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Surto de hepatite em crianças: o que se sabe até o momento?
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Publicado em
5/5/22

Entenda mais sobre o surto de hepatite em crianças notificado pela OMS

Entenda mais sobre o  surto de hepatite em crianças notificado pela OMS
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Lourice Rocha
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Desde o início de Abril estão sendo relatados casos de hepatite ao redor do mundo, algo totalmente incomum. Por isso, é possível dizer que estamos vivendo um surto de hepatite em crianças. 

No dia 5 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu uma notificação de 10 casos de hepatite aguda grave em crianças menores de 10 anos, na Escócia. 

Dias depois, no dia 8 de abril, foram registrados 74 casos no Reino Unido do que passou a ser considerado um surto de hepatite em crianças com idade entre 1 mês e 16 anos.

De acordo com os registros, as mais acometidas são crianças menores de 10 anos, principalmente aquelas menores de 5 anos.

Nesta terça-feira, 03 de maio, a OMS divulgou que já foram identificados 230 casos no mundo inteiro. A suspeita é de que sejam casos de hepatite aguda.

Embora sejam de origem desconhecida, pesquisadores acreditam que o surto pode ter sido causado pelo adenovírus 41 ou pela coinfecção desse patógeno com o coronavírus.

O que é hepatite?

A hepatite é um tipo de inflamação no fígado ocasionada por diversos fatores. A causa mais frequente é a infecção pelos vírus do tipo A, B, C, D e E.

Além disso, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e outras drogas também resulta na inflamação do fígado. 

A identificação do fator responsável pelo problema é fundamental para determinar a abordagem terapêutica. 

Quais são os países que já registraram surto de hepatite em crianças?

Os casos, por enquanto, estão restritos a países europeus, Estados Unidos, Canadá, Indonésia, Israel e Japão.

A Escócia foi o primeiro país a notificar a manifestação da hepatite de origem desconhecida, foram 10.

Logo em seguida, foram registrados pela OMS 74 casos no Reino Unido - que lidera o ranking de casos. Foi o país que relatou o surto, já que havia informação da hepatite de origem desconhecida desde o mês de janeiro. 

Outros países como: Irlanda, Espanha, Dinamarca, Holanda e Alemanha também entram para a lista de nações com surto de hepatite em crianças.

O estado do Alabama, nos Estados Unidos, notificou nove ocorrências entre outubro de 2021 e fevereiro de 2022. 

Desse total, três apresentaram insuficiência hepática aguda e duas delas precisaram fazer um transplante de fígado. 

Assim, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, até o dia 23 de abril, 17 crianças precisaram realizar transplante de fígado. 

Apesar dos números reportados serem altos, o óbito não segue na mesma linha. Nesta terça-feira, 3, o Ministério da Saúde da Indonésia informou à AFP, o falecimento de três crianças por causa dessa hepatite de causas desconhecidas. 

De acordo com a porta-voz da pasta, Siti Nadia Tarmizi, elas tinham dois, oito e 11 anos, e apresentavam os seguintes sintomas: febre, icterícia, convulsões e perda de consciência.

Qual o quadro clínico de hepatite?

Dentre os sintomas da hepatite, de maneira geral, podem ser observados os seguintes:

  • Dor abdominal;
  • Inchaço na barriga;
  • Icterícia
  • Náuseas e vômitos;
  • Urina mais escura que o normal;
  • Coceira na pele;
  • Perda de apetite;
  • Mal-estar;
  • Fezes esbranquiçadas;
  • Fadiga e cansaço.

No surto de hepatite em crianças, foram observados sintomas gastrointestinais: dor abdominal, vômito, diarréia, icterícia e inchaço no fígado. A maioria delas não apresentou febre. 

Para mais, durante a hospitalização das crianças que foram a óbito na Indonésia, elas manifestaram sintomas como: febre, icterícia, convulsões e perda de consciência, conforme citado anteriormente. 

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Quais as possíveis causas desse surto?

