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Esporotricose: o que é, transmissão e diagnóstico
Estudo
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Publicado em
8/12/24

Esporotricose: o que é, transmissão e diagnóstico

Esporotricose: o que é, transmissão e diagnóstico
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Igor Vasconcelos
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A esporotricose é uma infecção fúngica de relevância crescente no Brasil e em outros países tropicais. Inicialmente associada a trabalhadores rurais e jardineiros, hoje é uma importante zoonose urbana devido à sua disseminação por gatos domésticos infectados. Apesar de sua progressão lenta, a doença pode causar complicações graves, especialmente em pacientes imunossuprimidos. 

Esse texto procura ajudá-lo a entender a patogênese, sinais clínicos e opções terapêuticas, tópicos essenciais para a atuação do médico em áreas endêmicas ou em situações de surtos.

O que é a esporotricose?

A esporotricose é uma infecção fúngica causada por espécies do gênero Sporothrix. O Sporothrix brasiliensis tem emergido como o principal agente zoonótico na América Latina. Trata-se de um fungo dimórfico, que apresenta:

  • Fase saprofítica (filamentosa): Encontrada no ambiente, especialmente em vegetação em decomposição.
  • Fase parasitária (leveduriforme): Presente em tecidos infectados.

A doença pode ser classificada em diferentes formas clínicas:

  • Cutânea localizada: A forma mais comum.
  • Cutânea linfática: Evolução de lesões cutâneas com comprometimento de linfáticos.
  • Cutânea disseminada: Rara, geralmente em imunossuprimidos.
  • Extracutânea: Inclui a forma pulmonar e a disseminação sistêmica.

Como ocorre a transmissão da esporotricose?

A esporotricose é adquirida principalmente de duas maneiras:

  • Por trauma cutâneo: A introdução do fungo ocorre através de pequenos traumas na pele, geralmente associados ao contato com solo, vegetação ou materiais orgânicos contaminados. Essa forma é conhecida como esporotricose sapronótica.
  • Por zoonose: A transmissão zoonótica é frequentemente mediada por gatos infectados, que apresentam lesões ulceradas e carregam altas concentrações do fungo nas secreções. A transmissão ocorre principalmente por arranhões, mordidas ou contato direto com essas lesões.

A transmissão pessoa a pessoa é extremamente rara, mas relatos sugerem a possibilidade em casos de contato íntimo com lesões abertas ou fluidos corporais contaminados. E o tempo de incubação gira em torno de 3 semanas a partir da inoculação.

Sinais e sintomas

A apresentação clínica varia de acordo com a via de entrada, a resposta imunológica do paciente e a espécie envolvida. As principais manifestações são:

Formas Cutâneolinfática

Forma mais comum, sendo por volta de 70% dos casos e se apresenta nas seguintes formas:

Cutânea localizada

Foto mostrando a placa infiltrada com ulceração central circundada por múltiplas pápulas satélites
Placa infiltrada com ulceração central circundada por múltiplas pápulas satélites. Fonte: Anais Brasileiros de Dermatologia

Decorrente de uma boa resistência do organismo. Caracteriza-se por lesão papulosa ou pápulo tuberosa, formando placa verrucosa com ou sem ulceração. Geralmente indolor, com possibilidade de prurido leve.

Veja também:

  • Saiba como é a rotina da residência em Dermatologia na UPE
  • Residência em Dermatologia: O que é, residência médica e mercado de trabalho
  • Inteligência Emocional para a aprovação na Residência Médica

Cutânea linfática

Foto mostrando a esporotricose linfocutânea
Esporotricose linfocutânea. Fonte: MD Saúde

Se manifesta na forma de uma úlcera (lesão de inoculação) com trajeto linfático ascendente (sinal do rosário) nos MMSS ou MMII. As cadeias de nódulos subcutâneos, podendo ulcerar e drenar secreção purulenta.

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Formas Extra Cutânea

São decorrentes da disseminação hematogênica. Apresenta os seguintes sintomas:

Osteoarticular

Dor, edema e rigidez em articulações são os sintomas, que estão presentes principalmente nos joelhos, punhos e tornozelos.

