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Doença trofoblástica gestacional: causas, sintomas e tratamentos
Estudo
•
Publicado em
8/11/23

Doença trofoblástica gestacional: causas, sintomas e tratamentos

Doença trofoblástica gestacional: causas, sintomas e tratamentos
Escrito por:
Ellen Kosminsky
Ellen Kosminsky
Fernanda Vasconcelos
Fernanda Vasconcelos
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Índice

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A Doença Trofoblástica Gestacional se encontra dentro do grupo de condições causadoras de sangramento vaginal na primeira metade da gestação e é classificada como uma forma de gravidez inviável. Além das consequências maternas pela perda de uma gestação, essa doença ainda pode causar disseminação neoplásica em suas formas malignas, sendo importante seu diagnóstico precoce para o devido manejo.

O que é a doença trofoblástica gestacional? 

A Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) é uma neoplasia proliferativa que acomete as células trofoblásticas, o tecido que recobre o embrião enquanto blastocisto. A principal característica laboratorial da doença é a presença exacerbada do fragmento beta da gonadotrofina coriônica (B-hCG), produzida principalmente pelo sinciciotrofoblasto. 

A doença é dividida em diversas formas, sendo algumas mais preditoras de malignidade. Veja a seguir os seus tipos:

  • Mola Hidatiforme Completa
  • Mola Hidatiforme Parcial
  • Coriocarcinoma Gestacional
  • Tumor Trofoblástico de Sítio Placentário
  • Tumor trofoblástico Epitelioide

As formas benignas da DTG são mais comuns (prevalência de 23 a 1.300/100.000 gestações) do que as malignas (prevalência de 2,5 a 7/100.000 gestações). Os principais fatores de risco são a idade materna superior a 35 anos e a história prévia da doença. As formas mais comuns de malignizar são o Coriocarcinoma Gestacional e os dois Tumores trofoblásticos citados anteriormente. Apesar disso, todas podem sofrer essa alteração.

O que causa a doença trofoblástica gestacional?

Ela pode ser causada pela mola hidatiforme completa e pela mola hidatiforme parcial. 

Mola hidatiforme completa (MHC)

Imagem ilustrativa da mola hidatiforme completa
Gametas da Forma Completa da Mola Hidatiforme. Fonte: Fiocruz

A Mola Hidatiforme Completa é o resultado da fecundação de um óvulo sem núcleo por um espermatozóide que se duplica ou por dois espermatozóides diferentes. Em decorrência disso, o cariótipo desse tumor é diplóide (46+XX). Seu aspecto macroscópico é caracterizado pela presença de vesículas hidrópicas com ausência das partes fetais (cordão umbilical, membranas, feto).

Útero acometido pela mola hidatiforme completa
Macroscopia da Mola Hidatiforme Completa. Perceba que há apenas presença das vilosidades, sem as partes fetais. Fonte: FEBRASGO, 2019

Mola hidatiforme parcial (MHP)

Imagem ilustrativa da mola hidatiforme parcial
Gametas de Forma Parcial da Mola Hidatiforme. Fonte: Fiocruz

Já na Mola Hidatiforme Parcial há a fecundação do ovo com o núcleo por dois espermatozóides ou por um espermatozóide que se duplica no óvulo e, por isso, o cariótipo do tumor é triploide (69+XXX). Na macroscopia, encontra-se a presença das vilosidades características, mas também existem partes fetais. Entretanto, esse feto é mal-formado e inviável.

Macroscopia da Mola Hidatiforme Parcial
Macroscopia da Mola Hidatiforme Parcial. Perceba a presença das vilosidades e das partes fetais. Fonte: FEBRASGO, 2019

DICA DE PROVA  

Esse aqui é para não confundir o componente das molas! A Mola Hidatiforme PArcial possui PArtes fetais, já a completa não.

Veja também:

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Quais são os sintomas?

O principal sintoma da mola hidatiforme é a perda de sangue vaginal, sendo essa uma das principais condições a se fazer o diagnóstico diferencial nos Sangramentos de Primeira Metade da Gestação. Esse sangramento ocorre com característica de "água de ameixa", como alguns autores chamam, fazendo referência ao aspecto escuro e hidrópico. Além disso, outros sintomas que podem surgir são os decorrentes do aumento exponencial do B-hCG circulante. 

ACHADOS CLÍNICOS
Útero aumentado para idade gestacional Ocorre devido a presença do tecido molar e decoágulos. Presente em mais de 40% das pacientes.É fator de risco para a NTG e apresentam maior riscode embolização trofoblástica para os pulmões
Cistos Tecaluteínicos Surgem devido a hiperestimulação ovariana pelosníveis elevados de B-hCG. São bilaterais emultiloculados,e regridem após o tratamento
Náuseas e vômitos Estão intensificados na DTG devido aos níveiselevados do B-hCG
Hipertireoidismo O B-hCG ocupa os receptores de TSH, estimulandoem excesso a produção de T4 pela tireoide
Sinais de Pré-eclâmpsia antes da 20º semana de gestação Presente em 10% das gestantes com MolaHidatiforme (MH)
Eliminação de vesículas hidrópicas pela vagina Ocorre devido ao desprendimento das vesículas dadecídua. É patognomônico da MH
Achados clínicos da mola hidatiforme. FONTE: EMR

DICA DE PROVA 

Você entende o motivo do B-hCG estar alto na mola hidatiforme? A doença trofoblástica gestacional é uma hiperproliferação anormal de trofoblasto, sendo uma das células desse tecido o Sinciciotrofoblasto, a mesma célula responsável pela liberação de Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG).

