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Câncer de tireoide: tipos, sintomas e tratamento
Estudo
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Publicado em
16/1/25

Câncer de tireoide: tipos, sintomas e tratamento

Câncer de tireoide: tipos, sintomas e tratamento
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Fernanda Vasconcelos
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O câncer de tireoide representa 3% de todos os cânceres diagnosticados globalmente. A doença afeta predominantemente mulheres, com uma incidência cerca de três vezes maior do que em homens. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum entre os 30 e 60 anos. Vamos revisar características dessa doença oncológica?

O que é câncer de tireoide?

O câncer de tireoide é a tumoração maligna na glândula de mesmo nome que origina-se de duas principais células: as células foliculares e as parafoliculares. Este tipo de câncer é raro, mas sua incidência tem aumentado devido a uma maior detecção por exames de imagem e biópsias. Fatores como aumento da obesidade, diminuição do tabagismo e mudanças reprodutivas também podem influenciar esse aumento. Estima-se que 1,2% das pessoas sejam diagnosticadas ao longo da vida, e a taxa de sobrevida em 5 anos é alta, de 98,5%.

Quais os tipos de câncer de tireoide?

Carcinoma Papilífero

Lâmina mostrando os núcleos em vidro fosco
Núcleos em vidro fosco. Fonte: AnatPat Unicamp

O carcinoma papilífero é o tipo mais comum, representando cerca de 75% a 85% dos casos. Ele se origina das células foliculares da tireoide e é bem diferenciado. Histologicamente, apresenta estruturas papilares e núcleos claros com aspecto de “vidro fosco” (núcleos órfãos de Annie-eye). Também pode exibir corpos psamomatosos, que são calcificações laminares concêntricas. Existem variantes histológicas específicas, como a esclerosante difusa e a encapsulada. 

Lâminas mostrando os corpos Psamomatosos
Corpos Psamomatosos. Fonte: AnatPat Unicamp

Sua disseminação ocorre principalmente por via linfática, afetando linfonodos cervicais. Os fatores de risco incluem exposição à radiação ionizante, especialmente na infância. Geneticamente, mutações no gene BRAF V600E estão associadas a formas mais agressivas, além de rearranjos nos genes RET/PTC. O prognóstico é excelente, com uma taxa de sobrevida de 95% em 10 anos.

Carcinoma Folicular 

O carcinoma folicular, responsável por 10% a 15% dos casos, também se origina das células foliculares e é bem diferenciado. Apresenta formações foliculares com pouca ou nenhuma invasão capsular ou vascular. Pode ser minimamente invasivo ou amplamente invasivo. Sua disseminação é predominantemente hematogênica, afetando sítios metastáticos como os ossos, pulmões e fígado. A deficiência de iodo é um fator de risco relevante. 

Carcinoma Medular

O carcinoma medular, que representa de 5% a 10% dos casos, origina-se das células C parafoliculares, que são neuroendócrinas e produtoras de calcitonina. É moderadamente diferenciado e, histologicamente, apresenta células poligonais ou fusiformes com depósitos de amiloide no estroma, corados pelo vermelho do Congo. Sua disseminação ocorre tanto por via linfática quanto hematogênica. O prognóstico varia de acordo com a extensão da doença.

Coloração Vermelho do Congo em lâmina de Carcinoma Medular
Coloração Vermelho do Congo em lâmina de Carcinoma Medular. Fonte: Patologia Aplicada UFBA

Carcinoma Anaplásico

O carcinoma anaplásico é raro, representando menos de 2% dos casos, e é extremamente agressivo. Origina-se de células foliculares indiferenciadas ou de carcinomas que sofrem de diferenciação. Histologicamente, apresenta células gigantes, pleomórficas ou fusiformes, com mitoses atípicas, além de áreas de necrose e invasão vascular. 

Veja também:

  • Residência médica em Clínica Médica: rotina, áreas de atuação e Salário
  • Subespecialidade clínicas: quais são elas e qual a remuneração
  • Oncologia: o que é, residência médica e mercado de trabalho

Sua disseminação é rápida, tanto localmente, envolvendo estruturas como traqueia e esôfago, quanto por via hematogênica, afetando pulmões e ossos. Fatores de risco incluem idade avançada (geralmente acima de 60 anos) e bócio multinodular prévio. 

Entre os tumores raros da tireoide, destacam-se o linfoma primário da tireoide e os sarcomas. O linfoma primário é mais frequentemente associado à tireoidite de Hashimoto e geralmente se apresenta como um linfoma difuso de grandes células B. Já os sarcomas podem se originar de tecidos mesenquimais, e a tireoide também pode ser acometida por metástases de outros tumores, como os de rim, pulmão e mama.

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Sintomas de câncer de tireoide

O quadro clínico do câncer de tireoide geralmente envolve um nódulo tireoidiano indolor, palpável e único, descoberto incidentalmente durante exames físicos de rotina ou estudos de imagem realizados por outros motivos. Esses nódulos podem variar de consistência, sendo os nódulos duros e fixos mais sugestivos de malignidade do que os móveis e maleáveis.

Crescimento rápido do nódulo é um sinal de alarme, assim como disfonia, que pode indicar envolvimento do nervo laríngeo recorrente e paralisia da prega vocal. A disfagia pode ocorrer por compressão da porção cervical do esôfago. No exame físico, deve-se realizar avaliação completa da cabeça e pescoço, incluindo a glândula tireoide e os tecidos moles cervicais. A presença de massas laterais cervicais pode sugerir metástases em linfonodos regionais. 