Pulmonar

Sendo mais comum em pacientes com história de exposição ambiental prolongada, se apresenta com tosse, hemoptise, febre e perda de peso.

Forma Disseminada

Acomete múltiplos órgãos, incluindo fígado, baço e sistema nervoso central. Geralmente ocorre em pacientes imunodeprimidos, como portadores de HIV/AIDS.

Foto mostrando a esporotricose cutânea disseminada
Esporotricose cutânea disseminada. Fonte: UPTODATE, 2023

Manifestações em Gatos

Se apresenta como lesões ulceradas com bordas irregulares, exsudato purulento e proliferação de fungos. Podendo evoluir para comprometimento respiratório, com secreção nasal, espirros e dificuldade respiratória.

Foto mostrando a esporotricose em felinos
Esporotricose em felinos. Fonte: Agência FAPESP

Diagnóstico da esporotricose

O diagnóstico envolve suspeição clínica e confirmação laboratorial.

Anamnese e Exame Clínico

  • Investigação de exposição a solos ou animais infectados.
  • Avaliação das características das lesões cutâneas e sua distribuição.

Métodos Laboratoriais

Cultura microbiológica

Coleta de material de lesões ou secreções para cultivo em meio de Sabouraud.

  • Apresentação do termodimofismo: aspecto filamentoso (25º C) e  levedura (37°C) 
  • O crescimento do fungo é observado em 3-7 dias, com posterior identificação por métodos moleculares ou bioquímicos.

Exame histopatológico

Biópsia cutânea com coloração por ácido periódico de Schiff (PAS) ou prata metenamina de Gomori, evidenciando granulomas e leveduras em formato de charuto.

Testes moleculares

PCR para identificação de espécies específicas de Sporothrix.

Sorologia

Utilizada em formas disseminadas ou em pesquisa epidemiológica.


O diagnóstico diferencial da esporotricose entra nas doenças que cursam com úlceras cutâneas únicas, essas doenças são agrupadas no grupamento PLECT (paracoccidioidomicose, leishmaniose, esporotricose, cromomicose e tuberculose cutânea). 

Como é feito o tratamento?

O tratamento é determinado pela forma clínica e pelas condições do paciente:

Formas Cutâneas Simples

O medicamento de primeira escolha é o Itraconazol: 100-200 mg/dia até a cura clínica. Em casos leves ou em pacientes com contraindicação ao itraconazol, a terbinafina (250 mg/dia) pode ser uma alternativa.

Formas Graves ou Disseminadas

Nestes casos, a anfotericina B lipossomal é recomendada na seguinte dosagem: 3-5 mg/kg/dia intravenosa até melhora clínica, seguida de itraconazol oral por 6-12 meses. Para pacientes com HIV/AIDS, o tratamento deve ser prolongado, frequentemente com itraconazol em doses de manutenção.

Gravidez

Para as gestantes, a terbinafina é a preferida, pois o itraconazol é contraindicado durante a gestação.

Manejo de Animais Infectados

Os gatos infectados devem ser tratados com itraconazol sob supervisão veterinária. Isolamento e higiene rigorosa são essenciais para reduzir a disseminação.

Conclusão

A esporotricose é uma doença com crescente relevância clínica e epidemiológica, especialmente em áreas endêmicas. O reconhecimento precoce dos sinais clínicos, associado ao diagnóstico laboratorial preciso, é essencial para o manejo adequado. 

Médicos devem estar atentos ao potencial zoonótico da doença e orientar medidas preventivas, incluindo o manejo de animais infectados. O tratamento é eficaz na maioria dos casos, mas requer adesão prolongada para evitar recaídas. A conscientização sobre a esporotricose e seu impacto na saúde humana e animal é fundamental para reduzir sua disseminação e melhorar o prognóstico dos pacientes.

Leia mais:

  • Dermatomiosite: o que é, sintomas e tratamento
  • Hanseníase: fisiopatologia, sintomas, diagnóstico e tratamento
  • Esclerodermia: definição, sintomas e manejo
  • Xeroderma Pigmentoso: entenda o que é e como tratar
  • Molusco Contagioso: etiologia, quadro clínico e tratamento

‍

FONTES:

  • AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
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