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Hipercalemia: causas, fisiopatologia, sintomas e tratamento
Estudo
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Publicado em
9/1/24

Hipercalemia: causas, fisiopatologia, sintomas e tratamento

Hipercalemia: causas, fisiopatologia, sintomas e tratamento
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Larissa Mesquita
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A hipercalemia é um distúrbio hidroeletrolítico caracterizado pelo aumento dos níveis séricos de potássio. O potássio é um cátion intracelular importante em diversas funções do corpo e seu aumento pode causar alterações potencialmente fatais, incluindo arritmias cardíacas. É um distúrbio incomum na população geral, relatado em menos de 5% da população, porém bastante comum no ambiente hospitalar, podendo afetar até 10% dos pacientes.

Neste post iremos abordar o que é a hipercalemia, seus sinais e sintomas e como tratar!

O que é hipercalemia?

A hipercalemia é definida por um aumento do nível sérico de potássio acima do limite superior, ou seja, acima de 5,5 mEq/L. Ela ocorre em menos de 5% da população mundial, mas pode afetar até 10% de todos os pacientes hospitalizados. A maioria dos casos em pacientes hospitalizados é devida a medicamentos e insuficiência renal. Diabetes, malignidade, extremos de idade e acidose são outras causas importantes em pacientes internados. 

Qual a fisiopatologia?

O potássio é normalmente um cátion intracelular, mantido dentro das células por meio da bomba sódio-potássio, que bombeia sódio para fora e potássio para dentro da célula em uma proporção de 3:2. Isso resulta em aproximadamente 140 mEq/L de concentração intracelular de potássio em comparação com 4 a 5 mEq/L no líquido extracelular. A maior parte do potássio é excretada na urina através dos rins, com cerca de 10% no suor e nas fezes.

Causa da hipercalemia

A causa mais comum de hipercalcemia, na realidade, é a pseudo-hipercalemia, que ocorre devido à hemólise da amostra. Uso de seringas, torniquetes e bombeamento excessivo de punhos aumentam o risco. 

Amostras colhidas de pacientes com leucocitose e trombocitose também estão frequentemente associadas a concentrações de potássio falsamente elevadas. Por isso, em casos de hipercalemia é sempre importante verificar se de fato o valor se confirma em outra amostra e o paciente apresenta algum sintoma.

Outra causa importante do aumento sérico do nível de potássio é o aumento na ingesta de potássio, sendo mais comum em indivíduos com doença renal. Alimentos ricos no mineral incluem: frutas secas, algas, nozes, abacate, espinafre, batata, banana, etc. Esses alimentos devem ser evitados em pacientes com doença renal grave ou outras condições subjacentes ou medicamentos que os predisponham ao problema.

A lesão celular também pode liberar grandes quantidades de potássio que estava no meio intracelular para o meio extracelular, sendo outra causa importante. As causas de lesão celular incluem rabdomiólise, exercício intensivo e processos hemolíticos. Outra causa também é a acidose metabólica, que normalmente é causada por diminuição do volume sanguíneo arterial circulante, como na sepse ou desidratação.

A deficiência de insulina e cetoacidose diabética também podem gerar hipercalemia devido à depleção de potássio intracelular. Alguns medicamentos, como succinilcolina, podem gerar elevações agudas do mineral essencial. A síndrome de lise tumoral, que pode ocorrer em pacientes em quimioterapia para cânceres hematológicos, pode elevar o potássio devido à morte maciça de células cancerígenas. 

O hiperaldosteronismo é uma causa importante, sendo por esse mecanismo que a diabetes e alguns medicamentos geram o problema, sendo eles os IECA, BRA, espironolactona, trimetoprim e beta-bloqueadores.

Por fim, uma excreção prejudicada também pode elevar potássio sérico, que pode ocorrer na doença renal aguda ou crônica, principalmente se a taxa de filtração glomerular for menor do que 30 ml/min. 

Quais os sintomas da hipercalemia?

A hipercalemia leve geralmente é assintomática. Os sintomas geralmente se desenvolvem em níveis mais elevados - 6,5 mEq/L a 7 mEq/L. Os pacientes podem queixar-se de fraqueza, fadiga, palpitações ou síncope. Os achados do exame físico podem incluir hipertensão e edema no contexto de doença renal. Também pode haver sinais de hipoperfusão.

A sensibilidade muscular pode estar presente em pacientes com rabdomiólise. A icterícia pode ser observada em indivíduos com condições hemolíticas. Eles podem apresentar fraqueza muscular, paralisia flácida ou reflexos tendinosos profundos deprimidos.

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Diagnóstico

O diagnóstico é dado por meio da dosagem sérica do potássio, que é considerado elevado se acima de 5,5 mEq/L. A gasometria arterial pode ser utilizada para dosagem de potássio, apesar de não ser tão fidedigna, já que é mais rápida. 