Como realizar o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de tireoide envolve a avaliação clínica, exames laboratoriais e estudos de imagem. A avaliação clínica inclui histórico médico e exame físico cervical, com atenção especial a nódulos tireoidianos. Nódulos fixos, duros e associados a rouquidão ou linfonodos cervicais aumentados levantam maior suspeita de malignidade.

Testes laboratoriais incluem dosagem do hormônio estimulador da tireoide (TSH) para avaliar a função tireoidiana. Nódulos em pacientes com TSH baixo podem ser funcionantes (geralmente benignos), enquanto valores normais ou elevados aumentam a suspeita de malignidade. A calcitonina e o antígeno carcinoembrionário (CEA) são úteis no diagnóstico do carcinoma medular, e a tireoglobulina é usada como marcador tumoral no seguimento de carcinomas diferenciados.

Entre os estudos de imagem, a ultrassonografia de alta resolução é o principal exame inicial para avaliar tumores tireoidianos. Características suspeitas incluem microcalcificações, margens irregulares, hipoecogenicidade e aumento da vascularização interna. A cintilografia com iodo radioativo é indicada em pacientes com TSH baixo para diferenciar nódulos quentes (funcionais e geralmente benignos) de nódulos frios (não funcionais e potencialmente malignos). 

Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) podem ser empregadas para avaliar a extensão extratireoidiana e a presença de metástases regionais. Em casos avançados ou metastáticos, o PET-CT é utilizado para detectar lesões metastáticas ocultas.

A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é considerada o padrão-ouro para avaliação citológica de nódulos suspeitos. Os resultados são classificados pelo sistema Bethesda, que varia de benigno ou maligno, guiando a conduta diagnóstica e terapêutica. Nódulos classificados como Bethesda III (atipia indeterminada) ou IV (neoplasia folicular suspeita) podem exigir repetição do exame ou testes moleculares complementares.

SISTEMA BETHESDA - Classificação tumor de tireoide
I Insatisfatório
II Benigno
III Atipia de importância indeterminada ou Lesão folicular de importância indeterminada
IV Suspeita ou confirmação de ne Neoplasia Folicular
V Suspeita de malignidade
VI Malignidade
Classificação Bethesda. Fonte: EMR/Fernanda Vasconcelos

Testes moleculares, como a análise de mutações nos genes BRAF, RET/PTC, RAS, PAX8-PPARG e TERT, auxiliam na avaliação de nódulos indeterminados e na previsão de comportamento agressivo do tumor. O diagnóstico definitivo, no entanto, é confirmado pela análise histopatológica após biópsia cirúrgica ou exame da peça operatória, permitindo a classificação precisa do subtipo do câncer de tireoide e orientando o tratamento subsequente.

Tratamento do câncer de tireoide

O tratamento do câncer de tireoide depende do tipo histológico, do estágio da doença e da presença de metástases. Para a maioria dos casos, a cirurgia é a principal abordagem terapêutica, frequentemente combinada com terapia de supressão do hormônio tireoidiano e, em alguns casos, radioiodoterapia.

O tratamento cirúrgico inclui a tireoidectomia total, indicada para tumores maiores que 1 cm, multifocais, invasivos ou com metástases. A lobectomia pode ser suficiente para tumores menores que 1 cm, sem características de alto risco ou invasão local. Em casos de envolvimento linfonodal, realiza-se a dissecção do compartimento central ou lateral do pescoço.

A radioiodoterapia é utilizada após a cirurgia em pacientes com câncer diferenciado (papilífero e folicular) com alto risco de recorrência ou metástase. Essa terapia destrói tecidos tireoidianos residuais e células tumorais remanescentes. Antes do tratamento, a elevação do TSH por suspensão da reposição hormonal ou uso de TSH recombinante aumenta a captação do radioiodo pelas células tumorais.

A terapia supressora com levotiroxina é iniciada após a cirurgia e radioterapia para reduzir os níveis de TSH e minimizar o estímulo ao crescimento tumoral. A intensidade da supressão é ajustada conforme o risco de recorrência, mantendo-se níveis de TSH mais baixos em pacientes de alto risco e normais ou ligeiramente suprimidos em casos de baixo risco.

Conclusão

Em conclusão, o câncer de tireoide é bem dividido de acordo com a célula glandular acometida e seu tipo histológico. O tipo mais comum é o Papilífero, com ótimo prognóstico. O quadro clínico é de instalação insidiosa e é frequentemente identificado de forma incidental. O diagnóstico é focado na diferenciação histológica e o tratamento conta com abordagem cirúrgica, radioterápica e medicamentosa.

Leia Mais:

  • Você domina a fisiologia por trás do hipertireoidismo e hipotireoidismo?
  • Nódulo na tireoide: causas, tipos, como avaliar e tratamento
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  • Hipertireoidismo: entenda o que é, seus sintomas e tratamento
  • Hipotireoidismo: entenda o que é, seus sintomas e tratamento

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FONTES: 

  • Thyroid Cancer - Medscape
  • Clínica Médica Vol. 5 - Doenças Endócrinas e Metabólicas, Doenças Ósseas, Doenças Reumatológicas (Versão digital). BARUERI: MANOLE
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