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Demência: O Que É, Como Fazer o Diagnóstico e Tratamentos
Estudo
•
Publicado em
19/4/22

Entenda O Que É Demência, Formas mais comuns, Diagnóstico e Tratamento

Entenda O Que É Demência, Formas mais comuns, Diagnóstico e Tratamento
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Marcela Nóbrega
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Índice

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A demência causa prejuízo significativo nos funcionamento social e profissional dos indivíduos acometidos. 

Enquanto envelhecemos, é normal que haja um certo alentecimento cognitivo, sendo considerado fisiológico. 

Contudo, a demência é responsável por causar um declínio cognitivo. Sendo assim, neste texto você saberá mais sobre ela: o que é, formas mais comuns e os tratamentos. 

O que é demência? 

Conhecida como transtorno neurocognitivo maior, é um processo de doença marcado por declínio cognitivo, mas com clareza da consciência. 

Previamente à apresentação da doença, há níveis de funcionamento cognitivo. Por isso, vale ressaltar quais fatores fazem parte da cognição: Atenção + percepção + processamento + memória + raciocínio + visualização + planificação + resolução de problemas + execução + expressão de informação. 

Quais os tipos mais comuns de demência? 

Doença de Alzheimer 

É a causa mais comum de transtorno neurocognitivo maior, sendo responsável por cerca de 50% dos casos. 

A doença de Alzheimer é causada pelo acúmulo progressivo de beta-amilóide e proteína tau no cérebro, especialmente no hipocampo.

A proteína tau se acumula e forma emaranhados neurofibrilares, causando perda de ligações sinápticas e atrofia cerebral. 

Como uma forma adaptativa do nosso corpo à atrofia cerebral, há um aumento de ventrículos cerebrais para ocupar o novo espaço livre na calota craniana. 

A principal alteração cognitiva nesse quadro se apresenta nas esferas de memória e aprendizado. 

E os achados patognomônicos são: Placas senis, emaranhados neurofibrilares, perda neuronal, perda sináptica e degeneração granulovascular dos neurônios. 

Demência Vascular

A demência vascular é causada mais comumente por múltiplas áreas de doença vascular

cerebral.

Ela é mais comum em homens hipertensos e com outros fatores de risco cardiovascular (histórico de AVC, diabetes, uso de tabaco, etc).

Um fator de risco a destacar é a utilização de medicações vasoconstritoras a longo prazo, como estimulantes, usados no tratamento de TDAH, que podem predispor a áreas de hipoperfusão cerebral. 

Normalmente os pacientes apresentam sinais neurológicos de acordo com as áreas que estão sofrendo de hipóxia, variando de acordo com cada caso. 

Um subtipo conhecido da demência vascular é a doença de Binswanger, que é uma encefalopatia arteriosclerótica subcortical. Nesse caso, os pequenos infartos se localizam poupando as regiões corticais. 

Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa dos gânglios da base, caracterizada principalmente por alterações no movimento (tremores em repouso, rigidez do movimento, sinal da roda denteada e bradicinesia).

Ela é causada por uma diminuição intensa na produção de dopamina na substância nigra, resultando em perda gradual e progressiva do controle motor do indivíduo acometido.

A evolução com demência nesta doença se dá através de algumas perdas cognitivas, como lentidão de pensamento, declínio na atenção, declínio na função executiva e alteração da memória pela dificuldade de evocação tardia. 

Demência de Corpos de Lewy

A demência de corpos de Lewy é causada por degeneração e morte neuronal, sem fatores muito bem esclarecidos a respeito de sua fisiopatologia e seus fatores de risco. 

Essa condição costuma se caracterizar por psicose (principalmente alucinações visuais), flutuação do estado mental ao longo do dia, perda de memória e parkinsonismo. 

Demência Frontotemporal 

Também conhecida como doença de Pick, ela possui esse nome devido à degeneração de um ou de ambos os lobos frontais e temporais do cérebro.

Além disso, também provoca perda neuronal, gliose e presença de corpos de Pick neuronais (massas de elementos do citoesqueleto).

Em geral, os estágios iniciais cursam com alterações da personalidade (relação com lobos temporais e frontais) e comportamento (relação com lobos frontais). 

Doença de Huntington

Também chamada de coreia de Huntington, é uma transtorno neurocognitivo maior subcortical de acometimento hereditário, relacionada também com elevada incidência de ansiedade e depressão.

A característica clínica básica é a presença de anormalidades motoras, como abalos ou espasmos ocasionais, que evoluem para movimentos involuntários mais pronunciados (coreia e atetose), deterioração mental e morte.

Pode apresentar ainda poucas (ou nenhuma) anormalidades na linguagem.

Demência Provocada pelo Álcool (Síndrome de Korsakoff)

É uma condição crônica caracterizada por uma síndrome de prejuízo mental (especialmente na memória recente) e amnésia anterógrada em paciente alerta e responsivo.

A explicação fisiopatológica para essa condição é a deficiência de vitamina B1, podendo ser causada por maus hábitos alimentares e problemas de absorção de substâncias resultantes do álcool. 

Doença de Creutzfeldt-Jacob

A doença de Creutzfeldt-Jakob provoca uma desordem cerebral com perda de memória e tremores. 

O desenvolvimento da doença está relacionado com o príon, uma partícula proteica infectante, menor que o vírus e altamente resistente. Seu curso é obscuro. Essa doença evolui rapidamente, levando o paciente a óbito. 

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Como realizar o diagnóstico? 

Histórico clínico

Para diagnosticar um paciente com demência, deve haver evidências de declínio cognitivo importante a partir de nível anterior de desempenho em dois ou mais domínios cognitivos, sendo eles atenção, execução, aprendizagem e memória, linguagem, motor ou social. 

