até junho de 2024 a OMS notificou 99.176 casos de Mpox no mundo inteiro. A Região das Américas é a que mais concentra casos, são 62.904 ao total. Em seguida vem a Região Europeia, com 27.529 casos notificados. Os 10 países mais afetados são: Estados Unidos, Brasil, Espanha, França, Colômbia, México, Reino Unido, Peru, Alemanha e República Democrática do Congo.

Até agosto de 2024, foram relatados novos casos em diferentes regiões do mundo, incluindo um ressurgimento na República Democrática do Congo (RDC), causando a morte de pelo menos 450 pessoas, que estão se espalhando para países vizinhos. No Reino Unido, por exemplo, foram registrados 286 casos entre 2023 e 2024, com a maioria deles sendo adquirida localmente. Esta é uma queda significativa em comparação com o pico de casos em 2022, quando mais de 3.700 casos foram registrados.

O acometimento é maior entre homens que fazem sexo com outros homens, e em segundo lugar estão as pessoas vivendo com HIV. Os casos estão concentrados entre pessoas de 18 a 49 anos. A Mpox também foi observada em mulheres e em menores de 18 anos, que representam uma pequena parcela dos pacientes.

O principal sintoma relatado é qualquer erupção cutânea (sistêmica, oral, genital ou com localização desconhecida). Seguida por febre, erupção sistêmica, genital, qualquer linfadenopatia e dor de cabeça.

Apesar da América ser o epicentro, a Europa também possui um número expressivo de relatos de Mpox
Apesar da América ser o epicentro, a Europa também possui um número expressivo de relatos de Mpox. Fonte: OMS

Globalmente, com mais de 14.000 casos registrados apenas em 2024 e mais de 524 mortes. Com a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarando como emergência de saúde pública de importância internacional em 14 de agosto de 2024, principalmente por conta da propagação de uma nova variante do vírus, a Clado 1b.

No Brasil, em 2024, o Ministério da Saúde respondeu rapidamente à nova ameaça, criando um Comitê de Operações de Emergência para monitorar e enfrentar a disseminação da doença. Até agora, o Brasil reportou 709 casos de Mpox, com 16 mortes confirmadas, sendo a mais recente em abril de 2023. Até o momento, nenhum caso do Clado 1b foi identificado em território nacional.

O primeiro caso de Mpox foi confirmado no dia 9 de junho de 2022, em São Paulo. O paciente, um homem de 41 anos, tinha viajado recentemente para a Espanha. Pouco depois, no dia 11 de junho, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou o segundo caso, um homem de 29 anos, com histórico de viagens para a Espanha e Portugal. Ele manifestou os primeiros sintomas e lesões ainda na Europa. 

Desde junho daquele ano, os casos aumentaram consideravelmente, até o dia 6 de outubro o Brasil havia ultrapassado os 8,2 mil casos confirmados, segundo o Ministério da saúde, a maior parte deles estavam concentrados na região sudeste.

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Quais os sintomas?

O quadro da Mpox, no geral, costuma ser leve e autolimitado, regredindo naturalmente em 3 semanas. Tem um período de incubação que pode variar de 5 a 21 dias. Os sintomas incluem: febre, dor no corpo, fadiga, cefaleia, linfadenopatia e erupção cutânea.

A sintomatologia costuma iniciar com a febre, dor no corpo e cansaço que, de 1 a 3 dias, acompanha o surgimento de manchas vermelhas (rash) que se iniciam nas mucosas. Esse rash na mucosa costuma virar rash macular de distribuição centrípeta na pele, acometendo inclusive palmas e solas. 

Manifestação cutânea da varíola dos macacos. Fonte: Express UK https://www.express.co.uk/life-style/health/1016792/monkeypox-what-is-it-virus-contagious-outbreak-uk 
Manifestação cutânea da varíola dos macacos. Fonte: Express UK

Dois dias após o surgimento desse rash macular, formam-se pápulas que duram também dois dias. Em seguida, essas pápulas sofrem umbilicação central e formam vesículas. 

Depois do segundo dia, essas vesículas evoluem para pústulas que costumam durar de 5 a 7 dias. Após as pústulas, elas tornam-se crostas que cicatrizam e caem naturalmente. As lesões de pele parecem bastante com as lesões da catapora e da sífilis.