Dessa forma, alterações que ocorrem de maneira fisiológica em gestações habituais são exacerbadas à um nível patológico, como: hiperêmese, sinais de hiperativação tireoidiana, crescimento exacerbado do útero, entre outros. Um achado clínico clássico é o "útero em sanfona", que faz referência a um ciclo recorrente de aumento de AFU (por hiperproliferação da mola) seguido de diminuição de AFU (por perda de vesículas pela vagina).

DICA DE PROVA 

Relembrando fisiologia das mudanças gestacionais… Por que ocorrem sinais de hipertireoidismo na Mola? Em gestações habituais, a porção alfa do hCG mimetiza o TSH na glândula, mas em níveis não patológicos. Como na mola o hormônio placentário está em pico, essas alterações por estímulo tireoidiano saem do nível da normalidade.

Diagnóstico

Ultrassonografia mostrando achados específicos da mola hidatiforme completa
USG com achados característicos da MHC: há presença de material ecogênico com “bolinhas” hipo-anecóicas irregulares e centrais. Essas bolinhas são as vesículas hidrópicas características da MH, representando o sinal de “flocos de neve”. Fonte: FEBRASGO, 2019

A associação de dosagem do B-hCG e a realização do USG de primeiro trimestre é capaz de diagnosticar 90% dos casos de mola hidatiforme. A dosagem sérica desse hormônio estará sempre alta e fora do padrão de normalidade quando associado aos valores de um gestação típica. Quando se mantém abaixo de 100.000 mUI/ml, fala a favor de mola parcial, enquanto valores > 100.000 falam a favor de mola completa.

Ultrassonografia com achados característicos da mola hidatiforme parcial
USG com achados característicos da MHP. Perceba que são muito parecidos com os achados na USG da MHC, com exceção de que, na MHP, também é possível visualizar as partes fetais. Fonte: FEBRASGO, 2019
USG com achados característicos de cistos tecaluteínicos
USG com achados característicos de cistos tecaluteínicos, através da presença de várias estruturas hipo-anecóicas no ovário. Fonte: FEBRASGO, 2019

Tratamento para a doença trofoblástica gestacional 

O tratamento da MH baseia-se no esvaziamento uterino e no seguimento pós-molar da paciente, com objetivo de diagnosticar precocemente caso haja evolução para Neoplasia Trofoblástica Gestacional. O esvaziamento pode ser feito pela AMIU (Aspiração Manual Intrauterina) ou pela curetagem.

Em mulheres com mais de 40 anos e com prole definida, o tratamento com a histerectomia precisa ser considerado, porque reduz a ocorrência da NTG pós-molar. Já nas mulheres com desejo de gestar novamente, opta-se pelo tratamento conservador. Após o esvaziamento uterino, o esperado é a diminuição progressiva dos valores de B-hCG.

Assim, o seguimento pós-molar é feito a partir da dosagem sérica semanal ou quinzenal do hormônio, até zerar os valores. Depois, realiza-se a dosagem sérica mensalmente por seis meses. Por isso, é preciso garantir que a paciente não engravide durante esse período de avaliação, através do uso de um método contraceptivo seguro. Isso porque a gravidez pode mimetizar uma reincidência do tumor por aumentar de maneira fisiológica as concentrações de B-hCG no sangue.

O aumento é considerado quando o percentual da concentração do hormônio está em 10% ou mais, em pelo menos duas dosagens consecutivas. Desse modo,  é preciso suspeitar de gravidez ou de evolução para uma NTG, quando houver ascensão ou estagnação (platô) das concentrações de B-hCG ou ainda, quando houver a negativação dele após 6 meses.

Já o platô é definido como estagnação dos valores por 4 dosagens, por pelo menos três semanas consecutivas (1º dia, 7º dia, 14º dia, 21º dia). Entre 15 e 40% das pacientes evoluem para essa fase da DTG e por isso, acompanhá-las mesmo após o esvaziamento uterino é fundamental para evitar consequências desastrosas.

Conclusão

Em resumo, a Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) abrange um grupo de condições que afetam as células trofoblásticas durante a gravidez, sendo caracterizada pela presença elevada do fragmento beta da gonadotrofina coriônica (B-hCG). Ela pode assumir várias formas, algumas das quais têm maior potencial maligno. 

Os principais sintomas incluem sangramento vaginal e complicações decorrentes do aumento do B-hCG. O diagnóstico envolve a dosagem sérica do B-hCG e a realização de ultrassonografia, com o tratamento baseado no esvaziamento uterino e no seguimento pós-molar. O acompanhamento é crucial para detectar qualquer evolução para a Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG).

Leia mais:

  • Gravidez ectópica: entenda o que é e como tratar
  • Entenda O Que É Pré-Natal, Quando Começar e Quais Exames São Realizados
  • Placenta Prévia e Acretismo: o que é, diagnóstico e tratamento
  • Síndromes Hipertensivas na Gestação: classificações, diagnóstico e tratamento
  • Diabetes Mellitus Gestacional: o que é e como fazer o diagnóstico?

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FONTES: 

  •  Hydatidiform Mole - DynaMed. 2023.
  • REZENDE, J. F; MONTENEGRO, C. A. B. Obstetrícia Fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan LTDA, 2017. 
  • Tratado de Ginecologia FEBRASGO / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho...[et al]. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 

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