Isso vem de uma preocupação do indivíduo, de um informante ou até mesmo do médico de que há declínio cognitivo significativo ou de um prejuízo substancial no desempenho cognitivo.
Segundo o DSM-V, deve-se ainda constatar que os déficits cognitivos interferem em atividades cotidianas, não ocorrem exclusivamente no delirium e não são mais bem explicados por outro transtorno mental. 

Testes de função mental

Existem vários testes de screening que podem ser utilizados na prática clínica para auxiliar no diagnóstico de demência. 

Dentre eles, um que é bastante utilizado é o mini-exame do estado mental. Ele é uma ferramenta simples, direta e rápida que pode ser utilizada para avaliar o estado mental de um paciente, auxiliando no nosso diagnóstico. 

O normal é resultado maior que 27 pontos. Suspeita-se do transtorno neurocognitivo maior quando o resultado é menor ou igual a 24 pontos. 

Caso o paciente tenha menos de 4 anos de escolaridade, o ponto de corte passa para 17.

Esse é o papel do mini-exame do estado mental. A cada coisa que o paciente conseguir fazer, vamos somando os pontos. Fonte: https://aps.bvs.br/apps/calculadoras/?page=11
Esse é o papel do mini-exame do estado mental. A cada coisa que o paciente conseguir fazer, vamos somando os pontos. Fonte: BVS Saúde

Quais os tratamentos para pacientes com demência? 


A rotina é muito importante para os pacientes. Assim como a explicação das tarefas que serão realizadas. Foto: Reprodução/Adobe Stock/Gerhard Seybert

É importante destacar que não há nenhum tratamento para restabelecer a função mental que o paciente possuía antes do desenvolvimento da demência. As medidas gerais ajudam a melhorar a qualidade de vida do paciente. 

Medidas de segurança

É muito importante que o indivíduo receba os cuidados de um enfermeiro, terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta, para identificar quais mudanças podem ser realizadas naquela residência, a fim de promover maior segurança para o paciente. 

Um exemplo útil é instalar luz noturna, reduzindo o risco de quedas e acidentes. Caso necessário, é indicado que haja um cuidador disponível para auxiliar aquele idoso nas suas atividades diárias. 

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Medidas de apoio

O ambiente onde a pessoa com demência deve ter janelas, pois precisa ser claro. Foto: Reprodução/Adobe Stock/Sabthai
O ambiente onde a pessoa com demência deve ter janelas, pois precisa ser claro. Foto: Reprodução/Adobe Stock/Sabthai

‍O ambiente deve ser claro, seguro e estável, incluindo algum estímulo. É interessante que tenha um rádio ou televisão, janelas para mostrar a luz natural.

A rotina também é muito interessante para ajudar a pessoa com demência a ficar orientada. Seguir uma rotina diária de tarefas ajuda a pessoa com demência a lembrar das coisas. Antes de cada atividade, é crucial que se explique tudo o que vai acontecer, passo a passo. 

Caso tenhamos conhecimento dos interesses daquele indivíduo antes do transtorno neurocognitivo maior, é importante realizar atividades relacionadas a eles, sempre com estímulos e desafios, mas de forma agradável e leve. 

Apoio familiar continuado e visitas frequentes incentivam aquele indivíduo a continuar sociável. 

Por ser uma doença progressiva, os familiares devem planejar com os médicos e enfermeiros como as coisas serão dali pra frente. 

Algumas instalações de cuidados de longo prazo se especializam em cuidar de pessoas com esse transtorno. 

Medicamentos que podem melhorar a função mental 

Em alguns tipos do transtorno, há baixo nível de acetilcolina no cérebro, e esse neurotransmissor é responsável pela comunicação interneuronal. 

Por isso, algumas medicações inibidoras da colinesterase podem ser utilizadas em caso de demência por Alzheimer e por corpos de Lewy, ajudando a aumentar o nível de acetilcolina. 

Alguns exemplos são donepezila, galantamina, rivastigmina e memantina. Essas medicações não irão retardar a progressão da demência, mas podem ajudar temporariamente na função mental. 

Medicamentos que ajudam a controlar o comportamento disruptivo

Comportamentos disruptivos são mais bem tratados com psicoterapia e mudanças no ambiente. 

Caso a psicoterapia e outras mudanças no ambiente não deem certo, podemos fazer uso de medicação. 

Fármacos antipsicóticos tendem a ser eficazes apenas em pessoas que têm alucinações, delírios ou paranóia junto à demência, então só devem ser utilizados nesses casos. 

Os antipsicóticos mais recentes, como risperidona e quetiapina, têm menos efeitos colaterais. 

Fármacos anticonvulsivantes são utilizados para controlar surtos violentos, então podemos utilizar carbamazepina, gabapentina ou valproato.

Outros medicamentos 

Sedativos só devem ser utilizados para aliviar a ansiedade durante curtos períodos de tempo, não sendo recomendado seu uso a longo prazo. 

Os antidepressivos são indicados apenas quando as pessoas com demência têm transtorno depressivo associado. 

Suplementos dietéticos

Muitos suplementos alimentares já foram testados no tratamento de pacientes com transtorno neurocognitivo maior, porém nenhum apresentou resultados significantes. 

Conclusão

A demência é uma condição patológica caracterizada por declínio cognitivo e prejuízo significativo nos funcionamentos do indivíduo em diversas áreas da sua vida. 

Embora não haja nenhum tratamento capaz de reverter essa condição, algumas medidas podem ser tomadas visando preservar a qualidade de vida daquele indivíduo. 

Leia mais:

  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): você sabe diagnosticar e tratar?
  • TDAH: Tratamento, Sinais, Causas e Quais os Sintomas?
  • Como identificar os sinais de derrame cerebral?
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