A hipótese é de que o surto de hepatite em crianças esteja sendo causado pelo adenovírus do tipo 41 ou ainda, devido a infecção por Covid-19. Fonte: Reprodução/Adobe Stock
A hipótese é de que o surto de hepatite em crianças esteja sendo causado pelo adenovírus do tipo 41 ou ainda, devido a infecção por Covid-19. Fonte: Reprodução/Adobe Stock

Adenovírus do tipo 41

O surto de hepatite em crianças pode não estar sendo causado pelos subtipos de vírus típicos da inflamação: A, B, C, D e E. Isso porque as crianças não estão testando positivo para eles. 

Contudo, muitas delas estão com testes positivos para o adenovírus do tipo 41. Sendo eles responsáveis, a depender do tipo, por causarem infecções que não precisam de tratamento e se curam sozinhas, como o resfriado.

Diante disso, uma das hipóteses é de que a infecção por esse vírus tenha causado o surto, pois ele foi identificado em ao menos 74 casos. 

Ela não pode ser confirmada, por enquanto, pois a presença do patógeno não foi detectada em todas as crianças, nem muito menos foi procurada em todos os casos registrados.

Além do mais, segundo a OMS, o microrganismo não explica a gravidade do quadro, já que ele é conhecido apenas por causar sintomas mais leves como vômito, febre e diarréia, podendo estar acompanhados de sintomas respiratórios.

Apesar disso, William Irving, professor de virologia da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, em reportagem publicada no portal de notícias G1, afirmou que pode estar acontecendo algo incomum com esse tipo específico.

Ou ainda, pode estar interagindo com outros fatores capazes de causar a hepatite, pode também ser um novo agente infeccioso, a ação de algum fator ambiental, uma toxina ou a combinação de tudo isso. 

Para explicar a hipótese, o virologista aponta ainda que um dos motivos poderia ser o isolamento necessário implementado por causa da pandemia causada pelo coronavírus. 

Isso porque as crianças não tiveram o contato normal com a quantidade de patógenos próprios de sua idade, impedindo o desenvolvimento do sistema imunológico.  Sendo assim, pode ser uma reação do organismo que não está sabendo lidar com essa gama de infecções.

Covid-19

O surto de hepatite em crianças também pode estar relacionado com a infecção por Covid-19. 

Isso porque, de acordo com Irving, a doença pode ter afetado o sistema imune a ponto de dificultar o combate a vírus comuns da infância. 

A suspeita também foi levantada, porque o agente infeccioso foi identificado em 20 casos, mas, assim como no caso do adenovírus, nem todas as crianças fizeram testes.

Para mais, foram apontados 19 registros de coinfecção entre o Sars-Cov-2 e o adenovírus. 

Vale salientar que, a possibilidade da hepatite aguda ser causada pela vacina contra a Covid-19 foi descartada, uma vez que as crianças acometidas não haviam sido imunizadas. 

Formas de transmissão de hepatite

As formas de transmissão da inflamação no fígado depende da causa. Aqui falaremos apenas sobre como a contaminação ocorre a depender do tipo de vírus.  Confira a seguir: 

Hepatite A

É a responsável pela maior parte dos casos de hepatite em criança, sendo a mais comum. 

Esse tipo de inflamação é altamente contagiosa e a sua transmissão é fecal-oral, direita ou indireta, por meio de alimentos ou água contaminados. Além disso, a hepatite A também é sexualmente transmissível. 

Hepatite B

É um agente transmitido, sobretudo, por meio do sangue contaminado. Sendo considerado uma doença sexualmente transmissível.

Por isso, o indivíduo pode facilmente se contaminar com o patógeno utilizando objetos não esterilizados adequadamente, como alicates, lâminas de barbear e material cirúrgico. 

A transmissão também pode ocorrer de uma pessoa para a outra através do contato com outros fluidos corporais, como saliva e sêmen.

Hepatite C

Os registros de crianças com essa doença são raros. Os casos com maior relato se referem à transmissão vertical de mãe para filho ou transmissão por hemotransfusão. 

Diante disso, pouco se sabe do comportamento da afecção nesse público. Sendo assim, a contaminação ocorre de maneira similar à hepatite B, pois também está presente no sangue.