Evolução da lesão de pele da varíola dos macacos. A) Vesícula inicial. B) Pústula. C) Pústula umbilicada. D) Lesão ulcerada. E) Crosta. F) Lesão em processo de cicatrização.  Fonte: NBC News https://www.nbcnews.com/health/health-news/monkeypox-virus-may-spreading-undetected-years-europe-rcna31504
Evolução da lesão de pele da varíola dos macacos. A) Vesícula inicial. B) Pústula. C) Pústula umbilicada. D) Lesão ulcerada. E) Crosta. F) Lesão em processo de cicatrização.  Fonte: NBC News

Como ocorre a transmissão?

A transmissão dessa infecção ocorre por contato próximo com pessoas infectadas, principalmente com a pele e fluidos ou objetos contaminados. Além disso, pode-se também adquirir a doença por contato próximo com animais infectados.

Prevenção

Para prevenção, a OMS preconiza isolamento de contato dos pacientes infectados, um bom cuidado com higiene e ainda, o uso de máscaras PFF2. A população de risco inclui: recém-nascidos, crianças, grávidas e imunodeprimidos. Durante a gravidez ela pode levar a complicações, varíola congênita ou morte do bebê.

Imunização contra a Mpox: como funciona?

O Brasil iniciou a vacinação em março de 2023 com a vacina Jynneos, priorizando pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. O imunizante, originalmente desenvolvido para a varíola clássica, oferece proteção de 85% contra a Mpox. Sendo ele aplicado em maiores de 18 anos.

Ele é administrado em duas doses de 0,5ml - via subcutânea, com um intervalo de 28 dias. Assim espera-se que o pico de imunidade ocorra em 14 dias após a segunda dose. Além delas, o reforço é recomendado a cada 2 anos para quem está exposto as espécies mais virulentas do gênero Ortopoxvírus, como no caso da doença, diz o Comitê Consultivo de Práticas de Imunização dos EUA (ACIP).

Não se pode, porém, até agora, imunizar toda a população mundial devido à escassez de vacina, já que a varíola clássica é uma doença já erradicada.

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Como funciona o diagnóstico?

O diagnóstico é feito a partir da suspeita clínica, com confirmação por meio de exames laboratoriais, como PCR e ELISA, que ainda são exames pouco disponíveis.

Como é o tratamento da Mpox?

Por ser uma doença, em geral, leve, os pacientes se recuperam em algumas semanas sem tratamento específico, apenas com cuidados de suporte. Porém, se necessário, existem antivirais disponíveis para o tratamento de pessoas de maior risco.

Cuidados de suporte

Os cuidados de suporte incluem: repouso, hidratação oral, isolamento de contato e medicações sintomáticas, para dor, prurido e febre. 

Antivirais

Nos casos mais graves ou em populações de risco, pode-se utilizar antivirais, sendo eles: tecovirimat, cidofovir e brincidofovir. 

Tem cura?

A Mpox tem cura, como na maioria das viroses agudas. O sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus e o paciente fica completamente curado.No entanto, é essencial controlar e quebrar as cadeias de transmissão, a fim de promover a redução do número total de infectados, para que não ocorram casos de óbito e mutações.

Conclusão

A Mpox não é uma doença nova, porém vem ganhando relevância devido a nova característica desse surto em comparação aos casos de anos anteriores.

Felizmente, é uma doença que costuma ser leve e autolimitada, além de menos infecciosa que afecções como o Covid-19 e menos letal que a varíola clássica. Porém, deve ser combatida e conhecida pelos profissionais de saúde. Para isso, é importante entender o diagnóstico e manejo.

Leia mais:

  • Diagnóstico da sífilis: como realizar o rastreio? 
  • HIV 1 e 2: Entenda o que são e Principais Diferenças 
  • O Que São Arboviroses, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento 
  • Febre do Oropouche: epidemiologia, sintomas e como tratar
  • Herpes-zóster: o que é, causas, sintomas e tratamento

FONTES:

  • ISAACS, Stuart. Monkeypox. UpToDate. 2022.
  • Mpox: veja em mapas a distribuição de casos e mortes pelo mundo. Fonte: G1
  • Mpox. Fonte: paho.org
  • Mpox. Fonte: Ministério da Saúde 
  • Mpox não é 'nova covid' e pode ser contida, diz especialista da OMS. Fonte: BBC Brasil
  • Não há indícios de que variante mais grave do vírus Mpox chegou ao Brasil, que permanece vigilante. Fonte: Jornal da USP
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