O primeiro exame que deve ser solicitado em caso de suspeita é o eletrocardiograma (ECG), uma vez que a complicação mais letal da hipercalemia são as anormalidades da condução cardíaca que podem levar a disritmias e morte. As alterações causadas pelo aumento do potássio sérico incluem: onda P pequena ou ausente, intervalo PR prolongado, onda R aumentada, QRS alargado e onda T apiculada.

O potássio elevado causa alterações no ECG de maneira dependente da dose:  

  • Potássio de 5,5 a 6,5 ​​mEq/L: o ECG mostrará ondas T altas e pontiaguda; 
  • Potássio de 6,5 a 7,5 mEq/L: o ECG mostrará perda de ondas P; 
  • Potássio de 7 a 8 mEq/L: o ECG mostrará alargamento do complexo QRS; e 
  • Potássio de 8 a 10 mEq/L: produzirá arritmias cardíacas, padrão de onda senoidal e assistolia. 

A taxa de aumento do potássio sérico é mais importante que o nível. Pacientes com hipercalemia crônica podem ter EGCs relativamente normais, mesmo em níveis elevados, e alterações significativas no ECG podem estar presentes em níveis muito mais baixos em pacientes com picos repentinos de potássio sérico.

Imagem ilustrativa mostrando as alterações cardiológicas na hipercalcemia
Alterações eletrocardiográficas que sugerem hipercalemia. Fonte: Cardiopapers 

Outros exames laboratoriais devem ser solicitados buscando causa, incluindo ureia e creatinina para avaliação de função renal, sódio, cálcio (pode potencializar a hipercalemia); hemograma completo buscando infecção ou plaquetopenia; glicemia e gasometria em suspeita de acidose metabólica; lactato; CPK em suspeita de rabdomiólise, entre outros. 

Tratamento de hipercalcemia

A urgência com que a hipercalemia deve ser tratada depende da rapidez com que a condição se desenvolve do nível absoluto de potássio sérico, do grau dos sintomas e da causa. Devem receber tratamento agressivo aqueles com fraqueza neuromuscular, paralisia, alterações no ECG ou hipercalemia acima de 6,5 mEq/L. 

As fontes exógenas de potássio devem ser descontinuadas, incluindo as medicações, e deve ser realizado tratamento de causa reversível junto com manejo do problema. No caso de alterações eletrocardiográficas, deve ser feito terapia com cálcio, geralmente feito com gluconato de cálcio a 10%, de 10 a 20 ml, infundido em 5 a 10 minutos, repetindo após 10 minutos.

Em pacientes com ECG normal ou após correção de ECG, deve ser feito insulina regular 10 UI com 50g de glicose (ou 100 ml de soro glicosado 5%), que ajudam na redução do potássio sérico (aumentando o potássio intracelular). Os agentes beta-2 agonistas, como o fenoterol, também deslocam o potássio intracelularmente, se administrados em doses mais altas, e deve ser feito. Também se recomenda infusão de bicarbonato de sódio, principalmente em pacientes com acidose metabólica.

Para aumentar a excreção de potássio, recomendam-se os diuréticos, como furosemida, em indivíduos não oligúricos e com sobrecarga de volume. O furosemida é feito 1 mg/kg e repetido após 4 horas. Também pode ser feita resina de troca (sorcal). A hemodiálise deve ser realizada em pacientes com doença renal terminal ou insuficiência renal grave. A diálise peritoneal também é uma opção. 

Conclusão

A hipercalemia é um distúrbio hidroeletrolítico potencialmente grave, caracterizado por aumento dos níveis séricos de potássio (acima de 5,5 mEq/L). É uma alteração grave, pois pode gerar arritmias. No caso de suspeita, a primeira coisa a ser feita é um eletrocardiograma buscando toxicidade cardíaca, que deve ser logo corrigida com gluconato de cálcio. 

Após correção eletrocardiográfica, a hipercalemia deve ser tratada com insulina, glicose, bicarbonato e suspensão de medicações que possam gerar o quadro. Além disso, devem ser colocados diuréticos para aumentar a eliminação ou deve ser feita diálise. 

Leia mais:

  • Nefropatia Diabética: o que é, diagnóstico e tratamento
  • Lesão renal aguda: você domina a conduta?
  • Gangrena de Fournier: o que é, como diagnosticar e tratar
  • Doença Renal Policística Autossômica Recessiva: causas, diagnóstico e tratamento
  • Queimadura: como evitar lesão renal aguda?

‍

FONTE:

  • SIMON, Leslie; et. Al. Hyperkalemia - StatPearls - NCBI Bookshelf. 

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