Então é facilmente transmitida pelo compartilhamento de materiais para o uso de drogas (seringas, agulhas) e materiais de higiene pessoal (escova de dentes, lâminas de depilar e outros materiais que furam e cortam).

Hepatite D

Ela também é transmitida de maneira semelhante à hepatite B. 

Assim, dentre outras coisas, a contaminação ocorre através de relações sexuais sem camisinha com pessoas infectadas e do compartilhamento de objetos responsáveis pela confecção de tatuagens ou pela colocaçã de piercings. 

Hepatite E

A sua ocorrência é rara no Brasil, sendo mais comum na Ásia e na África.

Os indivíduos com hepatite E, assim como aqueles acometidos pela hepatite A, são contaminados de maneira fecal-oral, por meio do contato com indivíduos e de água e/ou alimentos contaminados pelo vírus. 

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Como se prevenir?

A melhor maneira de prevenir a infecção por hepatite B e C é através da vacinação, disponível pelo SUS. Foto: Reprodução/Unplash
A melhor maneira de prevenir a infecção por hepatite B e C é através da vacinação, disponível pelo SUS. Foto: Reprodução/Unplash

Hepatite A e Hepatite E

Como possuem a mesma forma de transmissão, as maneiras de prevenção também são as mesmas.

  • Vacina contra a hepatite A, para prevenir apenas este tipo de hepatite;
  • Melhorar as condições de higiene e de saneamento básico;
  • Lavar sempre as mãos;
  • Consumir apenas água tratada; e 
  • Evitar contato com valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto.

Hepatite B 

  • Vacinação contra hepatite B;
  • Controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica;
  • Uso de imunoglobulina humana Anti-Vírus da hepatite B;
  • uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde
  • Usar camisinha em todas as relações sexuais;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Hepatite C 

  • Analisar os banco de sangue e centrais de doação de sêmen, de forma a garantir que não estão infectados;
  • Analisar os  doadores de órgãos sólidos e de doadores de córnea ou pele;
  • Obedecer as regras de controle de infecção hospitalar, em laboratórios, serviços de hemodiálise e consultórios dentários; e
  • Nao se expor a substâncias hepatotóxicas. Sendo assim, é preciso se abster ou diminuir o uso de álcool

Hepatite D

  • Não compartilhamento de objetos que possam ter sido contaminados com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes; 
  • Entre as vulnerabilidades individuais e sociais, devem ser considerados o uso de álcool e outras drogas e a falta de acesso à informação e aos insumos de prevenção como preservativos, cachimbos, seringas e agulhas descartáveis.

Quais as formas de tratamento?

O tratamento para as hepatites agudas é sintomático, com exceção da hepatite C e da hepatite B grave.

Hepatite B crônica

Para o tratamento da hepatite B crônica, pode-se utilizar o alfapeguinterferona, o entecavir e o tenofovir.

Hepatite C crônica

É possível utilizar o sofosbuvir, a daclatasvir e a ribavirina como esquema terapêutico. 

Hepatite D crônica

Para tratar a hepatite D crônica, pode-se utilizar o regime terapêutico da alfapeguinterferona em conjunto com o tenofovir.

Conclusão

A hepatite não é uma inflamação característica da infância, por isso o surto de hepatite em crianças tem causado preocupação.

As informações ainda estão sendo atualizadas, pois o primeiro caso foi relatado no dia 5 de abril, na Escócia. 

Desde lá, já foram registrados 230 casos em todo o mundo. Até o momento, o Reino Unido é a nação com maior número de pacientes. 

Ainda não se sabe qual a causa, mas  a principal suspeita é de infecção pelo adenovírus do tipo 41, que pode estar agindo com outros fatores responsáveis pelo processo inflamatório no fígado.

‍

Leia mais:

  • Hepatites virais: quadro clínico, diagnóstico e tratamento
  • Carcinoma hepatocelular: do quadro clínico ao prognóstico
  • Doença Hepática Gordurosa Não Alcóolica causa hepatomegalia
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